26- O voo

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Capítulo grandão. Não se esqueçam de votar e deixar seu comentário.  😅👍

Glória

Esses últimos dias foram cansativos. Quando resolvi ir na casa do Tales, não estava esperando por tantas emoções. Ele disse que me amava, parece loucura.

Fico me lembrando da dificuldade em que ele teve pra confessar seu amor por mim. Sei que não foi fácil pra ele, se despir assim, de forma tão completa.

Ele sempre viveu num mundo tão violento, desde muito cedo, tendo que aprender a conviver com morte e brutalidade.

Vê-lo tão desesperado, tentando se justificar, procurando as  palavras certas, foi quase como levar um choque, no final, fiquei em êxtase,  eu queria ter podido gravar aquela cena.

— Um fuzil pelos seus pensamentos. — Ele me chama a atenção.

— O que você disse? Tá querendo comprar meus pensamentos com arma de fogo? — Ele gargalha e beija meus cabelos.

— Se acostume, minha linda. Espera aqui, vou pegar seu presente. — Ele se levanta, nu, delicioso.

O Tales é lindo,  forte,  não, muito forte, a bunda é perfeita. Desde a primeira vez que o vi nu, fiquei babando, e me perguntei o porquê ele não ter tatuagens como todos os outros.

Ele volta do closet com uma caixa e se senta na cama, encostado na cabeceira, me puxando para o seu colo. — O que é isso? — Pergunto surpresa.

— Abre. Espero que goste. — Abro a caixa sob o seu atento olhar.

—Que lindo. Eu amei. — Dou um abraço e beijo todo deu rosto. — Coloca em mim?

— Se vira e segura o cabelo. — Ele  beija minha nuca, antes de fechar o colar com um pingente em formato de uma flor.

—Eu amei muito. Não vou tirar do pescoço.

— Assim espero. Deixe ssmpre aí, mesmo que eu faça merdas, porque eu sei que vez ou outra  farei, esse colar é uma forma de sempre estarmos juntos.

— Você quem escolheu?

— Sim, queria que fosse um pingente de arma, mas acho que daria muito na cara. Rimos alto da ideia inicial dele.

— E porque está falando desse jeito? Soa como uma despedida.

Ele me abraça. — Eu vou numa missão complicada. Tanto posso matar, como morrer. Você me entende o quão perigoso esse homem pode ser?

— Eu sei, mas você vai voltar para mim. Preciso ouvir mais vezes que você me ama. Eu sei que não foi fácil você, se declarar assim. — Toco seu rosto bonito, ele é muito bonito.

— Não mesmo, acho mais fácil puxar o gatilho de uma arma em algum filho da puta, que me abrir sobre sentimentos. Nunca vivi isso antes, até você vir parar bem no meu morro.

— Mas como seremos, já que você tem uma noiva. — Incomoda muito saber que não sou eu a noiva e que terei que ficar escondida.

— Ei, você é minha mulher, entenda isso. Acho que já passamos dessa página, né mesmo? Mesmo não gostando de te colocar nessa situação. Preciso fazer.

—Eu entendo, mas não gosto. Saber que terá que ficar perto dela, abraçar. — Vou me levantando do seu colo.

— Não, quietinha aí. Porquê a pressa? Preciso te explicar como as coisas vão funcionar.

— Mais uma novidade?

— Eu vou precisar apresentar a Nastia como noiva, hoje no baile. Era pra ter sido ontem. Me levanto de seu colo, mesmo ele tentando me segurar.

Sem Saída: Crime Organizado Onde histórias criam vida. Descubra agora