Renato - 2 meses atrás
Estou subindo para a Maré e vejo meu pai numa dos postos de comanda da favela. — Pai, tá fazendo o quê, aqui?
— Opa, meu filho, tudo bem? — Ele tenta se aproximar, mas meu olhar o faz desistir.
— Está fazendo o que, aqui? Não me respondeu.
— Queria falar com você. Me disseram aí que você tinha descido pro asfalto.
— Sim, estava na praia, o que você quer?
— Precisamos conversar. Estou numa situação complicada.
— Não tenho nada pra falar com você. — Estou saindo e ele joga o bagulho.
— Seus irmãos correm risco de vida. — Me viro para ele.
— Como assim, o que você aprontou dessa vez?
— Precisamos conversar. Eu me enrolei com umas pessoas. Agiotas.
— Você não toma jeito? Já não bastasse ter deixado minha mãe na lama, sem nada, praticamente morando embaixo da ponte, mais essa?
— Eu precisei, filho. Você sabe, é mais forte que eu. Mas eu vou tomar jeito na vida.
— Me conta o que aconteceu. — Merda, se minha mãe ou a Silvinha souber que você anda vindo atrás de mim, elas vão surtar.
Vamos para uma pracinha e sentamos num banco, embaixo de uma árvore. — Eu perdi meu emprego, sua madrasta...
— Aquela mulher não é nada minha.
— Enfim, a Adriana gostou todo meu dinheiro com plástica e reformou a casa.
— Seu dinheiro não, o dinheiro que minha mãe ralou pra ganhar e você roubou dela.
— Não é bem assim filho. Eu tinha direito. Éramos casados.
— Você nunca trabalhou. Ela quem conquistou tudo sozinha e você fez aquela cachorrada com ela.
Meus pais mudaram para o Rio com a promessa da minha mãe trabalhar num grande ateliê.
Ela começou bem, depois conquistou as clientes e meu pai nunca foi de trabalhar, começou a viver só a vida boa, gastando o que minha mãe ganhava.
A gente tinha uma vida boa, estudávamos em escola particular, vivíamos bem, mas o que ninguém sabia era que meu pai estava viciado em jogo, além de arrumar uma amante.
Minha mãe precisou fazer uma cirurgia de emergência, apendicite, estava muito mal, e como tinha que pagar fornecedores, os funcionários do ateliê dela, ela assinou uma procuração, ele a enganou.
Era pra ser só por poucos dias, mas ela estava muito ruim, confiou e deu plenos poderes para ele gerir as coisas, enquanto ela restabelecia a saúde.
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Sem Saída: Crime Organizado
عاطفية🔞 Conteúdo adulto Glorinha tem quase 23 anos e sempre viveu numa cidade do interior de Goiás. Ela sonha em ser medica, mas onde mora não tem universidade, então, o mais próximo desse sonho, foi fazer técnico em enfermagem. O lugar mais distante...