34 - Sem rumo

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Xeique

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Xeique

Ela me surpreende com a cena. Sentada na cama, com o pé  em cima do Sancho,  como que para mantê-lo imóvel ou longe dela.

Ele ainda treme, mas está sangrando muito e sinto um puta orgulho da minha mulher, nada mais justo que ela acabar com o porco.

Mas ao mesmo tempo, a culpa me consome, ela está muito machucada. Seu rosto está deformado de tanto socos.

Queria poder trazer esse filho da puta de volta, só para matá-lo de uma forma mais cruel.

Empurro o corpo do Sancho para longe e a pego  no colo. Tive medo dela não querer meu carinho, já que isso tudo que ela sofreu é consequência de eu ser quem sou.

Mas antes de me dedicar completamente a ela e leva-la a um hospital, preciso eliminar os dois homens que estão fazendo guarda na entrada principal.

Ela não quer ficar sozinha. Mas começa a sangrar, perguntou se ela foi estuprada e ela disse que não, tiro um peso de minhas costas.

Sei que um estupro pode deixar marcas profundas em uma mulher, mas acabo tendo que deixa-la na cama daquele verme.

Saio pelo mesmo lugar e vejo apenas um deles. Atiro na cabeça, logo ou outro surge e consegue atirar de raspão em meu braço.

Miro em sua cabeça também, mas alguém de fora está atirando e ele cai com um tiro nas costas, o Gordo surge com mais dois homens.

— Abatemos a maioria, uns quatro conseguiram fugir, mas já tem alguns dos nossos atrás deles. Ninguém do Sancho sobrevive. — Ele passa algumas ordens pelo rádio e vem me ajudar.

Gordo amarra um pedaço de pano em meu braço, só para não sangrar, foi uma ferida mínima. — Como ela está?

— Eles a machucaram muito, mas ela vai sair dessa, ela está sangrando e preciso leva-la a algum hospital. Tem uma cidadezinha aqui perto. Termine de organizar tudo. Coloque todos os homens dele de uma vala e põe fogo.

— Pode deixar, vai lá cuidar da sua mulher. — Me viro saindo e no corredor eu falo. — Ela o matou quem o matou.

— Sou fã da sua mulher, é foda essa goiana.

Finalmente volto para ela, mas parece que o corpo está muito debilitado. Ela está apagada. A pego no colo e saímos para um dos carros que estão estacionado. 

Grito alguém para dirigir e logo seguimos para a cidadezinha que vimos mais cedo. Começamos a perguntar onde era o hospital e corri com ela em meus braços corredor adentro.

Começaram a perguntar o que tinha acontecido. Quem era ela. —Vítima do Sancho. —Respondo em espanhol. A enfermeira me olha assustada. — O Sancho morreu, ele não comanda mais a região.

As pessoa parecem mais tranquilas quando descobrem que o Colombiano morreu. Ele era um lunático e mantinha as regiões sob seu domínio a mão de ferro e aterrorizava a população.

Sem Saída: Crime Organizado Onde histórias criam vida. Descubra agora