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Dean

O fato dela conhecer o meu pai, me deixou muito curioso, mas claro que o seu jeito misterioso e o seu sorriso debochado contribuíram ainda mais.

Diversas vezes, me peguei olhando de canto para a bela mulher sentada ao meu lado. Impossível negar que ela era muito atraente, e que com certeza chamava a atenção por onde passava.

- Acho melhor prestar atenção na estrada! - fala mantendo o olhar para frente

- Confesso que estou muito curioso - falo intercalando o meu olhar entre a estrada e ela - De onde você surgiu? Disse que conhece o meu pai?

- Vim de Nova York. Mas já passei por muitos lugares. Conheci o seu pai... - ela olhou por cima do ombro para verificar se a mulher ainda dormia - ... Caçando.

- Entendi! - digo também dando uma olhada para a passageira no banco de trás. - É caçadora também?

- Quase isso

- Acha que aquele demônio falou é verdade? Sobre o meu pai

- Demônios mentem o tempo todo!

- Como o meu pai pode fazer isso?

- Ele fez por você!

- Exatamente! Como viver com isso?

- Tem noção de quantas pessoas já foram salvas por ele? Evan Hudson foi salvo pelo que ele ensinou a vocês.
Esse é o legado dele Dean! Então siga em frente e continue com o trabalho. - depois de um tempo em silêncio ela me olha e torna a falar - Quando fez a armadilha pro demônio... era só um truque né? Nunca considerou fazer um pacto de verdade não é mesmo?

Não consegui responder a sua pergunta, apenas troquei a música que estava tocando no rádio e acelerei para chegarmos mais rápido ao nosso destino.

Embora eu não tivesse respondido, ela sabia a resposta, mas não falou mais nada e nos mantivemos em silêncio durante o restante do trajeto. Deixamos a garota em casa e fomos ao encontro do Sam na casa do Evan.

Eles já estavam do lado de fora quando chegamos. Sam olhava confuso para mim e para a mulher que desceu do carro comigo, como se me perguntasse "quem é?". Dei de ombros como se respondesse "Eu não sei".

- Foi por pouco! - Diz Sam sem conseguir desviar o olhar da minha companhia - Quase fomos pegos pelos cães infernais. Desculpa, mas você é...?

- S/n - Diz estendendo a mão - Prazer Sam, fico feliz em finalmente conhecer você e o seu irmão.

- Acho que temos muito o que conversar não é mesmo? - pergunto - isso me faz lembrar de uma coisa.

Sei que pode parecer paranoico, mas depois de tudo o que já vimos, um simples teste com água benta não machuca ninguém - a não ser que você seja um demônio é claro. - Pego a garrafa que sempre levo no bolso e jogo o líquido no seu rosto, pegando a de surpresa. Ela manteve os olhos fechados enquanto soltava um suspirou irritado e a água escorria.

- Idiota! - fala abrindo os olhos depois de passar a mão no seu rosto molhado - Eu estava exorcizando um demônio para você e você ainda acha que sou um?

- Foi mal, é só para garantir.

- Vamos logo! - diz virando as costas - precisamos conversar e eu preciso beber. Aliás, agora é você quem vai pagar!

Paramos no primeiro bar que encontramos, sentamos em uma mesa mais afastada e pedimos umas cervejas.

- E então? Foi coincidência ter nos encontrado? - início a conversa

- Não! Eu vim atrás de vocês - diz depois de um gole da bebida - Sei que Azazel está aprontando alguma coisa e quando soube que os planos envolviam os filhos do Jhon, resolvi vir ajudar.

- Azazel?

- Vocês conhecem-o como demônio do olho amarelo

- Como conheceu o nosso pai? - pergunta Sam

- Temos um inimigo em comum! O seu pai me ajudou a sair de uma enrascada uma vez. Devo a ele!

- Então é por isso que esta aqui? Por que deve uma ao nosso pai e quer pagar nos ajudando?

- Não deixa de ser! Acabar com azazel, o nosso inimigo em comum e livrar vocês dos planos malignos dele, é unir o útil ao agradável.

- E o que o demônio do olho amarelo fez para você? - pergunto

- Assuntos de família - responde após beber o último gole de cerveja da garrafa e fazer sinal pro garçon trazer mais uma rodada.

Sam pede licença para ir ao banheiro e noto que a S/n o segue com o olhar.

- Gostou do caçulinha é?

Provoco, mas ela ignora a minha pergunta e mantém o olhar pelo caminho feito por Sam. Depois de alguns segundos ela volta a olhar para mim.

- Como ele está agindo depois de manifestar os seus poderes?

- Sabe disso também? O meu pai falou sobre isso com você? - pergunto surpreso me inclinando sobre a mesa

- Sim, nós descobrimos sobre os poderes e sobre os outras crianças iguais ao Sam. Sei que ele continuava procurando por respostas, mas acabamos nos separando, então não sei de mais nada, além disso.

- Então sabe tanto quanto a gente!

- S/n o que pretende fazer agora? Nós não temos pistas e nem se quer sabemos como impedir o demônio - pergunta Sam assim que voltou ao seu lugar

- Pretendo ficar por perto. Tem vaga para uma nova caçadora? - pergunta com aquele sorriso no rosto enquanto ergue a garrafa - Quanto a Azazel... ele virá até nós!

- Como tem tanta certeza disso? - pergunto

Ela me olha com aquele olhar que eu já reconheci como sendo o "Olhar que esconde mil segredos"

- Acredite em mim! Fujo dele a tempo suficiente para saber que ele vai nos achar. Ele sempre acha!

A Nefilim e os winchesters Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora