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S/n

Me chamo S/n S/s, filha de uma humana e um anjo caído, a minha espécie é conhecida como Nefilim, um grande erro na história da humanidade. Não, eu não gosto de ser quem sou e por isso luto todos os dias contra todo o mal causado por demônios. Acho que essa é a maneira que encontro de redimir os pecados da minha raça. Mesmo que as vezes o método usado não seja assim tão puro.

O meu maior problema é Azazel, que insiste em mandar demônios e Nefilim que servem a ele, atrás de mim. Ele não me vê como ameaça, apenas me quer ao lado dele para executar os seus planos malignos. Ainda não sei exatamente do que se trata ou como eu seria útil a ele. Sempre tive medo da resposta.

Já passei por muitos lugares no mundo, fugindo dos capangas dele, lutando e matando quando é preciso. Mas faz três meses que estou em Nova York e dois meses que ninguém aparece para tentar me pegar. Para quem já está fugindo a 150 anos é estranho ficar tanto tempo sem topar com um demônio na esquina de casa.

Azazel está tramando algo, da para sentir no ar. E pelo que tenho notado nas minhas pesquisas, tem muita coisa estranha acontecendo na região de Dakota do Sul e Kansas. Seja o que for chegou a hora de descobrir e para isso vou ter que inverter os papéis e achar um demônio para arrancar informações.

Em Nova York? Não vai ser difícil.
Pego as chaves do meu apartamento, minha jaqueta, coloco a minha adaga especial atrás da minha cintura e saio a caça. Demorou um pouco até eu encontrar um Alvo, a noite já havia caído quando eu o vejo saindo de um bar. A sua verdadeira face é visível para mim o que torna muito fácil identificá-los em meios aos humanos.

Vejo-o entrar em um beco e o sigo, mas quando chego até lá, o beco está vazio, sem ninguém além de mim, viro-me para ir embora, achando ter perdido o rastro do demônio, quando sou surpreendida com o seu ataque. Com uma força invisível sou jogada contra a parede e caio no chão, mas recupero-me a tempo de ver uma fumaça negra e densa sair pela boca do corpo usado como casca pelo demônio.

- Rogamus te. Servire libertate facias tibe securi tuam ecciesiam. Draco maledicte. Ergo - falo rapidamente em latim - Diabolica secta et congregatio omnis. Iegio omnis adversarii, infernalis incursio omnis, potetas satanica omnis, spiritus immundus omnis.

Com essas palavras, impeço que o demônio saia do corpo e fuja.

- Como fez isso? - pergunta cheio de ódio enquanto eu me ergo do chão

- Exorcismo ao contrário idiota! - aproximo-me dele retirando a minha adaga da cintura - Precisamos ter uma conversinha.

- Não sei de nada e mesmo que soubesse jamais te diria - me diz sorrindo

- É o que vamos ver - respondo também sorrindo - O que Azazel está aprontando?

O demônio não fala nada apenas gargalha com a minha pergunta

- Tá! Estou vendo que vai ter que ser do jeito difícil

Ataco fazendo um corte no seu braço, foi tão rápido que ele não teve tempo de se defender, e com o poder da minha adaga, ele sente dor a ponto de se desestabilizar. Ele ainda tenta me atingir me acertando um soco, mas só me faz rir enquanto enxugo o filete de sangue no canto da minha boca. O atinjo novamente, dessa vez no rosto. Aproveito enquanto ele se curva de dor e o empurro para o chão chutando as suas costas, puxo os seus cabelos com a minha mão esquerda e com a direita coloco a minha adaga na sua garganta.

- E então? Está pronto para falar?

- Espera... Espera - diz cedendo - Eu falo! Só não... não me mata! Eu gosto daqui e sei que você tem regras, não mata se não for necessário. Não é?

A Nefilim e os winchesters Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora