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S/n

Quando o Sam aparece na porta da cozinha, no momento em que eu me perdia no olhar do Dean, sinto estar sendo puxada de volta a razão. E o alívio toma conta quando ele diz querer conversar comigo. Apresso-me em sair logo dali, mesmo sabendo que o Dean continuaria sendo o assunto.

Havia conversado com Sam na manhã seguinte da morte de Azazel. Ele me perdoou por eu não ter contado antes sobre eu ser filha daquele monstro. Disse entender os meus motivos de ter omitido isso e me agradeceu por enfiar uma bala no desgraçado.

- E aí? - pergunta ansioso, assim que entramos em um outro cômodo - O que conseguiu?

- Nada! - falo me jogando em uma poltrona velha - Falei com algumas bruxas, feiticeiros... Ninguém sabe me dizer como desfazer o pacto.

Sam bufa frustrado, passando a mão pelos seus cabelos longos

- Até agora, não achei nada nos livros também!

- Mandei um email para um amigo que mora em Roma - falo - Ele é um Nefilim, não tem mais seus poderes, assim como eu. Mas é um grande conhecedor e estudioso de tudo que envolve céu e inferno.

- Tá! Me avisa assim que obter uma resposta! - pede Sam

- Pode deixar!

- Escuta! O que estava rolando lá na cozinha? - pergunta Sam sentando-se na poltrona em minha frente

- Nada de mais ué! - tento disfarçar meu nervosismo - Só... estávamos bebendo e conversando.

- Parecia estar rolando muito mais do que isso - sorri malicioso

- Acho que quem estava bebendo era você! - falo me levantando - Vou dormir! Boa noite, Sam!

- Boa noite S/n - fala achando graça da minha fuga

*
No dia seguinte, eu e Sam estávamos em frente a uma loja de moda, olhando os peritos recolherem evidências do crime cometido mais cedo.
Entramos no estabelecimento e vemos Dean com uma mão no ombro de uma das vendedoras e um papinho de "aproveitar" a vida!

- O que está fazendo? - pergunta Sam assim que a mulher se afasta

- Ué! Consolando as aflitas, você não viu? - fala sínico - E vocês?

- Trabalhando! - alfineto - Cadáver, possível ataque de demônio... essas coisas

- Vocês sabem... Que não me resta muito tempo - fala com olhar de coitado e com uma tosse fingida - Eu tenho que aproveitar cada segundo!

- Tá! Você tem razão! - diz Sam me fazendo olhá-lo - Me desculpe!

- esta, desculpado! - fala sorrindo

Fico de boca aberta com a reação do Sam. Olho para o Dean e vejo que ele estava satisfeito em ver que o irmão estava concordando com tudo que ele dizia. Estreito meus olhos, e o fuzilo, fazendo-o ficar sem jeito ao perceber que eu saquei o seu joguinho de manipulação.
Bobby se aproxima, vestido de terno e ajeitando a gravata enquanto se olha no espelho da loja.

- Terno maneirão! - fala Dean - Mas onde você estava heim?

- No escritório da promotoria - Reponde Bobby - Acabo de falar com a suspeita!

Sam pergunta a ele se acha que a mulher estava possuída, mas Bobby acha que não, pois não havia nenhum dos sinais habituais como perda de consciência ou descontrole. A mulher estava totalmente lúcida! Matou a outra porque só queria os sapatos e era o último par. Ele diz ter jogado um copo de água benta nela, só para ter certeza, mas nada de demônios.

- Derrepente é só mais uma dessas doidas que aparecem - fala Dean de olho em uma das vendedoras que passou por ele

- Se fosse só mais um caso isolado, talvez - fala Bobby - Mas primeiro a família e depois isso? Eu creio em muitas coisas, coincidência não é uma delas! Acharam alguma coisa aqui?

A Nefilim e os winchesters Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora