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A convido para entrar e ela se joga cansada no sofá, após deixar a mochila no chão!

- Fica com a minha cama - falo ao ver ela fechando os olhos - Eu durmo aqui no sofá.

- Tranquilo, eu me ajeito aqui mesmo! - ela abre os olhos e senta endireitando o corpo - E aí Como estão? Cadê o Sam?

- Estamos... levando! - digo - Sam está no banho. Quer alguma coisa? Uma cerveja...

- Quero uma, sim, - dou uma garrafa a ela - obrigada! Fala aí, o que está rolando nessa cidade?

Conto a ela tudo que estava acontecendo, sobre as nossas teorias e até sobre o episódio bizarro e vergonhoso do papai noel bêbado. Ela gargalhava, imaginando a cena. O som da sua risada era como uma melodia e eu não conseguia parar de admira- lá.

Sam, sai do banho e me olha com um sorrisinho malicioso. Ele pega uma cerveja para ele também, antes de sentar ao lado dela no sofá.

Eles fazem um brinde com as garrafas, antes de beberem enquanto eu puxo uma das cadeiras que havia ao redor da mesa. Eles se dão bem, fico feliz por Sam ter mais alguém quando o meu ano chegar ao fim.

- S/n, sabia que o Dean está todo, pró natal este ano? - Sam debocha

Ela me olha, como se entendesse o que eu estava sentindo, o que eu estava pensando, me olha como se conseguisse me ler.

- Sabe, eu nunca comemorei o Natal - ela fala dando de ombros - Nem se quer sabia o que era até sair de casa.

- Nunca? - pergunto surpreso - nunca trocou presentes ou tomou gemada?

- É! Bom, não existe natal em casas de adoadores do diabo - ela explica - Depois que fugi de casa é que fui conhecer toda essa tradição de Natal. Nunca comemorei, mas sempre achei tudo muito bonito.

- Olha aí, Dean - diz Sam - Convida a S/n para comer bolo de amora com você!

Ela olha para nós dois sem entender, mas decide não falar nada. Eu também fico quieto, mesmo querendo saber como foi a sua infância e o porquê de ter fugido de casa. Talvez a frase "adoradores do diabo" seja a resposta.

- Ué! Mas e você? - ela resolve perguntar ao Sam

- Eu tô fora! - ele responde bebendo o restante da sua cerveja - Vou dormir! Boa noite para vocês!

Logo todos nós nos ajeitamos. S/n insistiu que ficaria no sofá. Só tirou as botas e deitou ali mesmo. No meio da noite, me acordo e imediatamente olho para ela, como se precisasse confirmar que não havia sonhado com a sua chegada. Mas para o meu alívio, não era um sonho. Não estava me reconhecendo, será que Sam tinha razão? Será que eu estava gostando dela e só não queria admitir isso? Mas não faz diferença, sou um condenado ao inferno com poucos meses de vida. Não tem razão para eu querer me apaixonar por ninguém.

*

Assim que amanheceu, eu e Sam fomos até uma casa averiguar mais um desaparecimento enquanto a S/n disse que ia circular pela cidade.
Chegando na casa da vítima, a mulher conta que o filho viu o pai ser levado pelo papai noel através da chaminé. Ela conta também que o marido foi arrastado da cama e que o agressor a havia nocauteado. Derrepente, Sam pergunta para a mulher, onde ela havia comprado a guirlanda que estava sobre a lareira, me deixando confuso e com vergonha da pergunta sem sentido.

- Guirlandas? - falo assim que saímos da casa - Por que não falou dos sapatos dela? Eu vi umas bolsas legais na entrada

- Nós já vimos aquela guirlanda antes!

- onde?

- Na casa dos wolsh, ontem!

- É, eu sei! Só... estava testando você! - mentira

A Nefilim e os winchesters Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora