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Dean

Voltando de uma caçada, parei em uma lanchonete na estrada e o Sam desceu para pegar lanches para a gente. Quando ouvi tiros, desci do carro e corri para dentro do lugar, mas só havia vazio, todos ali estavam mortos e Sam havia desaparecido.

Entrei em desespero, eu dei mole, sabia que os demônio estavam atrás da gente, só esperando o momento certo para atacar. Agora, só conseguia pensar em uma pessoa que poderia ajudar a achar o meu irmão.

Quando soube da verdade, sobre o que ela era, não sabia o que pensar. A razão dizia para matá-la, porque ela era uma coisa como todas as outras, mas eu simplesmente não conseguia, e eu não entendo o porquê. Sempre fui aquele que atirava e depois perguntava, mas com a S/n era diferente. Eu me pegava pensando nela e querendo descobrir cada segredo que ela escondia.

Liguei para ela, pedindo ajuda e sabia que ela não estaria longe, pois ouvia Sam falando com ela e a mantendo informada sobre nossos destinos e paradas. Marquei um ponto de encontro em uma estrada e ela disse que não demoraria. Chamei o Bob também e agora estou aqui esperando eles chegarem.

O Bob foi o primeiro a chegar em sua camionete, ele era um caçador amigo do meu pai, nos tratava como filhos já que não teve nenhum. Temos um carinho e um respeito muito grande por esse velho teimoso.

Conversava com o Bob, contando o que havia acontecido, quando a S/n chega em uma moto R1 preta. Passa por nós e para em frente ao ímpala. Esqueço de falar, observando cada movimento seu, ela desce da moto, tira o capacete e encaixa-o sobre o retrovisor. Vem caminhando até mim, balançando os cabelos, tentando ajeitar a bagunça que o acessório tinha deixado.

- Oi! - cumprimenta sem jeito

- Oi! - respondo no mesmo tom

- S/n? - pergunta Bob reconhecendo a mulher

- Bob? - fala notando o velho ao meu lado

- Se conhecem? - falo mais surpreso ainda quando os vejo trocando se abraçando

- Claro que nos conhecemos - fala Bob a soltando - É a minha menina, minha filha assim como você e Sam

- Seu pai me deixou na casa do Bob uma vez - ela sorri - fiquei escondida lá alguns dias.

- E por acaso, contou seu segredinho para ele? - ela revira os olhos impaciente e eu me sinto ainda mais irritado.

- Para de ser idiota Dean - repreende Bob sentindo o clima pesar - Vamos ao que importa agora. Achar o Sam!

Ele tem razão, a prioridade agora é achar o meu irmão. Meu celular toca e quando atendo, Ash - um amigo do bar Roadhouse, mestre em conseguir informações na Internet - fala apressado, dizendo que descobriu algo, mas que não podia falar por telefone.

- Não sei o que é! - falo após desligar o aparelho - mas o Ash disse que é algo grande.

Decidimos então ir os três em um único carro, até o bar Roadhouse para saber o que era tão importante assim, que não devia nem ser falado pelo telefone. Mas chegando lá, nos deparamos com o caos e a destruição. O bar virou cinzas, tudo estava queimado e todos estavam mortos.

- E agora? - falo encostando no carro - Não temos nenhuma pista do meu irmão e nem se quer sabemos o que o Ash queria contar

- Vamos achá-lo - diz Bob

Neste momento, sinto uma dor aguda na minha cabeça e flashs com uma imagem surge diante dos meus olhos.

- O que foi? - pergunta S/n

- Não sei! - falo - Uma enxaqueca, talvez? Mas juro ter visto alguma coisa

- Uma visão? Como as do Sam? - pergunta Bob

- Não! Eu não sou vidente!

Logo depois a dor volta com tudo, muito mais forte. Seguro-me no capô do carro, levando umas das mãos à cabeça.

- Dean! - noto a S/n vindo até mim, colocando uma mão nas minhas costas e outra no meu braço apoiado no carro - você está bem?

- Acho que sim - falo olhando-a confuso com o seu toque, mas ela se afasta assim que percebe o que fez - Eu vi o Sam!

- Então foi uma visão - conclui Bob

- É! Acho que sim! Foi tão divertido quanto levar um chute no saco

- O que você viu exatamente? - pergunta S/n

- Vi um sino!

- Que tipo de sino? - pergunta Bob

- Um sino grande com alguma coisa gravada nele

- Coisa gravada... - S/n repete - Uma árvore? Um Carvalho?

- É! Exato

- Eu sei onde Sam está! - afirma me fazendo olhá-la com esperança - É uma cidade fantasma em Dakota do Sul

- Então vamos para lá agora - falo abrindo a porta do carro e assumindo o volante

Ela se acomoda no banco de trás e Bob ao meu lado. Juntos, nós três fomos ao encontro do Sam.

Algumas horas depois, já noite, chegamos a um caminho interditado com muitos galhos sendo impossível prosseguir com o carro. Eu e Bob pegamos algumas armas enquanto a S/n gira a sua adaga na mão direita. Devidamente armados, seguimos a pé.

Caminhamos por alguns minutos até chegarmos na velha cidade, logo avistamos Sam vindo ao nosso encontro.

- Sam - chamo aliviado ao ver meu irmão bem

- Dean - respondeu Sam também aliviado por nos ver ali

Caminhávamos ao encontro do outro quando derrepente vejo alguém se aproximando por trás do Sam.

SAM, CUIDADO! - S/n grita quase que na mesma hora

Mas foi tudo muito rápido. Como um piscar de olhos, no segundo seguinte Sam estava caído, atingido com uma faca no meio das costas.

- NÃOOOOO - grito correndo até ele

Vejo s/n e Bob correndo atrás do homem enquanto seguro Sam em meus braços

- Sammy! Não foi nada. - falo vendo meu irmão quase inconsciente - Você vai ficar bem! Fica comigo!

Não posso perder meu irmãozinho. Ele é toda a família que me resta. Sinto seu corpo amolecendo e imploro que resista. Mas infelizmente, Sam fechou os seus olhos pela última vez.
Estava morto!

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