O sol já havia se ido quando batemos da porta de Evan Hudson. Quando ele nos atende, falamos que sabíamos que ele havia estado no bar LLOYD'S dez anos atrás, ele assusta-se e fecha a porta na nossa cara.
Não teria outro jeito, teríamos que arrombar. Abrimos a porta com um chute e entramos. O encontramos no seu escritório, completamente apavorado. Explicamos que sabíamos do pacto e que só queríamos ajudar. Ele tinha dúvidas se poderia confiar, mas não tinha muitas opções. Perguntei o que ele havia pedido e ele respondeu ser a mulher dele. Falou que quando a mulher no bar disse que ele poderia ter o que quisesse, ele achou que ela era doida, mas ele estava desesperado, a esposa estava com câncer, estava morrendo, tinha apenas alguns dias de vida. Então ele fez o pacto e disse que faria de novo só para salvá-la.- Pensou nela quando fez isso? - pergunto sentindo uma revolta dentro de mim que nada tinha a ver com Evan - Fez isso por você, porque não queria ficar sozinho. Só que agora ela vai ter que viver sem você. E se ela soubesse quanto custou? Que custou a sua alma? Acha que ela sentiria o quê?
- Tá já chega! - interrompe Sam - Evan, senta aí. Vamos resolver tudo
Viro as minhas costas e saio do escritório sendo seguido pelo Sam.
- Está tudo bem? - pergunta vendo que eu tinha ficado um pouco alterado
- Por que não estaria?... Eu tive uma ideia - digo enquanto me viro para ele e tiro o do bolso o saquinho com pó dos bobos que George havia nos dado.
Falei para o Sam fazer um círculo com o pó e ficar dentro dele com o Evan enquanto eu iria até a encruzilhada conjurar o demônio. Sam achou o plano maluco, mas essa era a única saída. Conjurar, prender e exorcizar o demônio fazendo com que tenhamos tempo até achar algo permanente.
Sam não estava concordando, disse que não permitiria que eu fizesse isso, por que eu estava no limite desde que voltamos da encruzilhada. Não posso negar que isso tudo mexeu muito comigo. O meu pai estava morto e eu estava vivo, tudo por causa de um pacto.
Evan chama a nossa atenção quando nos diz que acha ter visto o cão no lado de fora. Falo ao Sam para não deixar o cara morrer e viro as minhas costas decidido a conjurar o demônio. Sam tenta me chamar, mas eu não escuto. Isso é o que tinha que ser feito.
Já na encruzilhada, coloco todos os itens necessários para o feitiço, dentro da caixinha e a enterro no mesmo local onde já havíamos cavado antes. Assim que ergo o meu corpo, uma mulher muito bonita em um vestido preto surge atrás de mim
- Então, o que um cara como você faz em lugar como este? - ela pergunta fazendo eu virar-me para olhá-la - Você me chamou?
- Chamei, que bom que deu certo.
- É a primeira vez?
- Pode se dizer que sim
Não me surpreende quando ela diz saber tudo sobre mim e ainda fala o meu nome. Então começo por meu plano em prática a chamando para ir até o carro. Enquanto Caminhávamos, disse que queria fazer um pacto, liberar Evan Hudson do contrato, ela disse que isso não era negociável. Então eu me ofereci para ficar no lugar dele
- Ora, ora, ora quer sacrificar a sua vida pela de outra pessoa? Tal pai, tal filho! - debocha - Você sabia do pacto do seu pai né? Não fui eu que fiz, mas puxa como eu queria
Sinto crescer em mim uma profunda irritação causada por aquelas palavras então abro a porta do carro para a maldita entrar, mas infelizmente ela nota a minha armadilha - o símbolo que prende os demônios pintado no chão sob o carro - isso faz com que ela fique furiosa. Diz que queria me fazer em pedacinhos, provoco dizendo para ela tentar enquanto me afasto dando alguns passos para trás, mas ela diz que não, que o meu sofrimento era a questão, que saber que o meu pai havia vendido a sua alma para me salvar, ver o quando isso me machucava era muito mais divertido. No final ela acaba dizendo que errei, que eu poderia ter pedido o meu pai e que ela poderia trazê-lo de volta.
Só eu sei o que isso despertou dentro de mim, mas havia muitas coisas em jogo e eu não podia vacilar agora. Digo para ela esperar e isso faz com que ela volte.
- Sua sorte é que não gosto de carinhas triste e filhotinhos abandonados - fala se aproximando da estrutura de uma caixa d'água onde eu estava.
- Pode mesmo trazê-lo de volta? - falo sustentando a minha cara triste
Ela confirma, diz que pode trazê-lo do jeito que ele era e que ele teria uma vida longa assim como havia sido programado. Ela se aproxima ainda mais, agora já do meu lado. Continua falando que eu deveria estar morto, mas que me daria dez anos ao lado do meu irmão e do meu pai. Então viro de costas para ela e enquanto finjo pensar, escuto um barulho estranho vindo do outro lado da estrutura, atrás do demônio.
Viro-me rapidamente e vejo que tem outra mulher no lugar. Mais uma linda mulher, que não faço ideia de onde surgiu, talvez algum outro demônio. Ela tinha um olhar frio, profundo, mas não era direcionado a mim e sim a outra mulher.
- Olá querida! Trabalhando muito? - pergunta ao demônio, apoiando o ombro na estrutura enquanto cruza os braços.
- S/n? - o demônio pergunta parecendo ter ficado nervosa ou assustada com a aparição na sua frente
A mulher não responde apenas alarga o sorriso satisfeito com a tensão que causou. Então direciona o olhar a mim.
- E você? Para estar aqui atraindo um demônio para uma armadilha, só pode ser o Dean, acertei?
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A Nefilim e os winchesters Livro 1
FanfictionS/n é filha de um anjo caído, uma Nefilim, com um passado que a deixou com muitos traumas. Ao conhecer Dean Winchester, ela acaba sendo obrigada a entrar em uma luta interna com os seus próprios sentimentos. A amizade com Sam Winchester também se t...