S/n
Sinto o Dean deitando junto a mim, colocando a sua mão no meu quadril por cima do short e sussurrando algo que eu não consigo entender. Só consigo sentir o seu corpo colado ao meu, os seus lábios roçando na minha orelha e descendo para o meu pescoço, deixando beijos molhados e quentes. A sua mão entra sorrateiramente por baixo da minha camiseta, alisando a minha pele, subindo...
Desperto ofegante e sento na cama, olho em volta e noto os irmãos sentados ao redor da mesa. Sam no lap top e Dean lendo o diário do pai.
— Pesadelo? — pergunta Dean notando que eu havia acordado
— É... acho que foi isso
Não, eu não conseguia nem classificar se era sonho ou pesadelo. Mas faltou-me o ar e deixou o meu corpo mole. Levanto-me, pego uma roupa na mochila e descido tomar um banho. Água fria é o que preciso agora. Ao sair do banheiro, secando os meus cabelos com uma toalha, percebo Dean e Sam um pouco inquietos enquanto me olham.
aproximo-me da mesa e noto o diário aberto em uma página conhecida. Então, compreendo o porquê dos olhares inquisidores.
— Demoraram a descobrir — sorrio sem humor — Estou até decepcionada
— Por que você tem o mesmo desenho dessa página, tatuado nas costas? — pergunta Dean
— Achei que fosse autoexplicativo — falo cruzando os meus braços — Espera! Como sabe da minha marca?
— É essa sua maldita camiseta, sempre reveladora!
— S/n, você... é uma Nefilim? — pergunta Sam confuso
Respiro fundo
— Sim!
— Não acha que deveria ter nos contado isso antes? — pergunta Dean irritado se levantando da cadeira
— Não, não acho! — falo calmamente — Isso é uma coisa minha e também não muda em nada o que sou.
— para mim muda!
— Dean, calma! — pede Sam — S/n, só queremos entender, isso é novo para a gente. Nunca ouvimos falar em Nefilins e...
— Poderes? É serio? — interrompe Dean
— Se é isso que te preocupa, pode ficar tranquilo — respondo aumentando minha voz — Não tenho nenhum poder, não mais. Foram tirados de mim a muito tempo. Nem as minhas asas sobraram. Fui deixada apenas com a minha imortalidade, mas isso é só mais um castigo.
Sam não consegue expressar o que sente, apenas me olha com um olhar que julgo ser de compreensão. Já o Dean, tem uma expressão indecifrável no rosto. Talvez esteja em conflito com o que acredita e com aquilo que deve acreditar.
- O nosso pai sabia? — pergunta Dean — Você sabia que ele tinha essas informações? Até de como matá-la?
— Eu mesma contei! Ditei a ele cada palavra escrita nessa página.
-Por que?
— Porque eu não sou a única, Dean! Existem muitos Nefilins por aí, e a grande maioria é corrompido pelo mal
— O que é um caído? — pergunta Sam
— Um anjo, Sam! — respondo — Um anjo que foi expulso do céu. Lúcifer não foi o único a cair. Com ele, muitos caíram.
— Anjo? Então...
— É! Existem!
— Como... como o papai sabia de você e não tentou... — fala Dean
— Me matar? — pergunto — Ele não me julgou pelo meu pai! Mas se isso vai te deixar em paz com você mesmo... — digo pegando a adaga sobre a mesa e colocando na sua mão — vai em frente! Você sabe o que precisa fazer — aponto para o diário
— Dean... — chama Sam ao ver o irmão empunhando a adaga enquanto olha para mim
— Vai Dean! — peço — Estará me fazendo um favor!
Ele me olha com uma mistura de raiva e decepção, e sei lá mais o quê, mas eu não abaixo minha cabeça. Mantenho meu queixo erguido e olhar firme no dele. Não preciso e nem quero convencê-lo de que preciso viver, só mostrar que não tenho medo da morte.
Ele joga a adaga sobre a mesa sem desviar o olhar — do qual percebo muitas dúvidas — enquanto Sam respira aliviado. Eu apenas respiro fundo e viro minhas costas.
— Vou arrumar as minhas coisas — falo pegando minha mochila do chão
— Espera S/n! — pede Sam — O que vai fazer? Para onde você vai?
— Estarei por perto caso precisem! — fecho a mochila e coloco nos ombros — Você tem meu número, é só me ligar! Tchau Sam!
Paro em frente ao Dean e sem desviar nossos olhos, pego minha adaga. Passo por ele e antes de abrir a porta, olho por cima dos ombros
— Não hesite em me chamar quando precisar — digo — Eu vim para isso!
Se cuida!*
Escolho ficar em um hotel próximo de onde estavam os winchesters. Apesar de tudo, não queria me afastar e deixá-los sozinhos sendo caçados por azazel.
Eu sabia que uma hora ou outra, eles descobririam sobre mim. E, na verdade, até já esperava pela reação do Dean. Creio que eu até tenha ficado no lucro, saindo daquele quarto viva. Jhon já havia me alertado que se um dia eu conhecesse os filhos dele, seria melhor esconder minha origem do Dean, pois ele achava que qualquer coisa que não fosse humana, teria que ser morta. Jhon não era diferente do filho mais velho. Demorou um tempo até eu ganhar a confiança dele e finalmente me sentir segura em contar a minha história, toda ela. Já éramos amigos e eu já havia mostrado a ele que poderia confiar em mim. Depois que contei sobre tudo o que eu já havia passado, a única coisa que recebi dele foi um abraço e um "Conta comigo pequena".
*
Dias depois, em uma cidade de Nebraska, estava bebendo em um bar, quando o meu telefone toca.
— Alô — atendo
— S/n — ouço a voz aflita — É o Dean... Onde você está?... eu… eu preciso de ajuda
— O que aconteceu? — pergunto já levantado do banco e pagando a conta
— É o Sam... ele sumiu!
Momento tenso!
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A Nefilim e os winchesters Livro 1
Fiksi PenggemarS/n é filha de um anjo caído, uma Nefilim, com um passado que a deixou com muitos traumas. Ao conhecer Dean Winchester, ela acaba sendo obrigada a entrar em uma luta interna com os seus próprios sentimentos. A amizade com Sam Winchester também se t...