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Mas não é tão simples assim. Estamos desarmados, não temos algo poderoso o suficiente para matar Lilith. Minha adaga infelizmente, só tem poderes contra algumas criaturas e contra os demônios que costumavam me perseguir.

O máximo que eu poderia fazer era feri-la, mas ainda assim, isso não bastaria.

- Vamos com calma aí - fala Dean - Primeiro, nós não temos como matá-la e segundo, essa é a mesma Lilith que quer a cabeça do Sam, numa bandeja

- Você está nos desanimando! - diz Bobby

- Ninguém aqui precisa morrer, vamos nos preparar ou nada feito

- Ah qual é Dean? - digo perdendo a paciência - Queríamos Lilith e achamos. Agora temos que agir. Eu odeio ter que dizer isso mas... precisamos da Ruby

- Tá maluca? Nem pensar! - Dean protesta

- A faca dela é a única que pode matar Lilith - Sam concorda comigo - Precisamos chamá-la

- Vai chamar nada! - Dean se exalta - A gente já tem problema pra caramba

- É isso aí, e nós não temos tempo e nem escolha - digo - E acredite, Ruby jamais seria escolha para mim, mas agora precisamos dela

- Ela é uma tremenda mentirosa! Ela disse para o Sam que poderia me salvar, só que é mentira. Ela parece saber tudo sobre a Lilith, mas esqueceu de mencionar que a Lilith é DONA DA MINHA ALMA

- TA! ELA É MENTIROSA, MAS AINDA TEM AQUELA FACA - grita Sam

- ELA PODE TRABALHAR PARA A LILITH - devolve Dean

- Chega! - Bobby tenta intervir na discussão

- ENTÃO NOS DE OUTRA OPÇÃO! VOCÊ TEM ALGUMA SUGESTÃO? - grito ao Dean

- SAM E S/N TEM RAZÃO! - Bobby se faz ser ouvido

- NÃO, NÃO TEM! - Dean grita antes de diminuir o tom de voz - Não tem não! Não vamos repetir os mesmos erros outra vez. Se querem me salvar, encontrem outra coisa. - ele encerra a discussão, nos dando as costas e voltando a se sentar em frente aos livros

- Aonde vai Bobby? - a voz do Sam me faz desviar o olhar do Dean para ver o velho vestindo seu casaco

- Eu vou encontrar... outra coisa

Bobby sai, deixando Sam e eu olhando para um Dean frustrado e desanimado, tentando inutilmente achar uma solução nos livros que já havíamos lido e relido um milhão de vezes.

- Vem comigo! - Chamo Sam após tomar uma decisão

- O que vai fazer? - ele pergunta baixo enquanto me segue até o porão da casa após me ver pegando alguns ingredientes

- O que é preciso! - digo determinada enquanto começo a preparar o ritual para chamar Ruby

- Ele não vai ficar nada feliz com isso - Sam começa a me ajudar

- Foda-se! Eu não estou nem aí! Aquele idiota não vai fazer eu me apaixonar por ele para depois desistir assim tão fácil.

- Está mesmo apaixonada pelo Dean? - Sam pergunta com um meio sorriso bobo no rosto

- Se contar para alguém, eu mesma mato você! - digo olhando sério em seus olhos, mas isso não intimida Sam, pelo contrário, o faz rir satisfeito.

Com tudo pronto, dou início ao ritual, acendo as velas e começo a recitar as palavras em Latim.

- Ad contrigendum, ad ligandum eos paritier et solvendum - olho em volta ao ouvir a madeira da casa velha ranger. Olho para Sam antes de continuar - Et ad congregandum eos coram me.

A Nefilim e os winchesters Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora