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Dean

Não tenho certeza se fiz o certo pedindo para que a S/n ficasse, mas também não me sentia confortável com a ideia de não vê-la mais, de não tê-la por perto, de não ter que aguentar a sua marra todos os dias.

Já fazia quase uma semana que havíamos deixado o exército demoníaco fugir.
Sam anda para cima e para baixo lendo livros sobre demônios, pactos... em busca de alguma coisa para me salvar. S/N saiu em viagem, disse ter amigos para visitar, antes de começarmos a grande caçada. E eu? Só quero aproveitar cada segundo que me resta.
Estava me divertindo com duas lindas gêmeas, quando ouço o Sam me chamar na porta do quarto.
Acabo minha diversão e volto para o carro para pegar a estrada novamente.

- Me empresta a sua faca - fala Sam com cara de quem vai vomitar

- Para quê? - pergunto estranhando o pedido

- Para eu arrancar meus olhos!

- É um ato natural e bonito, Sammy - falo gargalhando

- Essa é uma parte sua, que eu nunca fiz questão de ver!

Acho graça do meu irmão, mas agradeço por ele me deixar aproveitar esse tempinho. Estou até estranhando quando ele diz que está tudo bem e nem faz aquela cara de reprovação que sempre faz.

- O quê que o Bobby achou? - pergunto mudando o assunto

- Não muito - ele responde - falhas em plantações e uma nuvem de cigarra em Lincoln, Nebraska. Podem ser sinais do demônio!

- Ou safra ruim e praga de insetos

- Mas são nossa única pista!

- Sem mortes estranhas?

- Bobby não achou nada. Ainda não pelo menos.

Acho muito estranho, pois na noite em que o portal foi aberto, nuvens escuras invadiram dezessete cidades. Parecia que seria o Apocalipse, mas depois de cinco dias, nada havia acontecido.

- O que os demônios estão esperando? - pergunto irritado - Se vai ter guerra, quero começar agora!

- Não sei, não. Cuidado com o que você quer - Alerta Sam

- E.. - limpo a garganta - ... a S/n? Tem notícias? - pergunto tentando não mostrar interesse

- Esta bem! Ela e o Bobby vão encontrar a gente em Lincoln.

Fui pego de surpresa pela informação. E a ansiedade inexplicável de chegar logo, surge, fazendo com que eu acelere o carro um pouco mais.

*

Nos aproximando do nosso destino - uma fazenda nos arredores de Lincoln - avisto Bobby e S/n, já nos esperando, de braços cruzados e escorados no carro

- Está ouvindo as cigarras? - pergunta Sam descendo do carro, ouvindo o barulho ensurdecedor dos insetos.

- Não pode ser bom sinal - falo também descendo com o meu hambúrguer na mão

- Está comendo x-bacon no café da manhã? - pergunta S/n assim que me aproximo

- É! - falo abocanhando um pedaço do lanche - Vendi minha alma, tenho só mais um ano de vida, tô nem aí para o colesterol

- O que acham? - pergunta Sam - É uma praga bíblica?

- Dean? Ahh eu suspeito que sim - fala revirando os olhos para o meu hambúrguer cheio de gordura - Quanto aos insetos, vamos descobrir

- Aqui parece ser o marco zero do enxame - fala Bobby sendo seguido por nós três até a porta da frente da casa

- TELEGRAMA - grito batendo na porta

A Nefilim e os winchesters Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora