A Nefilim e os winchesters Livro 1

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Dean

- irmão, minha lista de fantasias sexuais acaba de ser atualizada - falo ao Sam, ainda boquiaberto, olhando para o caminho que a moto seguiu agora a pouco - O que é isso? Desci pro inferno e voltei, sem escalas!

- Me poupe dos detalhes - fala Sam, enquanto entramos no carro - A S/n voltou para casa do Bobby?

- É... voltou! - o desagrado é nítido na minha voz

- Está tudo bem? - Sam percebe

- Sei lá cara! Já notou que ela parece estar sempre fugindo?

- Talvez ela esteja!

- Como assim? - Pergunto sem entender o que ele quis dizer

- Deixa para lá! - Sam ri - Vamos para Maple springs, tem trabalho por lá!

*

Os dias estavam passando rápido e com eles o meu tempo na Terra também. Vejo o quanto Sam está sofrendo com isso, mas estou em paz com o meu destino, sei que fiz o que era certo.

Não vejo a S/N já faz uns quinze dias. A última vez foi quando paramos na casa do Bobby, mas só trocamos uma meia duzia de palavras, antes dela sair para ajudar um outro caçador. Ela auxilia o Bobby com as pesquisas e também andou cuidando de alguns casos nas cidades vizinhas. Meu pai a treinou bem.

Sinto falta de estar perto dela. É como se ela fosse um ímã e eu o metal atrido pela sua força. O problema é que aparentemente, ela não quer mais estar por perto. Não quer mais nos acompanhar nas caçadas e parece que quanto mais me aproximo, mais ela se afasta.

- Dean... Dean! - ouça Sam tirando-me dos meus pensamentos

- Hum? Chamou? - pergunto enquanto volto a comer o hambúrguer do meu prato

- Umas três vezes! - responde sorrindo - acabei de falar com a S/n, ela está em uma cidade aqui perto, perguntei se ela não queria nos encontrar em Ypsilanti

- E... ela vai? - tento esconder a ansiedade que derrepente tomou conta de mim. O que está acontecendo comigo?

- Vai sim! E Dean... - ele me chama - Vê se não banca o idiota tá legal?

*

Chegamos a Ypsilanti para investigar um caso de um homem que desapareceu dentro da própria casa, faltando apenas três dias para o natal. Com um de nossos melhores disfarces - os de agentes do FBI - usamos ternos e distintivos falsos para conseguir melhores informações.
E foi assim que consegui falar com a esposa da vítima enquanto Sam checava a casa. Nada estranho, a não ser por um dente preso na chaminé.

*

- Parece que esse wolsh, foi o segundo cara a sumir esse mês - digo ao Sam assim que entro no quarto do hotel onde nos hospedamos, após ter saído para comprar comida.

- Também puxado pela chaminé? - pergunta Sam que estava sentado no sofá em frente a um lap top sobre a mesa de centro

- As testemunhas ouviram um barulho no telhado! - digo enquanto tiro minha jaqueta de couro - Com que será que a gente está lidando?

- Eu não faço muita ideia - ele diz - Vai parecer loucura para você, mas...

- Nada do que me disser, vai parecer loucura para mim!

- Papai Noel do mal!

- É, é loucura sim!

- Eu sei! Só estou dizendo que existe um anti Papai Noel em cada cultura - ele me entrega alguns papéis com imagens de criaturas - Pode chamar de Bellsnickel, krampus, Pedro preto... seja qual for o nome, tem muita lenda