Sol Santiago
Vai rolar uma festa hoje e vai o bonde todo. Eu nem ia ir, não conheço ninguém lá, sacas? Nem o dono da festa, mas é melhor do que ficar em casa.- Gata demais. - Victor fala.
Acabo de descer as escadas e dou uma voltinha.
- Sou, né...
- Ih, nem se acha! - Dou risada. - Bora, fofão.
Paramos de frente a uma casa de três andares na parte baixa do morro.
Desco da moto.- Só vrau hoje, hein Boca? - Victor pergunta, cheio de esperança.
Bruno tira o capacete e olha o grupo de mulher.
- Tu é maluco, pó... Agora tenho dona.
Nem parece que foram horas pra tentar convencer ele a fazer a droga do pedido pra mulher.
- Se liga Sol, hoje nós vai sofrer nessa porra!
- Fale por você, porque eu não vou sofrer por ninguém, colega.
- Fica flex que ninguém vai saber, pó.
Nem bem cheguei e acho que já me perdi. Bruno diz que vai procurar a namorada e Victor que vai pegar cerveja e eu fico sozinha com um monte de gente que nem conheço.
Se eu soubesse nem tinha vindo.
- Ei, você é a Sol?- Alguém pergunta atrás de mim.
É aquilo né, cismei!
Me viro para encarar uma mulher de cabelo longo e ruivo, junto com um cara loiro bonitinho.- Sou sim, por que?
- Te falei, porra. - O loiro sorri e pede alguma coisa pro moço.- Como porque, mulher? Porque vou te pagar uma bebida pelo belo trabalho com a vaca da Lumena. - sorri, me dando o copo. - Rafael, mas prefiro que me chame de Eve.
Não é todo dia que se conhece alguém assim, e o cara parece ser gente boa.
- Jaína, mas pode me chamar de ruiva. - a mulher mais velha fala.
Só lembro agora da ruiva, é a mesma que foi na casa de Gabe, a de botas cafonas.
- Tu é a fiel do Gringo, né? - Eve senta do meu lado.
Nego com a cabeça.
- Tenho nada com ele não.
- Sei... - Jaína ri.
- Coé, esse negócio de se apegar né pra mim não.
- Achei alguém que me entende, caralho.
Jaína revira os olhos.
- Vocês jovens cansam minha beleza.
- Ih, falou a velhinha.
Ela abaixa o vestido.
- Tenho idade de ser tua mãe, Rafael.
- É Eve, rapariga!
Um homem passa perto da gente e Eve só falta infartar.
- Ave Maria, alguém me abana...
Misturo um pouco de vodca na minha bebida, Eve desvia o olhar para o cara das bebidas.
- Jaína e Escorpião tem o que?
- Escorpião é um filho da puta.
Já ouvi isso uma pá de vezes.
- Séria um casalzão da porra. - Bruno diz, pegando o copo da mão de Eve.
- Arrombado. - Eve puxa o copo da mão de Bruno e se inclina pra falar comigo. - Amiga, vou falar com aquele boy ali, volto já.
Ele corre até o cara.
- Ou não! - Grita, rindo.
- Oi, vida. - Bruno fala.
Me viro para olhar a mulher e ela parece não gostar nem um pouco de mim, pó. Sem caô.
- Nem vem com vida, quero bater um lero contigo. - Fala, olha pra mim e sai.
Eu hein.
Bruno pede desculpa com o olhar e vai atrás da morena de cabelo longo, sem dúvidas a namorada surtada dele.Dou de ombros e volto a beber minha cerveja.
Já tô decidida a não deixar nada me abalar hoje!Mas alguém viu o Victor? Porque eu não!
- Oi princesa, tá sozinha por que? - um homem lindo pergunta, segurando duas bebidas na mão.
Ele puxa uma cadeira e se senta do meu lado.
- Pensando. - Respondo, sorrindo.
- Caô, uma princesa que nem tu não precisa pensar não, só tu sorrir que tudo caí nos teus pés.
Se fosse assim eu estaria feliz da vida. O cara me estende a mão e eu seguro.
- Pimenta.
- Belo nome. - falo e ele ri.
- Que isso, morena... Vinícius. Pra você, Viní. Mas se preferir, pode me chamar de vida.
Gargalho.
- Sol.
A gente começa a conversar e né que o moleque é gente fina?
Papo vem, papo vai, e me pergunto até onde isso vai chegar.
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OPOSTO$ [Vol.1]
Romance|LIVRO 01| EM REVISÃO Eu queria ter um futuro, mas já não sabia sequer se ia sobreviver por mais algumas horas, minutos ou segundos. Vivíamos em uma Roleta Russa, cuja a vítima poderia ser qualquer um e a qualquer hora. Mas eu queria que minh...