† CAPÍTULO 13

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Sol Santiago

Sabe quando você dá conselho a uma pessoa e diz que ela devia agir de um jeito, mas nem você consegue fazer o que está pedindo?

Eu não devia cair nesse jogo do Gringo, não devia perder minha dignidade, muito menos gostar dele, mas eu gosto.

Não dá pra entender e talvez seja isso; não tem explicação.

Gabriel subiu a mão pelas minhas pernas, subindo meu vestido devagar para cima enquanto me beijava. Suspirei quando suas mãos tocaram meus seios por baixo do vestido.

- Gabriel... Acho.... - Sussurro.

- Shhh.

Ele junta nossos lábios, me guiando para o quarto mais próximo, o de Gabe, enquanto retirava me vestido vermelho, assim que o tirou ele se afastou para me olhar apenas de calcinha e sutiã.

- Você é gata pra caralho, sabia?

- Sempre soube.

- Mas é bom reforçar, sacas?

Ele volta a me beijar e sinto sua ereção contra mim, e só então percebo pó quanto quero ele.

E isso me assusta.

•••

Acordo na primeira vez cinco da manhã e Gabriel não está mais. Mesmo não esperando por isso, não me surpreendo.

Tô suave.

Levanto da cama pra abrir a janela e quase caio de cara no chão, olho pra baixo e real, não acredito no que vejo.

Não pode ser uma aliança.

- Zueira... - mesmo tocando, não acredito, pó.

A primeira coisa que me dá vontade é jogar esse anel na casa do caralho, agora tô com vontade de guardar só pra enfiar na garganta dele.

Mas apenas guardo no bolso do roupão.

MENSAGEM |075-86××××

06:36
075-86×××: Bom dia, princesa.

Num pude ficar pq tive que resolver uns bagui aqui.

06:37
075-86×××: Como tu tá?

- Como eu tô. - Dou dedo pra ele virtualmente.

Jogo o celular na cama e caio junto com ele.

Não sei como pude esperar alguma coisa dele.

Acabo dormindo de novo. Fazia tempo que não dormia assim.

Tudo tava perfeito, até eu me assustar com um barulho.

Cubro meu rosto.

- Boa hora pra vim incomodar.

Algum filho da mãe tá quase derrubando a porta, cara. Mesmo eu já tendo gritado um milhão de vezes "já vai!", o infeliz insiste em bater.

Abro a porta, mas juro que preferia não ter aberto.

Lumena nem espera ser convidada, já vem entrando. Folgada mesmo.

- O Gringo tá aqui? - Passou o olhos em volta.

Senhor, será que se eu matar ela vou pro inferno?

- Minha querida, o "Gringo" - Faço aspas com o dedo. - Não é o dono dessa casa.

Abro a porta, no mesmo instante a Honda para de frente ao portão.

Olha!

- Aí está. - aponto para Gabriel e Lumena sai. - E viveram felizes para sempre!

Bato a porta e me jogo no sofá.

•••


Olho pra foto e não consigo conter o sorriso. Minha lojinha tá ficando tão linda!

As vezes acho que tô sonhando, as coisas estão dando certo pra mim.

Alguém bate na porta, pensei que era Lumena e já me levantei pronta pra dar uma voadora nela.

Mas não é ela, é uma moça baixinha e de olhos castanhos.

- Oi. - falo, coçando a cabeça.

Talvez ela tenha errado o caminho ou batido na porta errada, ou quem sabe veio reclamar do cheiro de maconha.

- Oi. - A moça diz e olha pra trás de mim.- Sou a mãe do Deivid.

Deivid?

- Deivid? - Frazo a testa.

A senhora ri, como se eu fosse uma retardada.

- Gringo... A mãe de quem vocês chamam de Gringo.

- Ah sim. Mãe do Gabriel.

Os olhos da moça se iluminam, como se a muito tempo ninguém falasse o nome do filho.

Tô meio surpresa porque não sabia que ele tinha mãe. Ele nunca falou sobre isso, pelo menos não comigo.

Na real, não sei nada sobre ele.

Faço um café pra ela, na tentativa de ser educada.

Mas quem bebe café num calor desse?

- Meu nome é Sol. - Respondo e Maria assente.

- E você é igual a ele? - pigarreia. - ao Victor e ao...

Nego e ela me encara.

- Vim morar aqui a pouco tempo.

- É namorada do Gabe? - gargalho e nego. - Porque veio morar em um lugar como esse então?

Ela tá me olhando de uma maneira que me deixa nervosa.

- Tem lugares muito pior que esse. - digo, pensativa. - Pessoas piores ainda.

- Piores que Gabe? - Maria ri. - Você não conhece com quem vive.

A verdade é que realmente não conheço.

- O Gabriel saiu.

- Hum.

Parece que todo mundo me odeia.

Mas tu liga? Porque eu não!

- Colê, tia! - Victor sorri, entrando em casa.

Não vejo essa peste desde ontem, quando disse que ia pegar bebida e sumiu.

- Ih, conheceu até a sogrinha, alá!

Abro um olhão.

Que vergonha! Alguém acha um buraco pra mim enfiar minha cara!

OPOSTO$  [Vol.1]Onde histórias criam vida. Descubra agora