Djonga, Leal
"As vezes a paixão sufoca.."
Dayane Alves | Vulgo Ane
Tô ligada que vacilei legal, mas prefiro morrer do que assumir! Sou dessas mesmo.
Até sei que agi como criança ontem, todo mundo sabe, cara. Mas pó, é errado sentir ciúmes?
Eu não acho não.
Subo o morro em direção a boca e algumas pessoas me encaram, com certeza me criticando pelo meu passado.
Sei que esses merda não vão deixar de me olhar desse jeito e poxa, isso me irrita pra caralho.Todos sempre tem algo pra falar, e muitas vezes nem existe nada, puro caô.
Passo pelos dois seguranças, que também ficam de gracinha e entro na casinha.
Bruno tá conversando com dois vapores, contando dinheiro.
- Quero falar contigo.
- Agora não dá, Dayane. - ele volta a contar o dinheiro.
Depois de subir essa ladeira infernal sou tratada dessa maneira.
Fico calada porque sei que dessa vez quem tá errada sou eu, nem posso falar nada.
- Namoral, Bruno.Ele suspira e anda para o lado de fora, saio logo atrás dele.
Tão lindo, pó.- Eu sei que surtei ontem... - Falo, quase rindo.
Ele cruza os braços.
- Sem motivo nenhum nessa porra.
- É. - Concordo. - Mas pó, eu vim até aqui te pedir desculpa.
Sorrio, mas ele ainda tá sério pra caralho.
- Sei que fui infantil e isso aí, mas eu sou assim.
- Pó, Dayane, pisei na bola uma vez contigo. - estreito os olhos.
Até parece que foi só uma vez.
- Parece que só por isso, tu desconfia de mim a porra do tempo todo.
Ele olha pra dentro da casa.
- Tenho medo de te perder.
Ele caminha em minha direção.
- Será que tu não entende? Eu amo você, caralho. Só tu e eu.
Tô quase chorando aqui, pó.- Se fosse pra mim querer qualquer uma, não tinha pedido tu em namoro. E isso desde antes.
Desde quando eu era prostituta.
- Mas eu gosto de você, sacas?
Bruno beija minha testa.
- Gostei de tu antes de tu ser o que é, e gosto agora mais ainda.
Ele sorri e entra na casa.
Tava descendo o morro na mó paz, até que vejo a menina de ontem de noite, acho que é Sol o nome.
- Não tenho medo de você, tá ouvindo? - ela grita com alguém no telefone.
Quem quer que seja ela deve odiar.
Assim que notou minha presença, Sol desliga o celular.- Eai - Sorrio sem jeito. - Dayane, tu lembra de mim?
Ela assente.
- Namorada do Bruno.
Gabriel sempre fica com gente bonita, mas parece que com essa é diferente.
- Só queria pedir desculpa por ontem. - Digo. - Foi mal.
- Ah, tá suave. Sei como é.
Jaé? Alguém entende.
- Amigas?
Já viu jeito mais estranho de fazer amizade? Faço toque com a mina e quando ela vira para ir embora consigo ver uma cota de cicatrizes nas suas costas.
Nem falo nada, não conheço e nem tenho intimidade com a menina, mas fico grilada pensando em como ela ganhou tanta cicatriz.
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OPOSTO$ [Vol.1]
Romance|LIVRO 01| EM REVISÃO Eu queria ter um futuro, mas já não sabia sequer se ia sobreviver por mais algumas horas, minutos ou segundos. Vivíamos em uma Roleta Russa, cuja a vítima poderia ser qualquer um e a qualquer hora. Mas eu queria que minh...