COMBO 2/4
Bruno Silva | Vulgo Boca
A rodinha tá ficando chata já, todo mundo com seus esquemas e eu sem minha morena, porra.
Bateu a carência legal agora.Mulher não falta não, mas a que quero pra valer não tá aqui. Pra mim as outras não são nada.
Camila tá toda saidinha, dançando pra vagabundo na minha cara. Vou dá um esculacho nela. É minha irmã, mas cola esses papo comigo não.
A piranha só tem dezesseis anos e fica pagando de Maria fuzil.
- Desencana de mulher, meu parceiro, curte a onda...
Olho pra Leite e nego. Filho da puta cara de pau esse, vem com esse papo pra mim e tá de rolo com Camila.
Não curto esse povo que paga de maluco.
- Essa aqui é a Raquel. - a mulher loira do lado dele faz toque comigo.
- Oi, gatinho.
- Eai.
Começo a conversar com a mina só porque não tenho nada pra fazer mesmo. É bonitinha, mas nem o nome dela eu lembro.
Rita? A mulher fala pra caralho, e é só merda.Rita ou sei lá o que até tenta ir adiante na parada, mas dou uma desculpa esfarrapada e me sumo no meio do povo.
Victor me olha e levanta o copo, piscando o olho.
- Qualé, meu parcero, tá com essa cara de cú por que?
- Ih, né da tua conta não...
Minha Vida - Mensagem
02:37
Minha Vida: Onde tu tá?
Bruno?Victor olha no visor do celular.
- Cú doce do caralho de vocês, pó.
- Te perguntei nada não, rapa. - Ele levanta o dedo.
- Então tome no cú, filho da puta. - Fala, voltando pra quadra.
Monto na moto, mas antes dar partida ouço a voz de Dayane. Finjo nem ouvir, na boa, não tô afim.
Quero evitar briga por besteira, tá ligado? Não quero estragar tudo e perder a única pessoa que realmente tenho, pó.
Odeio admitir, mas eu amo essa mulher.
Chego em casa e me jogo no sofá, fecho os olhos. Ouço um barulho na porta e abro os olhos.
Dayane levanta sua chave e da um sorriso torto.- Nem vem com caô, Dayane. - Levanto a mão, bolado. - Não tô pra onda.
Ela se senta do meu lado.
- Poxa, eu só não queria te deixar irritado.
Me levanto.
- Sua desculpa é sempre a mesma. A gente namora e parece que é estranho.
Dayane joga o cabelo pra trás, suspirando alto.
- Nada a ver esse seu papo. Estranhos? Só porque quis ir embora da casa da minha mãe? - não respondo e ela continua - Eu não queria falar pra não te magoar.
Rio, sem humor nenhum.
- Qualé, Dayane, eu não sou criança não. - digo. - Cheiro mole...
Ela fica calada.
- Tu precisa parar com essa mania idiota de querer esconder os bagui.
- Eu sei.
- A gente tá numa relação, tá ligado? Tu tem que conversar comigo.
- Desculpa. - ela fala, com o rosto molhando de lágrima. - Sei que mandei mal.
Dayane começa a chorar de um jeito que eu não vejo a uma cota e namoral, prefira não ver nunca mais, mano.
Odeio ver ela chorar.Sento no chão, de frente pra ela no sofá e limpo seu rosto.
- Solta a voz.
- Ela disse tanta coisa ruim...
Dayane soluça, mas fala as paradas que a mãe dela falou de mim e dela. Fico só na minha escutando, dando apoio, mas por dentro quero socar a cara daquela vagabunda tirada a mãe.
Ela não merece nem ser chamada de mãe, maluco. Mãe protege o filho e apoia ele em tudo, tando errado ou certo. Quando tu é mãe seu dever é tá com tem filho sempre, pó, nos melhores e mais ainda nos piores momentos.
Era o que minha mãe me dizia...
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OPOSTO$ [Vol.1]
Romance|LIVRO 01| EM REVISÃO Eu queria ter um futuro, mas já não sabia sequer se ia sobreviver por mais algumas horas, minutos ou segundos. Vivíamos em uma Roleta Russa, cuja a vítima poderia ser qualquer um e a qualquer hora. Mas eu queria que minh...