† CAPÍTULO 30

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Imortais e fatais 2, Baco
"Sou artesão do meu próprio caminho"

Sol Santiago

Eu estava de boa no hospital e o neuróticndo Gringo mandou me chamar.

Odeio quando acham que podem mandar em mim, pó. Tem isso não, sou de maior.

Victor que ficou bolado, tava todo sorrisinho lá com a Tina e ela nem parece que namora, pó

Nem falei nada não, cada um sabe das coisas que faz. Da minha vida eu sei, dos outros, aí é com eles.

Odeio elevador, mas a preguiça de andar é grande então desço de elevador mesmo.
O ruim de tá aqui é não saber como as coisas estão lá no morro. Tô com o pensamento a mil, sei que tem alguma coisa errada.

Saio do hospital e sigo rumo a minha loja que já tá quase pronta. Dá um orgulho da porra levantar a porta e ver tudo que consegui fazer.

Pego meu celular pra mandar mensagem para o Gabriel, só pra saber se tá tudo bem com ele e vejo que tem uma mensagem de ontem do Vinícius.

Não falo com ele desde aquele dia lá, as coisas ficaram meio estranhas e sei lá.

Mensagem- Viní 🍻


23:32
Viní 🍻: Eai, tudo na paz?
Só queria dizer que conheci meu muleque lá pó

23:33
Tu precisa ver, parece comigo
O povo chama ele de Café
Tem até vulgo, caralho

23:35
Mas se liga
Queria que tu me ajudasse a escolher um nome pra batizar ele no meu nome, tá ligado?

Achei fofo da parte dele me contar, pó, mesmo a gente não se falando. O fato dele pedir minha ajuda sem nem me conhecer a tanto tempo.
Acho isso bonito pra caralho.

Vinícius viu o visto da visualização e começou a digitar.
Caralho! Dou risada e nego.

Mensagem - Viní 🍻

09: 47
Viní 🍻: Tô ligado do teu lance com o comédia do Gringo
Mas nós pode ser amigo, Jaé?
(Digitando...)

09:47
Me stalkeando, Vinícius? 😏🔎

09:47
Viní 🍻: Porra é proibido?
Kdskskskkks
Mas tava ficando nervoso já.
(Digitando...)

Sinto uma mão nas minhas costas e já penso que é um assalto, me viro pronta pra dá um socão.

- Coé, Sol, tu ia me bater? - Kauã segura minha mão.

- Aí meu Deus, como tu chega assim, desgraça! - Grito ele ri. - Kauã...

Abraço meu irmão com força e namoral, alívio é pouco pra descrever o que tô sentindo, pó.
Meu irmão tá bem e isso me deixa tranquila pra porra.

- Qualé, tu tá bem, num tá? - fico calada. - Hein?

- Tô... E você, aquele desgraçado fez alguma coisa contigo?

Kauã me encara e nega.

- Mas a Tina...

- Tô ligado. - ele olha pra loja. - Quero que tu me leve pra ver ela, os comédia lá não me deixa entrar naquela porra.


×Narração especial×
Kauã Santiago | Vulgo Vieira

Fico uma cota olhando ela deitada nessa porra dessa cama de hospital e bate um sentimento de culpa, pó.

Por minha culpa ela tá aqui.

Porra bicho, eu disse que uma proteger as duas e não servi pra nenhuma.

- Não foi culpa sua... - Sol fala do nada, como se tivesse adivinhado.

Nem olho pra ela, se não me sinto mais culpado ainda.

- Coé, pó, foi sim.

- Num foi você que bateu nela, Kauã. A culpa né tua não, pó.

Se liga, se não fosse minha irmã eu mandava pra África, mina é chata pra caralho! Mas eu amo, amo e não tem outro papo.

- Vá nessa aí, Sol. - Falo, bolado já. - Se eu tivesse com tu quando ele te batia aí ô. - mostro as cicatrizes nas costas dela. - Tu acha que não tinha fodido com vida desse cara? Tu não taria assim , pó.

Ela nega, mas tá ligada que tô certo nesse papo.

- Se eu tivesse com ela naquela porra lá, ela num taria aqui.

- Kauã... - Tina abre os olhos e sorri.

Sabe aquele sorriso de cortar o coração? É esse mesmo, meu parcero.
Corta o coração vê minha vida assim. Desejo pra ninguém não.

Mas o pior de tudo é que mesmo amando ela pra caralho, vou ter por um fim nessa parada.

O foda é que eu gosto dela, tá ligado?

OPOSTO$  [Vol.1]Onde histórias criam vida. Descubra agora