Autor desconhecido
"Eu acreditei que o mundo não tinha mais esperança até conhecer você…"*Horas antes da invasão
Sol Santiago
— Qualé, pô... — Ele abriu a porta sem entender nada.Eu cheguei na casa de Vinícius, perdida com meus pensamentos.
Só pensava em como tinha sido tão burra por acreditar naquele otário.
— Coé, Sol, me fala o que tá pegando.
Nego, bebendo a água, vendo ele enfaixar minhas mãos, que sangravam ainda.
— Ele mentiu pra mim, pô. — olho pra Vini, com os olhos lacrimejando.
— Ele quem? O gringo? — Concordo. — Filho da puta, vou trocar umas ideia com ele. O que aquele filho da puta fez contigo?
Choro ainda mais.
— Escorpião é meu pai.
Vinícius me olha, sem entender.
— Nem eu acredito. — Solto uma risada amarga. — Mas é isso aí, pô. E ele, e não sei mais quem escondeu essa merda toda de mim.
Nego, deitando no sofá dele.
— Tu ficou malzona com essa parada, tô ligado.
Sorrio fraco.
— Esse tempo todo, cara, fui feita de otária.
— Quelé, pô, a culpa não é tua não, sacas? — ele senta do meu lado no sofá. — Tu não precisa se culpar pelas parada dos outros não, pô.
Olho pra ele.
— Tu é foda pra caralho e eu te admiro. Vou tá contigo sempre.
Vinícius se aproxima, colocando a mão entre meu cabelo e puxando minha nuca pra mais perto.
— Eu gosto de você, pacas, sei que tu sabe disso. — Vinícius fala, bem perto do meu rosto.
— Vinícius.
Ele não me deixa falar, junta nossos lábios e inicia um beijo lento e calmo, que aos poucos ganha um pouco mais de intensidade.
Deslizo minha unhas devagar pelas suas costas e ele se arrepia.
Vinícius me puxa para cima dele, passei minhas pernas e sento no seu colo, sem parar o beijo.
Afasto nossas bocas e encaro ele, depois finalizo o beijo com um selinho.
— Qual foi? — ele pergunta, passando a mão no meu Black.
— Não posso fazer isso não, pô.
— Caô, por conta dele? — Concordo, me sentido uma idiota. — Tô ligado dessas fitas, mas eu não vou desistir não.
Dou risada, negando.
— Ainda vou te provar as parada que sinto, pô.
Fico com vergonha e olho ao redor.
— Cadê o Hugo?
— Dormindo.
Saio do colo dele, pegando minha bolsa.
— Vai pra onde?
•••
Vinícius Costa | Vulgo Pimenta
Cê sabe quando tá amarrado em alguém quando começa a olhar demais nos olhos da pessoa, pô.
Eu já tô ciente do meu sentimento pela Sol a muito tempo, mesmo sabendo que ela só tem olhos pra aquele vacilão do Gringo.
— Por que a cara de furico?
Reviro os olhos, entregando o sorvete dela e pegando o meu.
— Pensando.
— Em que?
— Em você, em mim, na vida, sacas. — ela olha pra mim. — Tu mudou minha vida legal.
Ela sorri, sem graça.
— Me promete uma parada?
— Depende… — ela começa a falar, mas é interrompida.
Vários carros entram no morro e saem atirando, quando vejo, Sol já tá caída no chão, sangrando pra caralho. Me dou conta que moiô pra nós.
A invasão não foi esperada nem pelo próprio Escorpião, disso tenho certeza.
E logo eu, que ando preparado, não sei nem como reagie, pô, vendo a mulher que gosto desacordada nos meus bancos.
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OPOSTO$ [Vol.1]
Romance|LIVRO 01| EM REVISÃO Eu queria ter um futuro, mas já não sabia sequer se ia sobreviver por mais algumas horas, minutos ou segundos. Vivíamos em uma Roleta Russa, cuja a vítima poderia ser qualquer um e a qualquer hora. Mas eu queria que minh...