OPOSTO$ [Vol.1]

† CAPÍTULO 12

  Gabriel Andrade | Vulgo Gringo

 
"Sou tão careta a ponto de afirmar que só penso nela".

  Se liga, tô até agora pensando nas paradas que Gabe me disse de manhã e na real, nem sei o que falar. 

    Sol é enteada de Ivan. A mulher que tanto quero é enteada do meu rival e não me disse nada. Tô ligado que ela não tem motivo nenhum pra me contar os bagulho, mas caralho. Mesmo assim.

   Me sinto um otário por não saber de nada.

  Foi o padrasto dela que matou o Neto.

  Tô ligado que ela não tem culpa de nada nessas fitas, mas...

  O pior é que uma hora ou outra vou ter que falar com ela e abrir o jogo, mas tu tem coragem? Eu não tenho, não vou mentir.

    Viro a vodka e volto a contar dinheiro, doido pra meter o pé.

    Lugar é o que não me falta pra ir, mas se liga, tô sem ânimo pra nada.
   
  Do nada ela vem na cabeça, feiticeira do caralho.

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   Assim que chego na festa uma pá de gente vira, virei atração agora.
   Ih, alá, esse povo nunca viu gente gata não?

    Umas negas vem chegando perto, mas o pai já tem em mente quem quer ver. Só não sei se ela quer. 

  — Coé, que tá pegando?

  Sol tá sentada na calçada, fumando um cigarro de maconha, com a cabeça longe pra caralho. Olha que eu nem sabia que ela usa essas paradas.

— Agora você fala. — ela fala serinha,  me fazendo rir.

  Linda pra caralho.

— Amas tu tá brava, nega?

   Ela vira a cara e minha reação e rir mais ainda.        

    Pego o cigarro da boca dela, dou uma tragada e a encaro.

    Tô dizendo, mina feiticeira.

— Qualé... Foi mal.

   Entro entre as pernas dela.

— Nem vem que não tô a fim, namoral.

    Num disse? A nega tá putassa.

— Olha você precisa parar de quer descontar as coisas nos outros. Não te fiz merda nenhuma e tu fica na indiferença comigo, pó.

  Viro o rosto dela.

— Tô ligado dessas fitas aí, mas tu tem que entender que sou assim — Digo.  — Só tô bolado com umas parada, num queria descontar em tu... Por isso não abri a porta.

   Ela faz um legal.

— Coé, pó.

  Sol pega o cigarro de volta e coloca na boca.

— Pau no seu cú. — pego o cigarro jogo no chão. — Tô falando com tu, Soray.
  
   Sol aperta meu rosto.

— Soray é tua mãe, seu filho de uma…

   Antes que ela xingue minha mãe, selo nossos labios e subo minhas mãos na sua perna.

Acho que nós combina, tá ligado?

   O foda é que nossa parada é intensa e isso complica com tudo. Quanto mais intenso for, maior é o baque quando terminar.
  Porque eu sei que uma hora vai terminar, da melhor, ou da pior forma...

   Suspenso ela, colocando em cima do capo do carro que acho que é de Dayane. Se não for, foda-se!

— Bô pra casa?

   Sol revira os olhos e passa os braços ao redor do meu pescoço.
   Não gosto desses grudes não, mas com ela a parada é outra.

— Quero conversar com você.

— Jaé. — encaro ela. —  Manda.

— Tô grilada com teu lance com a tal Lumena. 

  Reviro os olhos, bolado já.

— Que lance o que, pó.

— Não sou segunda opção, Gringo. 

    Chego mais perto dela.

— já te dei o papo, tenho nada com ela não.

— Isso não muda nada.

— Tô ligado,  mas eu vou te provar a parada com minhas atitudes. Fé?

  Sol ergue a sobrancelha.

— Fé.