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Barão

Estacionei a nave na frente da nova casa da Isabela, ela ficou me olhando... tava ligado que ela queria falar alguma parada.

Barão: Tu quer uma foto? - perguntei, prendendo o riso.

Ela negou, rolando os olhos.

Isabela: Você vai entrar? - me olhou, parecendo nervosa. Eu concordei com a cabeça - Por que você sempre dorme aqui?

Dei de ombros, saindo do carro.

Barão: Sei lá, pô. Durante o dia eu tô na correria e não consigo ficar aqui. A noite é a hora mais de boa.

Ela abriu a porta do carro, mas só conseguiu levantar mesmo quando eu segurei em seus braços, ajudando a pegar o impulso.

Isabela: Os meninos ficam com o Davi? - perguntou, enquanto reprimia a cara de dor.

Barão: Eles ou a Júlia. Mas também teve umas duas noites que eu trouxe o Davi pra dormir aqui. Ele sempre dorme cedo, porque a Júlia acorda o garoto junto com as galinhas, ele meio que se acostumou - puxei o braço dela, envolta do meu pescoço e segurei em sua cintura, puxando ela pra dentro da casa em passos bem lentos - As vezes eu só coloco ele pra dormir e os meninos ficam de olho pra mim, mas ele nunca acorda, é quase uma pedra.

Ela soltou uma risadinha, mas ficou em silêncio enquanto caminhava para entrar na casa. Perguntei onde ela queria ficar, e me respondeu que queria ir pro sofá. Eu ajudei ela a sentar ali, e me joguei do outro lado, pegando o meu celular pra ver se alguém tinha mandado algum bagulho importante.

Isabela: Você viu o PT? - perguntou, me olhando enquanto roía a unha.

Eu nem olhei pra ela, continuei focado no meu celular.

Barão: Ele tá trabalhando no plantão. O menor só vai ficar contigo quando eu não puder.

Ela desviou o olhar de mim, pra encarar a televisão. Mas eu só fui olhar pra ela, quando ouvi uma suspiro pesado saindo de seu corpo.

Barão: Tu quer comer alguma parada? - perguntei, guardando o meu celular no bolso da bermuda.

Isabela: Não, eu tô de boa. Valeu.

Catei o controle, ligando a televisão e procurando alguma coisa maneira pra ver ali. A Isabela estava toda concentrada em roer a pelezinha ao lado da unha e nem se importava comigo.

Coloquei uma série, no fim das contas. Nunca tinha visto, mas contava a história de um casal que tentava se matar. A mulher era uma baita de uma vagabunda e queria matar o marido, pra ficar com toda a grana. E o cara era um baita de um filho da puta e queria matar a mulher pra poder ficar em paz com a amante.

Tava maneirinho, uns trinta minutos concentradão na série até que o bagulho começou a ficar louco. Os dois até podiam se matar, mas tinham uma química fodida do caralho. E a cena que passava na televisão era pura putaria.

Bagulho estranho. Fiquei desconfortável ao lembrar que tava assistindo aquele pornô gourmet com a Isabela bem do meu lado.

Encarei ela pelo canto do olho, e percebi que ela tinha deixado de lado as unhas, mas ainda continuava com o polegar parado encima do lábio inferior, puxando um pouco pra baixo. Vi seu peito subir e descer, com a respiração acelerando, e seu olhar focado na tela.

Vai se foder, mulher bonita do caralho!

Acabou que nem percebi, mas eu já tinha virado o rosto por completo, e estava encarando ela muito descaradamente.

A mulher começou a gemer, na televisão, e eu vi a Isabela mordendo a ponta do dedo, mais uma vez, e aquela porra pareceu melhor do que qualquer putaria que eu pudesse ver na televisão... ou em qualquer outro lugar. Me perguntei como seria ouvir ela gemendo.

Me liguei que tava ficando animado demais, e fui obrigado a colocar uma almofada encima do meu colo. O ato brusco acabou chamando a atenção da morena, que me olhou, e no mesmo minuto toda a cor sumiu de seu rosto.

Tirei o celular do bolso, pra tentar disfarçar.

Barão: Eu vou pedir comida.

Ela concordou, e prendeu o cabelo no alto de sua cabeça.

Isabela: Vou tomar um banho. Tá?

Barão: Uhum - murmurei.

A garota se levantou do sofá com um pouco de dificuldade e foi cambaleando até o banheiro. Eu até ofereceria ajuda, mas não seria muito bom ficar tão perto agora.

Eu pedi pizza, pelo WhatsApp e também tirei aquela desgraça de série da televisão, antes que eu precisasse sair pra foder com alguém. O dono da pizzaria era meu faixa e nem demorou mais de quinze minutos pra comida chegar, e a Isabela ainda não tinha voltado.

Eu sabia que ela não estava mais no banho, porque não tinha mais barulho vindo do banheiro. Andei pelo corredor em direção ao quarto onde eu ficava, pra trocar de roupa e ficar mais de boa, mas parei no meio do caminho, quando vi a porta do quarto dela entreaberta.

A garganta secou na hora e eu tava ligado que era errado ficar espiando. Mas eu nunca fui muito certo mesmo.

Ela fechou a saia, fazendo um laço na parte de traz. Não consegui ver nada. Mas ela estava de costas pra mim, e dava pra ver que estava vestindo só a saia, porque todas as suas costas estavam expostas, principalmente porque o cabelo continuava amarrado no alto da cabeça.

Eu respirei fundo, tentei não fazer barulho.

Ela era muito gostosa. Não tinha nada além do normal. Sem silicone, sem corpão de academia. Era natural, e era bonita pra caralho.

Fiquei meio maluco quando ela colocou uma blusa branca por cima do corpo, tampando a minha visão, mas dando um contraste gigantesco com o tom lindo da sua pele.

Senti muita vontade de tocar nela e ter a sensação do calor de sua pele. Senti tanta vontade que a ponta dos meus dedos formigaram.

Mas assustei pra caralho quando percebi que estava perto de ter a minha segunda quase-ereção em menos de uma hora, sem ter feito nada, só com os meus pensamentos testando os meus limites.

Vi ela sentar na cama, bem devagar e completamente vestida, e soltar os cabelos escuros.

Me afastei antes que perdesse a sanidade, e foi a minha vez de ir pro banheiro tomar um banho.

Gelado. Muito gelado, de preferência.

PredestinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora