91

14.8K 1.1K 146
                                    

10 meses depois

Isabela

Barão: E aí, minha preta. Algum sinal?

Encarei o meu marido, me desencostando do corrimão da sacada. Neguei com a cabeça, guardando o meu celular no bolso da saia jeans.

O Henrique respirou fundo, e fitou o chão.

Me aproximei dele, buscando um conforto que só ele poderia me dar, e o puxei para me abraçar.

Isabela: Eu tô com muita saudade dele. Tem semanas que ele não aparece naquele maldito Instagram!

Barão: Eu só quero mandar pra vala qualquer pessoa que tente contra a nossa família, e poder trazer o Patrick de volta.

Isabela: Será que ele sabe que a gente não desistiu? Que a nossa família é incompleta sem ele?

Barão: Ele sabe. Eu sei que ele sabe.

A vida seguiu. Nós tivemos que seguir, por mais difícil que fosse. Seguimos todos os dias esperando por noticia, mas respeitando o espaço que ele tinha pedido.

Ninguém queria colocar em risco a vida do Patrick. E por mais bizarro que fosse, ao tentar fazer isso, colocamos uma mira exatamente em nossa família.

O Barão invadiu o morro. A guerra declarada parecia não ter fim, e eu não sei se teria.

Eram raros os momentos em que um dos morros não estavam sendo atingidos. E quando um recuava, o outro atacava.

Isabela: A gente precisa descer - murmurei baixinho, ganhando um beijo no pescoço - A Júlia, o Ruan e a Helena já devem ter chegado.

Era natal.

Eu só queria realizar um desejo. Só um. Eu só queria notícias dele.

O Henrique respirou fundo e se afastou um pouco, mas entrelaçou os nossos dedos.

Barão: Bora lá.

Descemos as escadas juntos. De fato, a Júlia e o Ruan haviam chegado.

A Lena brincava ao lado da Aurorinha, envolta da árvore de natal. A minha filha engatinhava, em quanto a Helena já dava os primeiros passinhos.

O Davi estava brincando com um tubarãozinho que era a nova paixão dele. E o Matheus e o Gabriel estavam conversando com o Ruan, tomando cerveja, sentados no sofá.

O Henrique logo foi se juntar a eles e eu aproximei da Ju, abraçando ela.

Júlia: Feliz natal, amiga.

Isabela: Feliz natal, Ju.

Júlia: Notícias? - eu neguei com a cabeça e ela afagou o meu braço - Sinto muito.

Isabela: Ele tá bem - falei, tentando afirmar mais pra mim, do que pra ela - Eu sei que ele tá bem.

A minha princesa me olhou ao ouvir o som da minha voz, e veio engatinhando rapidinho até se aproximar dos meus pés. Me abaixei pra pegar ela no colo, e fui recebida como o sorriso que me dava forças pra continuar todos os dias.

PredestinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora