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Isabela

Eu e a Júlia estávamos terminando de comer a batata que tínhamos pedido, quando ela me olhou assustada.

Isabela: O que eu fiz? - perguntei, sem entender.

Júlia: Caramba! - murmurou e apontou com a cabeça para a entrada do estabelecimento.

O Henrique entrou de cara fechada, com o Davi no colo. O Matheus e o Gabriel estavam logo atrás dele e o Patrick passou na frente de todos eles, e correu na direção da minha mesa.

Isabela: O que você tá fazendo aqui?

PT: Tu não tem celular? - perguntou com deboche, eu nem respondi - Ô, te mandei um monte de mensagem e tu nem viu.

Isabela: Era urgente, Patrick?

Os outros se aproximaram da mesa, e o Barbosa veio também, todo cheio de risadinha.

PT: Era sim - ele olhou o relógio que estava no pulso dele - Meia noite, tem tempo que é pra tu estar em casa.

Isabela: Onde você arrumou esse relógio? - perguntei, vendo que ele nunca tinha usado aquilo antes, e devia valer o preço do meu rim.

PT: O Barão me deu.

Encarei o Henrique com a minha pior cara.

Isabela: O que você tá fazendo aqui?

Barão: Tava com fome - estreitei os olhos, ele se irritou - Eles ficaram atormentando a minha cabeça!

PT: Claro, eu falei pra ele!

Isabela: Falou o que? - falei mais alto - Gente, pelo amor de Deus, me ajuda porque eu não to entendendo nada.

Falcão: Nós mandou a real pro pai, ué. Só isso!

Isabela: Que real, Matheus?

Lobo: Ah, se manca, Isabela. Quer ficar saindo com a amiguinha, toda arrumada, a noite, enquanto nós tá tudo em casa com a bunda no sofá. Pô, respeita a nossa história.

Júlia: "Amiguinha" não. Você respeita a minha história, Gabriel! - ela falou, apontando pra ele, mas vi que a sua cara de choque era ainda maior do que a minha.

Respirei fundo, e fiquei de pé quando vi que o Davi começou a se remexer no colo do Henrique. Ele estava dormindo no maior sono gostoso, com uma touca na cabeça pra proteger do frio. Puxei ele pro meu colo, tentando não encostar no pai da criança.

O Barão ficou me olhando, senti que buscava o meu olhar de volta, mas eu não retribui. Ajeitei o Davi no meu colo e voltei a me sentar na cadeira, dando um beijinho na bochecha dele. Eu era muito apaixonada por aquela criança.

Isabela: Se vocês estavam em casa com a a bunda no sofá, o problema não é meu.

Barão: A culpa é deles.

Olhei com deboche pra ele. O Henrique conseguia ser pior que criança!

Lobo: É, isso aí. Tu tá certinha. Problema é nosso - bufou.

PredestinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora