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Barão

Eu tava pilhadão.

Fazia um mês que a Sofia tinha morrido.

Um mês que o Patrick estava no hospital, e agora oficialmente ele voltaria pra casa. Mas essa nem era a minha maior preocupação.

A notícia da morte do Pitbull já tinha se espalhado e o os chefes do TCP já sabiam quem era o autor dos disparos.

Meu filho, porra.

Tinham ameaçado o PT. Eu falei quer era coisa boba, pra não preocupar a Isa ou o menor, mas nem era. A bomba ia ser grande e eu já tava pensando em várias maneiras de deixar ele protegido.

Meus vapor já estavam bem ligados no proceder. A vigilância encima do Patrick era 24h por 48h e quem desse mancada tava morto!

Isabela: Você tá tão sério! - ela falou, passando a mão pelo meu rosto.

Coloquei o meu melhor sorriso na cara, pra tranquilizar minha dona, apertando o volante com as mãos.

Barão: Tô só pensando, preta.

Isabela: Falou com o Gabriel hoje? - perguntou. Eu neguei com a cabeça - Ele saiu mais uma vez ontem a noite.

Barão: Ele tá descontando a falta da Sofia na revoada, amor. Eu não vou julgar. Em casa ele não vai ficar bem, deixa o menor se distrair conhecendo umas menina aí.

Isabela: Meninas pra casar. Todas elas - debochou, bem enciumada - Já viu os Storys que ele postou ontem?

Barão: Deixa ele, preta. Tá tudo monitorado.

A minha preocupação era que o menor se afundasse nas drogas ou na depressão, depois que perdeu a namorada. Mas ao contrário do que eu pensava, ele só tava descontando a raiva da vida comendo mulher pra caralho e bagunçando de segunda a segunda com os amigos dele.

PT: É, chata. Deixa eu ficar zero bala que vou pra revoadinha com o Biel.

A Isa deu uma olhada através do retrovisor pra ele, que o moleque se calou na hora, me fazendo rir um pouco.

Isabela: Vai sim, confia.

Barão: Tu tá de castigo até o fim do ano.

PT: Castigo é o meu... - eu encarei ele - Papaizinho lindo.

Isabela: Caraca, você é muito péssimo, Patrick.

PT: Sou teu preferido.

Barão: Aham, é sim - debochei.

Entrei na rua de casa e vi a menorzada na atividade. Quando viram que era eu, eles abaixaram a guarda.

Coloquei o carro na rua mesmo, até porque, nossa turma tava todinha na garagem esperando a gente.

A Ju e o Barbosa estavam abraçadinhos. O Davi estava nos ombros do Gabriel. E o Matheus estava encostado na parede, com um sorrisão estampado na cara e dois controles de videogame na mão.

PredestinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora