Imagine 101% inspirado em Jujutsu Kaisen. Não recomendo a leitura para quem não gosta do anime!
Divirtam-se hihi
▪︎▪︎▪︎O corte não era profundo; a lâmina tinha passado de raspão pelo músculo proeminente de seu antebraço. Seu abdômen, em contrapartida, apresentava um grande hematoma vermelho que já estava começando a apresentar tons arroxeados. Os punhos daquele garoto que nem havia atingido a maioridade eram detentores de uma força sobrenatural, que foi descontada de uma só vez na boca do estômago de Minho.
- Você é imbecil, moleque? - falei em tom de reprovação.
- Ah, sempre tão gentil.
A voz rouca de Minho ecoou pelo pequeno banheiro masculino da estação de metro de Shibuya. Amarrei um pedaço de pano que rasquei da roupa do jovem em seu braço, na tentativa leiga de fazer um torniquete para estancar seu sangramento. Minho revirou os olhos e se ajeitou na parede de azulejos, soltando um gemido baixo com a dor lancinante que percorreu seu abdômen.
- Não é porque você sabe mexer seu sangue com as mãos que você é imbatível, Lino! - ele riu fraco
- Minhas habilidades soam tão patéticas na sua voz, (S/N).
Esbocei um sorriso contra minha vontade, e logo tentei o esconder. Gostava daquele apelido, ainda mais na voz dele. Soava íntimo, pessoal.
Me levantei ao lado de Minho e lhe estendi a mão para que pudesse se pôr de pé. Ele aceitou a ajuda a contragosto, porém, não pode reclamar do apoio: ele mal conseguia se mexer.
- Estacionei o carro ao lado da entrada da estação. Consegue subir até lá?
- Você vai levar uma bela multa, senhorita. - brincou enquanto mancava ao meu lado.
- Duvido que o meu singelo carrinho seja a maior das preocupações dos seguranças no momento. - rebati, apontando para o estrago deixado pela estação. Nada inteiro podia ser avistado por ali. - Você destrui esse lugar!
- Haha. Não sou o único culpado, ok? - debochou. - Mas espero que o seu fusquinha de mil novecentos e guaraná com rolha seja uma baita preocupação para os seguranças. - comentou, e pude sentir o sorriso em seus lábios ao falar. - Adoraria ver a menina certinha levando uma multa.
- Continua assim e eu te largo aqui mesmo! - ameacei o soltar, apenas por brincadeira, e ele se agarrou com os dois braços em meu pescoço. Ouvi-o bufar. - Emburrou, foi?
O caminho até meu apartamento foi movimentado. As ruas da cidade estavam caóticas, com pedestres apressados buscando pelo conforto de suas casas. Lee estava silencioso no banco do passageiro, salvo por seus pequenos gemidos de dor aguda; baixinho, ele suplicava para que eu dirigisse o mais devagar possível. Olhei de relance para ele e me perguntei onde ele morava. Nunca o ouvi mencionar um lar.
- Chegamos. - avisei ao estacionar. - Você pode ficar aqui essa noite. Vou cuidar de você.
O garoto apenas assentiu com a cabeça antes de abrir a porta do carro. Minho se arrastou para fora do veículo e rapidamente me juntei dele. Segurei seu braço sobre meus ombros e o conduzi ao elevador da garagem. Verifiquei que havia trancado o carro pelo botão da chave.
- Sua cara esquecer o carro aberto.
- Você faz muita gracinha para quem está se contorcendo de dor. - fitei seus olhos com incômodo.
Lee não falou nada. As portas do elevador se abriram e ele se arrastou para dentro. Apertei o botão do quarto andar e subimos.
Meu apartamento estava organizado, não fosse por algumas roupas recém lavadas estendidas nas costas das cadeiras e no balcão da cozinha. Infelizmente, meu varalzinho deixava a desejar no quesito espaço.- Tome um banho e vá se deitar, Lino. O banheiro é naquela primeira porta do corredor, a direita. - informei. - Tem uma toalha limpa pendurada no box, troquei hoje pela manhã.
Ele sussurrou um pequeno "obrigado".
- Durma na minha cama essa noite. - pedi. - Você está machucado demais, e meu sofá não é nada confortável. Os lençóis também foram trocados essa manhã, então não se preocupe.
Minho fechou a porta do banheiro às suas costas. Suspirei pelo silêncio, mas dei de ombros; era o jeito dele. Então, me dirigi à minha pequena sala de estar e me joguei no sofá. O relógio marcava 1h52; eu já devia estar dormindo há, pelo menos, cinco horas. Logo, caí no sono.
▪︎▪︎▪︎
- Shh, não acorde. - ouvi alguém sussurrar em meu ouvido.
Com o sono de quem havia recém despertado, não estava compreendendo o que acontecia. Sentia uma pressão nas minhas costas e, outra, atrás do meu joelho. Esfreguei os olhos para tentar me situar e me deparei com o rosto de Lee Minho. Seus cabelos estavam soltos e úmidos, o semblante visivelmente cansado.
- O que você-
- Falei para não acordar, (S/N)! - ele exclamou baixinho.
- Ah, sim, me perdoe por realizar uma função involuntária.
Percebi Minho revirando os olhos e ri comigo. Ele me deitou cuidadosamente na minha cama e se jogou ao meu lado.
- Eu disse para você dormir aqui, mas estava falando de dormir sozinho.
- Cala a boca, (S/N). - ele reclamou, virando-se de costas para dormir. - Como você vai cuidar de mim de longe?
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Oneshots ⭒✧° SKZ
Fanfiction୭̥ Oneshots dos integrantes do Stray Kids [OT8] ୭̥ Se quiser fazer um pedido de oneshot, pode me mandar mensagem por aqui ou na DM do Instagram (_kapopinho__straykids) ୭̥ Todos as oneshots estão presentes no Instagram, principalmente no _kapopinho__...