HOT!!!!
Eu estava tremendo da cabeça aos pés. A água batendo no vidro eriçava meus pelos em uma onda de arrepios nada boa. A cada raio seguido de um trovão, era um salto que eu dava.
Como. Eu. Odeio. Tempestades.
E, para piorar tudo, eu estou sozinha em casa. Chan ainda estava preso no trabalho e só voltaria tarde da noite. Era sempre assim nas noites de sexta, então já estava acostumada. E não tínhamos nenhum bichinho de estimação. Eu estava completamente sozinha.
Tentei de tudo para distrair a cabeça. Fui à cozinha, mas não pensei em nada que pudesse cozinhar. Abri a geladeira, porém nada me dava vontade de comer. Me joguei na cama e abri um livro, mas tive que reler o mesmo parágrafo cinco vezes pois não conseguia prender a atenção. Nem música conseguiu me fazer pensar em outra coisa, já que a melodia virava uma trilha sonora para os meus saltos e sustos. Não preciso nem falar que dormir não funcionou, certo?
Estava voltando ao início da música pela quarta vez para ver se me empolgava a cantar junto com o músico quando ouvi o barulho da porta de entrada ser destrancada. Amém senhor, Chan estava de volta. Quase caí de cara no chão ao tropeçar em meu próprio pé enquanto corria, quase desesperada, ao encontro dos braços protetores do meu namorado.
Ele mal teve tempo de colocar a mochila que carregava na mesa e eu pulei em sua frente, abraçando ele com toda minha força.
- Que isso, Yeo? - perguntou. Seu abraço era tão fraco que quase não sentia seus braços ao meu redor.
- Estava morrendo de medo. - esclareci, soltando-o.
- Medo do que?
- É uma pergunta séria? Você sabe que eu tenho pavor de tempestades. - falei, um pouco chateada por ele não ter se lembrado.
- Ah, sim, sim, claro. Seu pavor de tempestades.
A água ainda batia forte contra os vidros; os trovões ainda soavam altos lá fora. Meu queixo caiu quando vi Bang Chan me dar as costas, indo em direção ao quarto.
- Sério? Eu estou me cagando de medo e você vai simplesmente me dar as costas? - eu soava um pouco mais irritada do que pretendia. O medo faz uma bagunça com a nossa cabeça.
- Desculpa, Yeojin, mas eu estou realmente cansado.
- E você não pode esperar um pouquinho? Só até a chuva passar? Ou, pelo menos, até parar de trovoar?
- Eu preciso de um bom banho agora, Yeojin.
- Você pode tomar banho depois! - falei, praticamente berrando. - Eu preciso de você!
- Você pode se virar sozinha! - ele gritou de volta.
Paralisei. Chan nunca gritava. Nunca. Senti meus olhos encherem de lágrimas e corri para o quarto antes que elas caíssem pelo meu rosto. Juntando todo o medo da tempestade acumulado das últimas três horas em que ficara sozinha em casa ao choque de ouvir Chan gritar aquelas palavras, meu corpo começou a tremer. Os soluços ecoavam pelas paredes do cômodo.
Chan POV
Alguém pode me dar um soco bem dado na cara?
O que deu em mim? Sei que Yeo tem um medo intenso de tempestades e não consegue ficar calma a não ser que alguém esteja com ela. Ao lado dela. E eu simplesmente sai de perto da garota e ainda gritei com ela? " Você pode se virar sozinha"?! Que porra é essa?
E seus olhos lacrimejando... O vislumbre de seu rosto franzido para conter as lágrimas partiu meu coração em quinhentas partes diferentes. Eu fiz a garota chorar. Eu consegui piorar a situação que já estava ruim. Que merda de namorado eu sou.
Saí do chuveiro pingando, a espuma do sabonete ainda no corpo. Desliguei o chuveiro meio correndo, de forma que ele ficou pingando atrás de mim. Abri a porta do quarto, onde Yeojin estava encolhida, chorando e tremendo. Ela tinha espasmos quando ouvia uma trovoada e quase caiu quando percebeu, com um susto, que eu tinha entrado no aposento. Enxugou as lágrimas, enfurecida, e me encarou nos olhos.
- Eu sou a pior pessoa do mundo, pode confessar. - comecei dizendo. - Não é desculpa, mas eu estou uma pilha de nervos por conta do trabalho. Estou tendo que lidar com o meu chefe, que tenta tacar trinta tarefas diferentes nas minhas costas. De qualquer forma, eu não devia ter descontado em você. Não devia ter gritado com você. Me desculpe. - eu estava com a cabeça baixa, sentado na beira da cama, fixando o lençol branco.
- Ei, olha aqui. - ela pediu, segurando minha mão. Meus olhos encontraram os dela. - Está tudo bem. Todo mundo tem direito de ter um dia ruim, de ficar estressado. E eu também gritei com você, o que não contribuiu em nada para a sua irritação. Eu fico com medo e fico desesperada por companhia. Também te devo um pedido de desculpas.
- Não, você não tem culpa de ficar com medo, Yeo...
- De qualquer maneira, sinto muito por ter gritado. - ela pediu, abrindo um sorrisinho.
- Está tudo bem.
- Bom, agora acho melhor você voltar para o banho. - sugeriu, apontando para mim. - Você está cheio de sabão.
- Ah, claro! - exclamei, subitamente me lembrando do banho não terminado. - Já estou indo.
Contudo, antes de cruzar a porta, virei-me na direção de Yeo.
- Quer vir tomar banho comigo?
Your POV
Nós passamos da irritação à provocação muito rápido.
Embaixo do jato quente de água, Chan passeava as mãos por todo o meu corpo enquanto distribuía beijos entre meu pescoço e meu ombro. Mesmo sob o calor do banheiro, minha pele se arrepiava quando sua mão passava pelos meus seios.
- Você quer? - ele perguntou, sua boca colada ao meu ouvido. Estremeci e, com um movimento de cabeça, concordei.
Chan não perdeu tempo. Me virou de frente para ele e passou a mão pela minha nuca, logo me puxando e extinguindo a pequena distância que tinha entre nós. Seus lábios eram macios contra os meus e sua língua brincava com a minha. Percebi ele se abaixar um pouco antes de colocar as mão na parte posterior de minhas coxas, me pegando no colo. Minhas pernas instintivamente se cruzaram em suas costas e senti uma onda fria quando meu corpo quente entrou em contato com o ladrilho gelado, logo antes de Chan me penetrar.
A posição não era a mais confortável, mas isso não impedia o meu corpo de sentir um prazer imenso com os movimentos que Bang Chan fazia. Eu abafava os gemidos colando minha boca a dele, que não reclamava em ser beijado inúmeras vezes. Minhas unhas deixavam marcas em suas costas conforme ele continuava com as estocadas, cada uma trazendo diferentes, porém ótimas sensações para o meu corpo. Os gemidos baixinhos que ele soltava próximos a meus lábios me deixavam ainda mais excitada.
Chan chegou ao seu limite e eu, logo em seguida. Ainda estava com os braços enroscados em seu pescoço quando ele me colocou de volta no chão do box. Estava ofegante, mas tinha em seu rosto um enorme sorriso. Depois de terminarmos nosso banho e colocarmos nossos pijamas, Chan pegou uma escova e o secador de cabelo e começou a secar a bagunça de fios molhados que estava em minha cabeça. "Xô, eu amo cuidar do seu cabelo"
- Eu quase... - começou, depois de um tempo. - quase tenho vontade de gritar mais vezes.
- Haha, sem graça. - disse, dando uma cotovelada fraquinha nele, mas estava sorrindo. - É só me convidar que a gente repete a dose.
- Não me diga uma coisa dessas, Yeo... Assim eu não me aguento.
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Oneshots ⭒✧° SKZ
Fanfic୭̥ Oneshots dos integrantes do Stray Kids [OT8] ୭̥ Se quiser fazer um pedido de oneshot, pode me mandar mensagem por aqui ou na DM do Instagram (_kapopinho__straykids) ୭̥ Todos as oneshots estão presentes no Instagram, principalmente no _kapopinho__...