⭒✧° Jisung

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Só existe uma coisa melhor que ceia de Natal; ceia de Natal com as pessoas que amamos.

Todos nós decidimos fazer uma mini ceia de Natal antes de cada um partir para a casa de sua família, então eu e todos os meninos estamos sentados à mesa do apartamento deles, que era maior que o meu.

A comida estava deliciosa, tenho que admitir. Todos ajudaram um pouquinho na preparação da refeição, mas Felix foi a estrela da noite. Ele quem dava as instruções do que fazer e tudo mais. Foi o momento mais divertido do mês: oito criaturas com dotes culinários questionáveis tentando seguir as regras do chef da casa. O tanto que eu ri hoje não está escrito.

- Nossa, que gosto de queimado. - falei, brincando.

- Fica quieta, (S/N)! Quem mandou me distrair com a sua péssima cantoria? - Hyunjin protestou.

- Ei, ei, ei. Sem machucar o meu ego já ferido. - respondi, fazendo drama.

- Eu falei pra não deixar na mão do Hyunjin. Ele com certeza esqueceu pra que servia o alarme que ele colocou no celular. - reclamou Seungmin.

- Tinham muitos alarmes!

- Você só tinha uma tarefa, homem! - continuou Seung.

- Mas nem está queimado, na verdade. - falei, segurando o riso. - Só estou sendo chata, Hyun. Sorry not sorry.

- Olha a maldade dessa garota! - Ele levou a mão à testa. - Estou sendo julgado sem motivos. Que ultraje!

Eu apenas me juntei ao mar de risadas que reinava naquele ambiente. Estava tudo tão leve e reconfortante. Simplesmente o melhor lugar para se passar um bom tempo.

- Você só pode estar zuando com a minha cara. - Changbin disse, revirando os olhos. - Sério, (S/N)?

Era a minha vez de entregar os presentes e Changbin era o penúltimo da lista. Quando ele rasgou o papel de presente que envolvia as duas caixinhas de incenso, sua expressão facial fez todos começarem a rir porém, o principal motivo das gargalhadas, eram os próprios incensos.

- "Pega homem" e "Pega mulher". - disse Seung, ao ler as caixinhas. - Senhor amado.

- O que? Quem sabe isso ajuda o Binnie a desencalhar. - eu me encolhi na cadeira ao ver Changbin ameaçar a jogar as caixas de incenso em mim.

- Jisung, você está prestes a ficar solteiro. - advertiu o mais velho. - A (S/N) não passa de hoje não.

- Antes que eu perca alguma parte do corpo, ou minha própria vida - interrompi. - Tá aqui seu presente de verdade, abençoado.

Eu lancei outro pacote na direção de Changbin, que o pegou no ar. Com esse segundo presente, ele pareceu feliz, apesar de eu ter percebido que ele estava segurando o riso depois de abrir a outra "lembrancinha".

Agora era a hora. Esse era o momento que eu estava esperando desde que pisei no apartamento. Estava nervosa, é verdade. Com medo, para falar a verdade. Meus dedos estavam cruzados, torcendo para tudo sair como eu planejava.

Era a hora de entregar o presente de Jisung.

Eu e Han já estávamos juntos há mais de três anos e ele era tudo para mim, posso dizer com tranquilidade. Ele era a luz no fim do túnel, o sol nos dias de tempestade. Ele me trazia esperança nos momentos em que eu queria desistir.

Eu nunca amei tanto alguém como eu amo esse garoto.

Entreguei o presente. Assim, sem mais nem menos. O nervosismo não me deixava falar. Contudo, o sorriso genuíno brilhando em seu rosto trazia paz para mim. Talvez não desse errado.

- E aí? - perguntei, apreensiva.

A carinha de confusão dele ao ver o presente foi adorável, para se dizer o mínimo. Os garotos ao redor se tocaram logo de cara e eu já via as mais variadas expressões.

Vendo sua dificuldade em entender, Minho deu um tapa leve na cabeça de Han.

- Vamos lá. Use o cérebro que eu sei que você tem. - completou, tirando risadas de todos.

Ele passeou os dedos pela caixinha de veludo antes de tirar o aro brilhante prateado de dentro e olhar para mim. Jisung alternava seu olhar entre a aliança e meu rosto, como uma pergunta silenciosa sobre o que tudo aquilo significava. Eu apenas tirei o anel de sua mão e me ajoelhei em frente a ele.

- Eu poderia falar inúmeras coisas agora, mas não sei se palavras são o suficiente para descrever tudo o que eu sinto por você. Tudo que eu gostaria de te dizer nesse momento é que eu te amo. Te amo mais que tudo. E eu quero passar o resto da minha vida ao seu lado. Então, Han Jisung... - Eu vi o brilho das lágrimas no canto de seus olhos. - Você aceita se casar comigo?

Ele caiu de joelhos na minha frente e segurou meu rosto com as duas mãos. Sem dizer uma palavra, ele me beijou. Me beijou como nunca havia beijado antes. Por um momento, o mundo ao nosso redor deixou de existir. Éramos apenas nós dois em algum lugar muito, muito longe daqui.

- Um beijo vale mais que mil palavras. - disse ao afastar seu rosto do meu. - Mas, em todo caso, sim. Eu aceito, com toda certeza. Eu daria de tudo para te ter para sempre ao meu lado.

Com um sorriso de orelha a orelha e meus olhos lacrimejando, acomodei a aliança em seu dedo anelar.

- Ai, meu deus, que lindos. Eu quero ser o padrinho! - começou Hyunjin.

- Eu também quero! - completou Felix.

- Xô, vocês dois. Eu quem vou ser o padrinho! - protestou Changbin.

- Acho que você vai ter sete padrinhos. - comentei baixinho no ouvido de Jisung, que soltou uma risada abafada.

- Eu não me importo. Eu posso ter um, dois, sete. Nenhum. - ele disse e se virou para mim, ostentando aquele sorriso que eu tanto amava. - Nada mais importa, contanto que eu esteja com você. Eu só preciso de você.

Oneshots ⭒✧° SKZOnde histórias criam vida. Descubra agora