CAPÍTULO 15

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Maratona 02/10

- Parece que temos vizinhos novos - Nora diz quando passamos enfrente a casa que fica ao lado da sua.

- Eles tem crianças - sorrio quando vejo duas menininha idênticas correndo de um garotinho.

- Oh veja só, são gêmeos - Nora fica toda besta e dou risada.

- Ah dicupa - uma das menininha pede depois de esbarrar em mim e me sujar de sorvete.

- Oh tudo bem - sorrio me abaixando e colocando seu cabelo para detrás de sua orelha - Você é muito linda.

- Obigada - sorrio e ela arregala os olhos quando uma mulher ruiva muito bonita aparece na frente da casa gritando.

- Ana - ela berra e dou risada quando a menina faz beicinho - Quantas vezes já disse para não correr na rua?

- Mamãe - ela começa a andar até a mulher e fico surpresa, aquela mulher não parece ter três filhos - Eu tava brincando de pega-pega.

- Não corra na rua - ela se abaixa na frente da menina e coloca as mãos em seu ombro - Sabe que rua...

- Não é luar de brincar sem supevisão de um aduto - ela abaixa a cabeça e vejo seu queijinho começar a tremer - Dicupa.

- Tudo bem amor - ela pega a filha no colo e a outra menina e o menino correm até as duas.

- Mamãe podemos comer mais sorvete? - os dois gritam ao mesmo tempo e a mãe nega enquanto os quatro entram com as crianças reclamando.

- Oh - olho para Nora e sorri boba - Eu gostei deles.

- Eu também - nós duas damos nossos braços e entramos na minha casa.

- Então você está fugindo dos seus namorados - ela começa e suspiro.

- Eu não estou fugindo - subo a escadas sem olhar para ela.

- Hm - ela resmunga e corre para entrar na minha frente - Você não quer transar com eles e...

- Eu quero - a interrompo fazendo bico.

- Você não deixa eles passarem dos beijos e não forme no quarto de vocês.

- Lá não é minha casa - dou a volta por ela e entro no meu quarto.

- Sua mãe não se importa - ela fecha a porta depois de entrar atrás de mim - Você nunca se importou em dormir na minha casa ou na de Deby, oque há agora?

- Eu só... - olho para ela mas não consigo falar, me sento na cama e ela se senta ao meu lado ficando em silêncio e me esperando.

- E se eles não gostarem? - falo depois de um tempo, olho para ela que levanta as sobrancelhas - E se eu não for boa? E se não satisfazer eles? E se eles perceberem que eu não sou... - para de falar quando ela faz uma careta me olhando estranho.

- Da onde saiu isso? - ela pergunta juntando as sobrancelhas.

- Eu...

- Você está louca - Deby sai do meu banheiro e levo um susto - Como pode pensar essas coisas? Eles são loucos por você.

- Da onde? Como? - olho dele para a porta do banheiro e depois para a porta do meu quarto.

- Ah, eu usei a chave reserva - a olho confusa e ela revira os olhos.

- Guardar embaixo do vaso da planta é tão óbvio - ela bufa e cruza os braços.

- Você é tão folgada - Nora ri e eu a acompanho - Tá aqui desde quando?

- Não faz muito tempo, vim fazer xixi.

- Você não tem casa? - pergunto e ela me mostra a língua.

- Eu gosto do seu banheiro - ela se senta no chao de frente para minha e levanta uma sobrancelha - Vamos falar sobre a sua insegurança.

- Eu não estou insegura - falo na defensiva - Eu só... - não consigo pensar em nada para falar.

- Si está se comparando com todas as outras garotas com quem eles ficaram - Nora diz e bufo.

Não estou fazendo isso.

- Você está - Deby fala como se tivesse me ouvido pensar e faço careta - Eles gostam de você, se você estivesse vestindo um saco de baratas eles ainda te comeriam.

- Concordo - Nora aponta - Sei que pode ser assustador pensar em ter um relacionamento com aqueles três galinhas mas eles te querem desde que seus peitos começaram a crescer.

- Isso mesmo, eu aposto que eles se masturbaram pensando em você assim que descobriram como fazer - Deby da de ombros e faço cara de nojo.

- Oque? Você não gosta da ideia de três gostosos se masturbando por você? - ela levanta uma sobrancelha.

- Você é nojenta - Nora bufa e Deby ri.

- Eu só... - sinto minha bochechas esquentarem e meu ventre aperta com a ideia de tê-los se dando prazer enquanto pensam em mim - Olho só, isso não importa.

- Você sabe que pode conversar com eles né? - Nora diz fazendo carinho em minha cabeça.

- Eu não quero chatear eles - olho para minhas mãos enquanto brinco com meus dedos - E se eles perceberem que isso não é oque eles querem? E se eu não for...

- Você sempre foi insegura assim ou isso é novo? - Nora pergunta me interrompendo e arregalo meus olhos - Somos tão péssimas amigas que não notamos isso?

- Ah... - não sei oque fizer é Deby se levanta vindo se sentar ao meu lado e segurando minha mão.

- Você sabe que não precisa esconder nada da gente não é? - faço bico e ela suspira me abraçando - Eu te amo, e eles também então não precisa se preocupar.

- E se você quer esse relacionamento vai precisar se abrir com eles e se sincera sempre - Nora diz me abraçando de lado - ou não vai dar certo.

- E se tiver algo que nos contar pode apostar que vamos estar sempre aqui - Deby sorri me dando um beijo na bochecha - Você é linda, talentosa, gostosa, amorosa e fiel - ela alisa meu cabelo e meu peito aperta - E eles serem grandes idiotas de não gostarem de foder você.

- Meu Deus Deby - Nora da um empurram nela - Nem sendo gofa você consegue parar de falar de sexo - elas começam a implicar uma com a outra e me perco em meus pensamentos.

Não é fácil para mim acreditar no que elas falam, eu tenho sérios problemas em aceitar elogios e minha insegurança é tão grande que quando finalmente conquisto alho que sempre quis acabo colocando obstáculos que me impedem de aproveitar aquilo.

Pode parecer idiota e frescura mas eu tenho tanto medo de não ser boa o suficiente e o fato de eu fingir para minha mãe e amigos que não tenho essas inseguranças só me faz sentir mal, mas eu acho que posso fazer isso então me levanto e vou e saio do quarto indo até os meninos enquanto escuto a voz das meninas me chamando.

Três é demais Onde histórias criam vida. Descubra agora