CAPÍTULO 37

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Subimos no palco e tomamos nossas posições, Deby fica ao lado de Roberta e Ian que acabou de chegar, os dois acenam animados para mim me arrancando um sorriso, a música para e algumas pessoas reclamam então se viram para o palco que fica de frente para a pista de dança enorme, as mesas estão espalhadas ao redor e tudo é decorado em dourado, branco e rose, já o buffet ficando canto esquerdo afastado da pista e das mesas.

- Oi, meu nome é Jude... - começo a apresentar os meninos e Nora e então falo o nome da banda - Espero que curtam a noite.

- Um, dois, três - Theo canta batendo as baquetas e sorrio sentindo a ansiedade ir embora.

Começo a cantar Superhero sorrio sem conseguir me conter já que subir num palco e cantar me faz realmente feliz, os amigos de Roberta começam a cantar e a pular na pista que enche cada vez mais, Deby grita e puxa Ian e o namorado para a pista e junto com Roberta eles cantam e dançam, meu coração acelera e eu ando pelo palco interagindo com os meninos e Nora.

Quando a música termina logo outra começa, canto You're not special e todos pulam e cantam junto comigo, quando somente o som do violão toma conta do lugar e eu canto o refrão todos me acompanham e pulo no palco quando a bateria volta, eu tinha esquecido o quão gostoso é tocar nas festas.

Não demora muito para eu estar cantando outra música da Maggie com Ken cantando comigo, o violao ja esquecido, eu pulo e danço junto com Ken e os meninos sorriem quando chego perto deles, Nora pula enquanto toca e meu sorriso não se desmancha, em algum momento eu vejo papai parado no canto da pista e sorrio para ele sentindo meu coração disparar.

Quando Ken engrossa mais a voz com a entrada da próxima música todos gritam e dou risada começo a cantar Bad Girl da Avril.

Depois de mais cinto músicas eu me encontro suada e sem fôlego e completamente animada, parece que me ligaram na tomada. Nós demos um pausa para retomar o fôlego e a música eletrônica irá voltar, quando descemos do palco um monte de gente vem nos falar o quanto somos bons, mas modéstia parte, eu já sabia.

Nós nos juntamos a Deby e Ian e a garota agarra a nuca de Nora tampando um beijo nela, desvio o olhar quando elas começam a se apalpar. Então eu me permito me divertir, danço com meus amigos sem pensar no quanto minha vida precisa de concerto, em algum momento Roberta me puxa para perto dela e nós duas dançamos juntas e é quando um garoto me abraça por trás.

- Você canta muito bem sabia - arregalo meus olhos quando vejo os garotos nos encarando.

- Obrigada - agradeço e tento me soltar mas ele não larga - Você pode me soltar por favor.

- Ah, vamos - ele fala contra meu ouvido e sinto cheiro de bebida - Dance comigo, você tem belas curvas - ele esfrega a ereção em minha bunda e arregalo meus olhos.

- Me larga - tendo o empurra e é quando ele é arrancado de mim, ele cambaleia e ri como um idiota, o idiota está completamente bêbado.

- Você é surdo - Theo fala com o rosto próximo do dela - Mantenha a porra das suas mãos longe.

- Calma aí cara, só estou me divertindo - ele levanta as mãos para cima - Ela estava rebolando que nem uma puta, não pude resistir.

Arregalo meus olhos com o que acontece em seguida, Sam agarra a blusa dele e soca seu nariz o que chama a atenção das pessoas, o garoto negro cambaleia e ri.

- Você não fala dela assim novamente - ele aponta o dedo na cara do babaca - Ou te dou uma surra.

- O que? A vadia é de vocês dois por acaso? - ele ri passando a mão pelo nariz onde tem um pouco de sangue.

- Dos três na verdade - Ken diz e se aproxima dele - E saia daqui antes que eu termine de quebrar seu nariz.

- E ainda não querem que eu chame de puta - ele ri me olhando de cima a baixo e de repente não gosto da roupa que escolhi, os três dão um passo para frente e o babaca corre.

- Infeliz dos infernos - Ken fala irritado.

- Porra eu devia ter quebrado os dentes dele - Sam diz e mordo meu lábio incomodada com as pessoas olhando.

- Você está bem? - Theo pergunta e balanço a cabeça que sim quando vejo sua preocupação.

- Só vou tomar um ar - falo me afastando da pista.

- Quer que algum de nós vá com você? - Theo pergunta e nego.

- Eu já volto.

Saio dali e procuro pelo banheiro, em um corredor do lado esquerdo fica o banheiro e entro respirando fundo, me olho no espelho, a roupa que estou vestida me deixa parecendo uma puta? O que fez ele pensar que podia se esfregar em mim?

Babaca infeliz.

Fiquei tão vidrada olhando meu reflexo que não vi quando Angélica entrou no banheiro, ela está parada atrás de mim olhando para meu reflexo e franzo meu cenho me virando para ela.

- Tudo bem? Eu vi a confusão, sinto muito por aquele idiota - ela sorri e suspiro, ela fala meio embolado.

- Eu tô bem, obrigada - sorrio sem jeito e me viro para sair do banheiro mas ela entra na minha frente.

- Você está linda sabia - ela me olha de cima a baixo e fico envergonhada.

- Obrigada - mordo a parte dentro da minha bochecha - Você está bêbada?

- Oh, não - ela ri e abana o nada - Só um pouquinho alta, sua mãe foi viajar não é?

- É - estranho ela saber disso pois não saio falando sobre a vida da minha mãe por aí - Como sabe?

- Ah, eu ouvi comentarem - ela sorri - Você não quer dormir em casa hoje?

- Ah eu...

- Oh, vamos - ela segura minha mão interrompendo minha fala - Eu gosto quando você dorme em casa.

- Mas os garotos... - aponto para a porta do banheiro e ela revira os olhos.

- Eles podem voltar para casa - ela de repente muda a expressão e o tom da voz.

- Ah, eu vou pensar mas agora eu tenho que voltar - aponto para trás e ela solta minha mão.

- Claro - sorri e eu saio do banheiro.

O que foi isso?

Três é demais Onde histórias criam vida. Descubra agora