CAPÍTULO 38

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Vou direto para o bar e pego uma cerveja, não tô nem aí, não tem ninguém monitorando nada por aqui e eu tenho dezessete apenas alguns meses e faço dezoito, tomo tudo em grandes goles e pego outra e então outra, e mais uma.

- O que está fazendo? - papai aparece do nada atrás de mim e levo um susto.

- Bebendo - falo o óbvio e ele tira a lata da minha mão.

- Você não tem idade para isso - olho ele colocar a lata no balcão com a testa franzida.

- Ah é - levanto una sobrancelha de repente me sentindo muito irritada com ele - E desde quando você se importa com o que eu faço?

- Desde sempre - fala e dou risada revirando os olhos e pegando a lata de volta e tomando - Eu disse não - ele toma a lata de mim outra vez e bufo batendo o pé no chão - Isso só pode ser influência daqueles garotos.

- Como é?

- Angélica tem razão, ter aqueles três na sua cola não é bom - cruzo meus braços mordendo minha língua - E que história é essa de você ser dos três?

- O que você tem haver com isso? - minha respiração acelera e só o fato de eu estar o respondendo já deixa óbvio que o álcool está fazendo efeito.

- Eu sou sei pai - semicerro meus olhos para mim - Inacreditável que sua mãe deixou você namorar três garotos ao mesmo tempo, é muita pouca vergonha na cara - aperto meus braços e minhas unhas machucam meus braços - Também oque eu poderia esperar da sua mãe, ela é uma irresponsável e na...

- Cala a boca - eu grito tão alto que minha garganta arranha - Cala a sua maldita boca - aponto meu dedo na sua cara e ele me encara com os olhos arregalados - Você não tem o direito de falar assim dela.

- Mas o que é isso? Não levante a voz para mim ou... - fala em tom de ameaça e dou um paço para frente ficando mais perto dele.

- Ou oque? - pergunto entre dentes.

- Você tem que me respeitar, eu sou sei pai - fala e posso ver a irritação em seus olhos.

- Pai? - pergunto rindo - Que tipo de pai é você? Qual a minha cor favorita? - pergunto e ele congela me encarando - Qual o nome da minha melhor amiga? Com quantos anos eu comecei a cantar?Você por um acaso sabe os nomes dos garotos?

Ele me encara em silêncio e tenho vontade de bater nele, só que nunca faria uma coisa dessas.

- Filha...

- Minha mãe - corto sua fala apontando para meu peito - É a melhor mãe do mundo e você não tem o direito de falar nada dela, você é um péssimo pai e não tem o direito de querer mandar em mim ou me dar lição de moral.

- Jude - ele tenta me tocar mas me afasto.

Vou para a pista de dança onde os meninos estão e me enfio entre ele agarrando o pescoço de Sam e levanto meu pés para poder beijar sua boca, ele parece surpreso no começo mas abraça minha cintura me puxando para perto e enfia sua língua na minha boca, suas mãos apertam minha cintura e mordisco seu lábio sentindo meus mamilos endurecidos serem pressionados contra seu peito duro.

Quando o ar nos faz falta ele me solta e me viro, e então é a vez de Theo que me beija como se estivesse desesperado por isso a noite inteira, eu hemo contra sua boca e ele aperta minha bunda. Não demora muito para eu precisar de ar novamente e eu nem preciso me virar pois Ken me puxa para si e cola nossas bocas e então eu sinto uma mão forte agarrar meu braço e me puxar para longe dele.

- Ei - grito para a pessoa e me viro dando de cara com papai - Me solta.

- Não, nós precisamos conversar - ele começa a andar me arrastando e os meninos vem atrás de mim, as pessoas nos olham e Roberta assiste de longe com preocupação estampada no rosto.

- Não quero, me solta - ele aperta mais e tropeço quase caindo - Aí, você está me machucando.

- Larga ela - Sam o empurra e Theo me puxa para ele, Ken fica do meu lado e papai os encara irritado.

- Saiam da minha frente, ela é minha filha e isso não é da conta de vocês.

- Ela não quer ir com você, então ela não vai - Sam diz com os punhos cerrados.

- Olha aqui moleque - papai da um passo para frente - Você não...

- Amor - Angélica aparece e mordo meu lábio sentindo vontade de chorar - Você precisa se acalmar.

- me acalmar? Esses pirralhos estão estragando a festa de Roberta - ouvir isso me faz sentir como se uma mão estivesse apertando meu peito.

- Já que é assim, nós estamos indo embora - eu falo com raiva.

- Não, Jude querida... - Angélica começa mas a interrompo.

- Vou me despedir de Roberta - me viro e acabo esbarrando em Nora a 1ual eu nem tinha percebido que estava aqui.

Vou até Roberta que estava em uma mesa afastada bebericando alguma bebida colorida, quando chego perto ela se levanta.

- Você já está indo?

- Sim - sorrio triste - Desculpe não ficar até a hora do bolo mas já deu dessa festa para mim - eu a abraço apertado - Feliz aniversário, a festa está linda.

- Me desculpa - ela pede chorosa e suspiro - Sinto muito.

- Está tudo bem - sorrio e beijo sua bochecha - Aproveite sua festa.

Saio da festa com papai ainda me seguindo mas finjo que não escuto, nós fomos embora do mesmo jeito que viemos e não consigo conter minhas lágrimas depois que entro no carro, Ken e Sam me abraçam e soluço me sentindo muito mal.

Eu queria me divertir.

Acabou que nos fomos parar na praia e me sento na areia olhando as pequenas ondas, os meninos sentam ao meu lado e Nora e Deby ficam em pé tomando vinho direto da garrafa que roubaram da festa, abraço minhas pernas mordendo meus lábios e sentindo o vento bagunça meu cabelo, os meninos ficam em silêncio enquanto assistem as irmãs se embebedarem.

- Porque ele tem que ser tão escroto? - pergunto depois de muito tempo em silêncio.

- Seja pai é um desgraçado - Theo diz irritado.

- Um babaca maldito - Sam diz rindo quando Nora tropeça e cai na areia derrubando o vinho e Deby a xinga por isso.

- Filho da puta - Ken completa e o olho indignada.

- Ei, a vovó era legal - ele fica me encarando em silêncio e então caímos na gargalhada.

Nos quatro começamos a rir e eu me jogo para trás na areia olhando para o céu, os meninos logo me imitam e ficamos em silêncio e levo um susto quando meu celular toca.

- Alô - atendo assim que vejo o nome de Bianca, me sento na grama olhando para Theo que me encara confuso.

- Por favor - escuto sua voz estrangulada pelo choro e no fundo escuto Billy chorando - Ele não para de chorar Jude.

- O que aconteceu? - pergunto preocupada.

- Eu acho que ele não me ama mais - ela soluça e suspiro - Você pode vir aqui, só você consegue fazer ele parar de chorar.

- Ok, já estamos indo - me levanto e os meninos me seguem.

- O que foi? - Theo pergunta se levantando junto com os meninos e olho para k lado vendo Deby em cima de Nora enquanto as duas se beijam, a saia dela subiu e eu posso ver sua bunda.

A idiota nem para por um short.

Mentirosa.

- É o Billy - falo e então nós vamos embora.

Essa noite não está sendo o que planejei.

Três é demais Onde histórias criam vida. Descubra agora