Punhos de Konshu.

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Vali on:

Estou no meu apartamento, está chovendo lá fora e agora eu estou de frente para janela do escritório do Steven, olhando para cidade enquanto penso no que eu vi ontem mais cedo.

Lavínia, aqui ?! Isso é ruim, muito ruim, não era pra ela estar aqui, na verdade não era nem para ela estar aqui no país.

Konshu: Você ainda tá pensando em se esconder até ela ir embora ? -Konshu me pergunta sentando em uma cadeira e usando um terno.

As vezes eu tenho vontade de mandar ele calar a boca, mas eu sei que logo em seguida ele iria ficar falando de como ele salvou a minha vida e de como eu devo a ele minha vida servidão.

-Não, eu conheço Lavínia, sei que ela não vai embora até me encontrar mas isso é perigoso demais pra ela. -Digo com um tom sério e pensativo.

Isso é verdade, Lavínia não é do tipo de mulher que desiste fácil, eu conheço ela a anos e eu sei que a minha noiva não vai embora até me encontrar, mas também não é seguro ela ficar aqui nessa cidade.

Konshu: Você está pensando em falar com ela, não é ? -Ele pergunta surgindo do meu lado com suas vestes normais.

No passado isso me assustava, mas hoje em dia já me acostumei com esses surgimentos repentinos dele.

-Isso é problema meu, vou dar um jeito mas não agora. -Digo desviando meu olhar para a cidade.

Konshu: É mesmo ? Hehe....não me diga que está se arrependendo das suas escolhas passadas ? -Perguntou ele me fazendo lembrar do passado.

Flashback on:

Eu era órfão, meu pai trabalhava com gente perigosa e um dia foi preso, os inimigos dele então vieram tirar satisfação e mataram minha mãe e tentaram me matar, eu escapei por pouco e durante um ano eu vivi nas ruas, roubando pra sobreviver.

Na época eu tinha 9 anos e a minha vida se resumia em roubar pra sobreviver e fugir dos assassinos que mataram minha mãe, mas um dia tudo isso mudou.

Era inverno, nevava em Nova York e eu estava com muito frio e fome, eu estava louco por comida e procurando alguém para roubar e logo eu vi um homem.

Ele era loiro, alto, 30 ou no máximo 40 anos, estava usando terno branco e em frente a uma loja de brinquedos, distraído e sozinho, um alvo perfeito pra mim e foi o que eu fiz, eu me aproximei devagar e quando estava prestes a pegar a carteira dele, uma garota da minha idade, loira e usando roupas caras de marca veio até ele correndo com um sorriso.

Garota: Papai ! Papai ! Você já terminou a sua ligação ? -Perguntou ela abraçando as pernas dele.

Nesse momento eu congelei e fiquei sem saber o que fazer, mas foi quando ela notou a minha presença que eu fiquei com medo.

Garota: Papai, quem é esse garoto ? -Perguntou ela.

Ele então se virou e olhou para mim com curiosidade.

Homem: Tudo bem garoto ? -Perguntou ele com um sorriso gentil.

A única que eu pensei naquele momento foi que eu tinha sido descoberto e que precisava fugir, foi o que eu fiz, eu fugi, corri o mais depressa possível e depois.....eu só senti algo me acertando com força e depois eu apaguei.

[...]

Quando eu acordei estava no hospital com uma agulha na minha veia injetando soro e do meu lado direito estava o mesmo homem que eu vi antes.

No momento em que acordei ele virou seu rosto para mim e pareceu estar aliviado.

Homem: Você acordou.... finalmente, eu já estava preocupado. -Comentou ele feliz.

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