Julles
Não consigo deixar de notar que mesmo tão irritado, as mãos dele conseguem ter um toque suave. Ele ampara meu rosto e encara cada expressão que faço, acariciando minha bochecha com o polegar.
- Foi um acidente... ela não queria me machucar - ele me encara com o cenho franzido tentando entender o que eu estou dizendo - Anne...
Ele arregala os olhos de uma forma, que quase consigo ler seus pensamentos, ele nem consegue dizer nada.
- Eu fui ajudá-la a levantar, estávamos na casa dela, aconteceu um problema e ela me acertou sem querer. Foi um acidente, Nate, ela nunca iria me machucar de propósito, aconteceu tudo muito rápido - sinto os lábios dele suavemente tocando nos meus meus, fazendo uma pressão gostosa.
Ele está quente e sinto um gosto suave de álcool. Ele solta meu rosto aos poucos e segura minha cintura, me apoio no peito dele e sinto seu abraço. Nos soltamos devagar e ele me mantém grudada nele, ainda com a testa na minha.
Julles: Precisa beber lra ter coragem de me ver? - ele solta um riso pelo nariz
Nathan: Precisava criar laços com mais alguém além de você, então chamei o Johna pra sair - sorrio com o comentário - assim você pode dividir o peso de lidar comigo
Julles: Você é mesmo um pé no saco! - ele ri contra a minha boca, mas nunca estive de fato brava
Nathan: Como você está agora? - ele parece bem mais tranquilo e a calma dele me conforta também.
Julles: Melhor... Ela não quis mesmo me machucar - digo baixo, tocando o rosto dele com a ponta dos dedos
Nathan: Só de pensar... quando eu olhei pra você, eu só... desculpa. E desculpa pela hora. Eu só queria mesmo te ver - ele sorri de lado e que sorriso.
Me solto dele e vou até a porta, trancando, o pego pela mão e caminhamos até a cama. Nos encostamos na cabeceira e passamos horas conversando. Desde que ele foi pra NY eu sinto que conseguimos falar mais um com o outro. Eu estava suspeitando de que havia algo de errado, mas quando ele começou a falar sobre o pai e sobre os cadernos que encontrou, eu simplesmente paro de pensar em tudo que estava rodando minha mente.
Não consegui entender ao certo o porquê dele ter topado ir pra tão longe com alguém que ele nem gosta, mas deve ser uma merda não saber nada sobre uma das pessoas que foram fundamentais para o nascimento dele. E depois de tudo que ele me contou, imagino como deve estar a cabeça dele agora.
Mas claro, como todo lado ruim, há um equilíbrio instantâneo, quando ele começa a falar sobre a cidade, a comida, as paisagens juro que vejo os olhos dele brilharem e ele fala tão empolgado, que mal parece o Nathan grosso que conheci a uns meses atrás, e sim uma criança que acabou de sair do playground.
Ele mostra rápido todas as fotos que tirou e não consigo desviar os olhos do rosto dele enquanto fala, deslizo a mão até a dele, que estava largada na lateral do corpo e entrelaço os nossos dedos, chamando sua atenção, ele não protesta com o gesto e aperta um pouco minha mão, me aproximo devagar e apoio a cabeça no ombro dele.
Julles: Eu ainda te odeio.... mas senti sua falta, Nate - sinto ele sorrir e em seguida ele me puxa para si, me deitando em seu peito e envolvendo os braços ao meu redor. Sinto um carinho gostoso no cabelo e me aconchego ali, sentindo o calor que o corpo dele emana e o cheiro que invade meu nariz. As mãos dele em mim são a última coisa que lembro, quando sinto meus olhos pesarem de sono.
Nathan
Abro os olhos devagar ouvindo um barulho irritante de um sino. Sinto um peso no corpo e ao olhar para o lado vejo a ruiva dormindo. Os cabelos dela estão espalhados pelo meu peito, sinto a respiração dela devagar e me arrisco a tirar uma mecha de seu rosto. Linda...

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Tudo por ti
Fanfiction🔥Conteúdo adulto🔥 • Enemyes to lovers • Passado duvidoso • Brigas, sexo e conflitos • Triângulo amoroso?¿ • Tóxico Voltar para casa é um processo complexo... Anne, récem saída do reformatório, apresenta problemas com o pai e dificuldades de inte...