Capítulo 8

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Nathan

Não está aqui! Já olhei em todo canto e sumiu. Abri as gavetas, olhei no guarda roupa, no quarto da minha mãe e nada. Merda!

Ouço a campainha tocar e corro para o andar de baixo, sem ao menos ter tempo de colocar uma camisa. Quando abro a porta minha respiração falha. Ela está com um rabo de cavalo soltinho, uma blusa larga e um shortinho... Linda. Ela abre um sorriso enorme e eu abro espaço para ela entrar. Essa garota tá me quebrando, não sei o que tem, mas ela tá fudendo a minha cabeça

Nós, seres humanos, temos esse complexo de merda de sentir atração pelo que não nos deseja, pelo que queremos mas não podemos ter, mas com ela é diferente, consegue ser mais difícil. Quanto mais ela implica comigo, me estressa com esse jeito arrogante e presunçoso, ou simplesmente não fica me rondando igual aquelas malucas do campus, mais eu me convenço de que a quero.

Eu não sou nada pra ela, nem um amigo, nem um colega, nada. Mas eu queria ser. Depois de ontem só consigo pensar na boca dela, no cheiro dela, no que eu queria ter feito, mas não fiz.

Nathan: Sentiu saudade, bruxa?

Julles: Sim... da sua mãe, Nazinho - sorri debochada e eu nego com a cabeça.

Nathan: Pois então você vai ficar muito triste. Está sozinha comigo, bruxa. Minha mãe está atendendo.

Julles: Atendendo? No domingo?

Nathan: Minha mãe é psiquiatra. E parece que um paciente dela precisou de uma conversa com urgência - ela assente e parece tensa - Tá com medo de mim, bruxinha? - digo me aproximando e ela recua alguns passos até tocar as costas na parede.

Não há nada que separe a gente. Estou a centímetros do rosto dela e o peito dela sobre e desce rápido, está nervosa. Isso me faz sorrir e ela encara minha boca rapidamente, voltando os olhos para os meus quando vê que eu notei ela me secando... porra. Quando ela me olha assim dá vontade de arrancar cada pecinha que ela usa e socar nela com força. Me distraio quando vejo algo brilhante em seu pescoço. Isso é...

Nathan: Ei! Além de bruxa é ladra também?

Julles: Quem você tá chamando de ladra, seu grosso? - diz me dando um murro no braço - você esqueceu na minha casa ontem e eu só vim devolver - diz tirando do pescoço e me entregando.

Nathan: Obrigado, eu estava louco atrás disso, desculpa o mau jeito - digo rápido prendendo no pescoço, ela me encara com atenção e eu dou de ombros subindo a escada

Ela sobe atrás de mim e ao entrar no quarto dou graças a Deus de estar arrumado. Mesmo com o processo e tudo que vem acontecendo, resolvi que não posso me deixar viver num chiqueiro. Apesar de ainda não estar conseguindo dormir direito, resolvi mudar alguns hábitos para ir tentando levar a vida suave até o julgamento. Admito que a catracada que ela me deu na última vez que esteve aqui colaborou pra que eu mudasse também.

Julles: Tenho uma novidade - olho curioso para ela, fechando a porta atrás de nós - meu pais conversaram com um advogado amigo da família ontem, ao que parece eu posso dar um relato anônimo na universidade, para que o caso não repercurta. Se precisar, nós vamos representar você. Eu não vou te deixar ser prejudicado por me proteger - olho para ela admirado e irritado ao mesmo tempo.

Nathan: Teimosa... - falo baixo me aproximando dela, que recua uns passos me olhando fixamente. Levo a mão até o pescoço dela e a deito na cama, ficando por cima e apoiando a outra mão na cama - não sei se te venero de joelhos ou te dou uns tapas, bruxinha - falo perto do ouvido dela sentindo a mesma se arrepiar por inteiro. A reação me faz sorrir de lado.

Desço a mão até o quadril dela, apertando um pouco. Passo os lábios de leve no pescoço dela, deixando um beijo próximo da clavícula, analisando cada reação.

Tudo por tiOnde histórias criam vida. Descubra agora