Capítulo 49

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Julles

Minhas pernas sacudiam com tanta determinação que poderia causar um terremoto nesse hospital. Mandei Anne embora em seguida à saída do Nate, ela sequer protestou, saiu admitindo tudo que fez, ela sabe o dano que causou a todos nós.

Eu mal tinha a perdoado pelo que houve antes, não consigo sequer encará-la.

Como eu pude ser tão idiota com ele?

Como eu pude ser tão idiota comigo?

Eu estava com tanto ódio que simplesmente joguei nela tudo que podia com toda raiva que conseguia. Mas não contava com o fato dele ouvir... e ele tinha que ouvir justo aquilo?

Já passam das 22 e não consigo tirar ele da cabeça, quero saber como está, se o julgamento foi bem, se ele está bem.

Quero deitar ao lado dele e dizer que eu retiro tudo que disse.

Sinto o celular vibrar, rompendo meus pensamento. Endireito o corpo na cadeira para poder atender, logo recebendo um silêncio estranho. Mais um pouco de silêncio.

Julles: Alô?

- Amor... - uma voz tão mansa atravessa a linha que meu corpo fraqueja. É ele.

Julles: Nate, oi, eu estava tão preocupada. Como você está? Como foi o julgamento?

Nathan: Você pode vir pra cá? Estou com saudades - ele diz arrastado.

Julles: Você bebeu? - ele ri com muita diversão, confirmando em seguida - onde você tá?

Nathan: Em casa, bruxinha, estou pelado - ele diz e eu reviro os olhos, só pode ser brincadeira.

Julles: Estou indo

Passo em casa rapidamente, tomo um banho e como algo, antes de ir até ele. Meu coração martela a cabeça, ele é um idiota, onde já se viu encher a cara depois de uma transfusão? Ele é louco. Estúpido. Mas estava tão manhoso que fez meu coração estúpido tremer.

Chego rápido na casa dele, toco a campainha em sequência. Ouço alguns barulhos vindos de dentro, até a porta se abrir.

Um cheiro gostoso atravessa a porta, o cheiro dele, acabou de tomar banho, seu cabelo úmido caem, dando um ar sexy a ele e sua coloração facial rosada o deixam meigo.

Quando me vê ele abre um sorriso enorme, que causa arrepios pelo meu corpo, rapidamente sou envolvida pela cintura e puxada para dentro. Minhas costas chocam contra a porta e sua boca invade a minha.

Ele tem um gosto ótimo de menta, sua língua desliza sobre a minha num ritmo incrível, suas mãos me agarram como se eu não pudesse ir a lugar algum e seu corpo pressiona o meu com determinação, reivindicando cada pedaço do meu.

Ele bêbado consegue beijar ainda mais gostoso do que sóbrio. Estou indo aos céus quando ele adentra minha blusa com as mãos. Falho no beijo e ele sorri brincalhão.

Nathan: Você tem um cheiro tão bom - diz, mergulhando o rosto no meu pescoço, cheirando cada pedacinho, e eu suspiro fraca - cheiro de minha

Julles: Cala a boca, idiota - digo, resistente tentando não rir, me desvencilho dele e o amparo até o quarto.

Uma luz fraca da lua adentra o quarto, também com o cheiro dele, está frio e só agora notei que ele está sem camisa. O corpo dele é quente e por mais que ele esteja bêbado, não deixo de notar o quão delicioso ele é, seu abdômen marcado atrai minha atenção.

Tudo por tiOnde histórias criam vida. Descubra agora