Capítulo 15

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Anne

Eu já tinha plena certeza de que Thabita tinha um caso, mas precisava comprovar isso. Certeza não, né, mas eu queria ter, eu precisava ter. Estava tão incomodada com o telefone que ouvi no último dia que meu humor foi definitivamente pro saco nessa casa.

Aquele velho bem merecia umas galhas, mas eu tenho um incômodo notório com pessoas que pensam que podem enganar os outros, então marquei hoje com a ruiva para seguirmos a pilantra. Ela disse que vai se encontrar com as amigas hoje, mas eu não engoli isso de modo algum.

Estou na porta de casa esperando a ruiva chegar, mas ela está atrasada, estou com medo de acabar perdendo a Thabita de vista caso demore mais. Meus pensamentos são afastados quando a vejo se aproximar depressa, ela tem um sorrisão no rosto e uma mochila enorme nas costas, o que me faz rir.

Julles: Pronta, minha co-pilota?

Anne: Pronta kkkk, mas que tralha é essa?

Julles: Tralha não, equipamentos. Tem lanterna, corda, um kit de primeiros socorros, sanduíche natural, água e um pano.

Anne: Julieta, o que a gente vai fazer com isso tudo? A mulher está num café. NUM CAFÉ. É só andar - falo me acabando de rir e vejo ela dar de ombros.

Julles: Pois eu acho tudo útil. Deixa de papo e vamos embora - diz enlaçando o braço no meu

Thabita iria se encontrar com as "amigas" no Ladureè, uma cafeteria lindinha que fica no centro de Paris, é um lugar aconchegante e bem avaliado nas redes sociais, tem uma fama enorme pelo Café com canela.

Ao chegar no lugar, nos mantemos do lado de fora, colocamos os olhos no salão, por cima de uma janelinha, circulo a visão mas nada dela

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Ao chegar no lugar, nos mantemos do lado de fora, colocamos os olhos no salão, por cima de uma janelinha, circulo a visão mas nada dela.

O contingente de pessoas é a chave para podermos espiar sem levantar suspeita. É muito comum ver pessoas se amontoando do lado de fora oara tentar ver. Dentro do salão uma moça baixinha toca um violão.

Damos a volta no estabelecimento e paro meus olhos numa figura bem conhecida. Ombros grandes, cabelo escuro, maxilar bem contornado e olhos cor de mel. Aquele cara, o mesmo cara que encontrei na minha cozinha com as mãos no pescoço da Thabita.

Olho de relance, acompanhando o olhar dele, até que a vejo, parada em frente ao balcão, provavelmente fazendo os pedidos.

Anne: Te peguei, vaca - sussurro para mim mesma, mas Julles escuta, confirmando com a cabeça.

Esperamos um pouco e quando ela se senta a frente dele, vejo Julles erguendo o telefone e tirando uma foto, essa garota é brilhante. Assim que conseguimos a foto vibro um pouco por dentro, mas meu quixo cai quando ele se i clina para beijá-lá.

Corremos para casa, ao passar pela porta dou de cara com Elloa fazendo café, o que me faz tomar um susto. Ela obviamente sabe da situação toda, é minha melhor amiga e confio nela com a minha vida.

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