O ano ainda é 2005.
Sempre é tempo de festejar, e Juliette amava festas e nesse Natal ela quis viajar para a cidade de sua avó e óbvio que ela levaria sua melhor amiga e seu melhor amigo com ela.
Rodolffo: eu não sei se vou conseguir ir Julie... Estou bem cheio de serviço. Mas meu patrão disse que pode me liberar, ao meio dia.
Juliette: tu pega o ônibus comigo de 1 hora... Vai dá certo. Monalisa também vai, o paquera dela vai tá lá.
Rodolffo: hum... E o seu?
Juliette: eu tô sem amigo. Enquanto tu não arruma uma paquera a gente fica junto.
Rodolffo: sua vó não se incomoda de eu ir junto? - ele falou tímido.
Juliette: não... Nem painho e mainha... Eu já convenci sua mãe a deixar também. Tá tudo pronto Rodolffim... Será uma festa bonita.
Rodolffo: cê gosta mesmo dessa banda.
Juliette: gostar é pouco. Eu amo. Vamos... Eu não gosto de segurar vela.
Rodolffo: você sempre me leva no papo, desde pequena. Eu vou com você.
Juliette: que felicidade... Aaah - ela o abraçou. - eu te amo, visse?
Rodolffo: te amo.
...
O dia correu e eles embarcaram para a cidade Natal de sua mãe, Juliette estava nas nuvens, Monalisa animada e Rodolffo estava exausto, trabalhou por dois dias em uma única manhã.
Devido seu grande enfado ele acabou dormindo no assento do ônibus.
Juliette: acorde Rodolffo... Chegamos.
Rodolfo: hum... - ele disse sonolento. - ainda bem Julie.
Juliette: lá em vovó tu poderá dormir, vamos.
Chegaram na casa da vó de Juliette e os três capotaram em um sono que só teve fim a noite.
Maria: mocinho... As meninas já estão se arrumando. - lhe disse a simpática senhora.
Rodolffo: vou me arrumar também.
Maria: tu parece cansado. Trabalhou muito né... Juliette me falou.
Rodolffo: realmente estou cansado. Mas eu vou com as meninas.
Maria: Juliette gosta muito de tu... Você é ciente disso?
Rodolffo: também gosto muito dela, desde sempre.
Maria: hum.
Maria entendeu o quê o ingênuo rapaz não entendia. Não era um gostar de amigos, sua neta tinha maior cuidado com aquele amigo e para sua vó, uma mulher experiente, havia uma paixonite da parte dela por ele.
...
A noite o trio saiu para a festa que acontecia em praça pública na pacata cidadezinha de interior.
Rodolffo achou Juliette muito linda, sua pele e seu cabelo estavam impecáveis.
Já a amiga o achou encantador e muito lindo. Mas ela se condenou por pensamentos assim.
Juliette: tu vai dançar forró comigo hoje... - ela disse sorridente para ele.
Rodolffo: tá bom então..
Eles dançaram, brincaram e também arengaram... Isso era eles.
Juliette se viu cansada e resolveu voltar pra casa com seu amigo.
Juliette: muitas meninas ficaram olhando pra tu na festa.
Rodolffo: eu nem vi. - ele foi sincero.
Juliette: não minta...
Rodolffo: eu não estou mentindo.
Juliette: hum...
Rodolffo: estou falando sério. Como haveria de olhar para outra, se tu estava mais linda que todas?
Juliette: amigo... Pare. Tu tá só tentando me agradar.
Rodolffo: eu tô sendo sincero. - ele disse convicto.
Juliette: prove!
Rodolffo: provar?
Juliette: eu quero que tu me prove que me acha linda.
Eles estavam numa área que já avistava a casa de dona Maria e Rodolffo instintivamente puxou Juliette para um lugar mais escuro.
Rodolffo: eu queria que tu entendesse. Mas...
Juliette: eu quero entender.
Ela tinha as mãos sobre seu rosto e seus corpos estavam tão próximos. Rodolffo passou as mãos em sua cintura e olhou nos seus olhos.
Ele não pôde resistir, beijou os lábios de sua amiga.
...