Capítulo 4: Eu te amo, visse?

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O ano ainda é 2005.

Sempre é tempo de festejar, e Juliette amava festas e nesse Natal ela quis viajar para a cidade de sua avó e óbvio que ela levaria sua melhor amiga e seu melhor amigo com ela.

Rodolffo: eu não sei se vou conseguir ir Julie... Estou bem cheio de serviço. Mas meu patrão disse que pode me liberar, ao meio dia.

Juliette: tu pega o ônibus comigo de 1 hora... Vai dá certo. Monalisa também vai, o paquera dela vai tá lá.

Rodolffo: hum... E o seu?

Juliette: eu tô sem amigo. Enquanto tu não arruma uma paquera a gente fica junto.

Rodolffo: sua vó não se incomoda de eu ir junto? - ele falou tímido.

Juliette: não... Nem painho e mainha... Eu já convenci sua mãe a deixar também. Tá tudo pronto Rodolffim... Será uma festa bonita.

Rodolffo: cê gosta mesmo dessa banda.

Juliette: gostar é pouco. Eu amo. Vamos... Eu não gosto de segurar vela.

Rodolffo: você sempre me leva no papo, desde pequena. Eu vou com você.

Juliette: que felicidade... Aaah - ela o abraçou. - eu te amo, visse?

Rodolffo: te amo.

...

O dia correu e eles embarcaram para a cidade Natal de sua mãe, Juliette estava nas nuvens, Monalisa animada e Rodolffo estava exausto, trabalhou por dois dias em uma única manhã.

Devido seu grande enfado ele acabou dormindo no assento do ônibus.

Juliette: acorde Rodolffo... Chegamos.

Rodolfo: hum... - ele disse sonolento. - ainda bem Julie.

Juliette: lá em vovó tu poderá dormir, vamos.

Chegaram na casa da vó de Juliette e os três capotaram em um sono que só teve fim a noite.

Maria: mocinho... As meninas já estão se arrumando. - lhe disse a simpática senhora.

Rodolffo: vou me arrumar também.

Maria: tu parece cansado. Trabalhou muito né... Juliette me falou.

Rodolffo: realmente estou cansado. Mas eu vou com as meninas.

Maria: Juliette gosta muito de tu... Você é ciente disso?

Rodolffo: também gosto muito dela, desde sempre.

Maria: hum.

Maria entendeu o quê o ingênuo rapaz não entendia. Não era um gostar de amigos, sua neta tinha maior cuidado com aquele amigo e para sua vó, uma mulher experiente, havia uma paixonite da parte dela por ele.

...

A noite o trio saiu para a festa que acontecia em praça pública na pacata cidadezinha de interior.

Rodolffo achou Juliette muito linda, sua pele e seu cabelo estavam impecáveis.

Já a amiga o achou encantador e muito lindo. Mas ela se condenou por pensamentos assim.

Juliette: tu vai dançar forró comigo hoje... - ela disse sorridente para ele.

Rodolffo: tá bom então..

Eles dançaram, brincaram e também arengaram... Isso era eles.

Juliette se viu cansada e resolveu voltar pra casa com seu amigo.

Juliette: muitas meninas ficaram olhando pra tu na festa.

Rodolffo: eu nem vi. - ele foi sincero.

Juliette: não minta...

Rodolffo: eu não estou mentindo.

Juliette: hum...

Rodolffo: estou falando sério. Como haveria de olhar para outra, se tu estava mais linda que todas?

Juliette: amigo... Pare. Tu tá só tentando me agradar.

Rodolffo: eu tô sendo sincero. - ele disse convicto.

Juliette: prove!

Rodolffo: provar?

Juliette: eu quero que tu me prove que me acha linda.

Eles estavam numa  área que já avistava a casa de dona Maria e Rodolffo instintivamente puxou Juliette para um lugar mais escuro.

Rodolffo: eu queria que tu entendesse.  Mas...

Juliette: eu quero entender.

Ela tinha as mãos sobre seu rosto e seus corpos estavam tão próximos. Rodolffo passou as mãos em sua cintura e olhou nos seus olhos.

Ele não pôde resistir, beijou os lábios de sua amiga.

...

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