Era junho de 2008.
Juliette vinha ver seu namorado no horário do almoço, já faziam duas noites que Rodolffo não aparecia para vê-la e ela estranhou muito aquilo. Ela precisava ver o quê estava acontecendo.
No horário do almoço ele geralmente comprava comida e não ia em casa por que preferia fazer hora extra, seu patrão era generoso e lhe recompensava.
O galpão que ele trabalhava era amplo e cheio de automóveis a serem concertados e ela sabia o quanto seu namorado era dedicado.
Ela chegou o chamando.
Juliette: Rodolffo... Rodolffo.
Ele reconheceu sua voz e saiu debaixo de um carro.
Rodolffo: meu amor... Que surpresa boa. - ele falou se levantando com seu macacão de mecânico, que Juliette o achava a verdadeira tentação em forma humana.
Eles caminharam um para o outro e ela ia lhe abraçar, mas ele lhe disse.
Rodolffo: tô todo sujo de graxa Julie.
Juliette: eu não me importo.
Ela o abraçou forte e sentiu seu corpo mais quente que o normal.
Juliette: meu amor, tu tá bem? Está adoentado? Te senti muito quente, parece febril.
Rodolffo: eu estou um pouco gripado amor, desde antes de ontem.
Juliette: por isso não foi me ver?
Rodolffo: foi um dos motivos... Mas eu ia passar lá hoje assim que saísse daqui.
Juliette: e qual é o outro motivo?
Rodolffo: as paranóias da minha mãe. Está mantendo todos nós prisioneiros.
Juliette: como assim?
Rodolffo: ela trocou todas as fechaduras da casa, tá uma loucura. Eu já discuti com ela, não vou ficar preso. Mas ela não me dá a chave e nem deixa na fechadura.
Juliette: sua mãe realmente tá muito estranha. Tem alguém aqui com você?
Rodolffo: estou sozinho. Mas por que tu acha minha mãe estranha?
Juliette: ela sempre me tratou muito bem, mas hoje mal me deu bom dia. Fiquei sem entender... Eu fiz algo errado?
Rodolffo: claro que não. Mas vou conversar com ela, não é certo que ela te trate assim... Quem já se viu.
Juliette: não quero que discuta com ela por minha causa. Eu gosto muito de sua mãe.
Rodolffo: e ela vai me dá a minha chave. Desde criança tenho minha chave, agora ela vem com essa. - ele disse afobado.
Juliette: tu fica tão lindo brabo.
Rodolffo: tu gosta de me ver brabo? - ele disse se aproximando dela e lhe dando um cheiro no pescoço. - eu não posso te beijar e nem te agarrar hoje, mas daqui para sábado sim, então quero que vá passear um pouco comigo, tudo bem?
Juliette: ótimo meu amor. Estarei pronta e estou com saudades de tu.
Rodolffo: eu também estou de ti vida minha. - ele lhe beijou na bochecha e Juliette lhe abriu um belo sorriso. - eu te amo amor. Obrigado por estar sempre comigo.
Juliette: eu te digo o mesmo, príncipe. Agora tu vai comer um almoço especialmente feito por mim.
Rodolffo: fez tudo?
Juliette: tudo. Até o suco.
Rodolffo: huuum, minha mulher prendada.
Juliette: fale baixo homi. Pode alguém ouvir. - ela disse receosa.
Rodolffo: minha mulher... Só minha. - ele disse no seu ouvido. - assim está melhor?
Juliette: assim tu me enfraquece. Mas está maravilhoso assim. - ela disse ao sentir suas pernas fracas.
Rodolffo: então vamos almoçar, se não vai esfriar.
Eles comeram e logo se passou aquele horário de almoço. As horas extras não foram feitas em sua totalidade, mas em compensação, ele teve a melhor hora do seu dia. Ao lado de Juliette, todos os momentos eram inesquecíveis e especiais, até mesmo os mais simples e aparentemente banais. Ele nutria por ela e ela por ele, o maior dos amores, e isso era explícito a quem os visse.
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