Capítulo 22: A melhor hora

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Era junho de 2008.

Juliette vinha ver seu namorado no horário do almoço, já faziam duas noites que Rodolffo não aparecia para vê-la e ela estranhou muito aquilo. Ela precisava ver o quê estava acontecendo.

No horário do almoço ele geralmente comprava comida e não ia em casa por que preferia fazer hora extra, seu patrão era generoso e lhe recompensava.

O galpão que ele trabalhava era amplo e cheio de automóveis a serem concertados e ela sabia o quanto seu namorado era dedicado.

Ela chegou o chamando.

Juliette: Rodolffo... Rodolffo.

Ele reconheceu sua voz e saiu debaixo de um carro.

Rodolffo: meu amor... Que surpresa boa. - ele falou se levantando com seu macacão de mecânico, que Juliette o achava a verdadeira tentação em forma humana.

Eles caminharam um para o outro e ela ia lhe abraçar, mas ele lhe disse.

Rodolffo: tô todo sujo de graxa Julie.

Juliette: eu não me importo.

Ela o abraçou forte e sentiu seu corpo mais quente que o normal.

Juliette: meu amor, tu tá bem? Está adoentado? Te senti muito quente, parece febril.

Rodolffo: eu estou um pouco gripado amor, desde antes de ontem.

Juliette: por isso não foi me ver?

Rodolffo: foi um dos motivos... Mas eu ia passar lá hoje assim que saísse daqui.

Juliette: e qual é o outro motivo?

Rodolffo: as paranóias da minha mãe. Está mantendo todos nós prisioneiros.

Juliette: como assim?

Rodolffo: ela trocou todas as fechaduras da casa, tá uma loucura. Eu já discuti com ela, não vou ficar preso. Mas ela não me dá a chave e nem deixa na fechadura.

Juliette: sua mãe realmente tá muito estranha. Tem alguém aqui com você?

Rodolffo: estou sozinho. Mas por que tu acha minha mãe estranha?

Juliette: ela sempre me tratou muito bem, mas hoje mal me deu bom dia. Fiquei sem entender... Eu fiz algo errado?

Rodolffo: claro que não. Mas vou conversar com ela, não é certo que ela te trate assim... Quem já se viu.

Juliette: não quero que discuta com ela por minha causa. Eu gosto muito de sua mãe.

Rodolffo: e ela vai me dá a minha chave. Desde criança tenho minha chave, agora ela vem com essa. - ele disse afobado.

Juliette: tu fica tão lindo brabo.

Rodolffo: tu gosta de me ver brabo? - ele disse se aproximando dela e lhe dando um cheiro no pescoço. - eu não posso te beijar e nem te agarrar hoje, mas daqui para sábado sim, então quero que vá passear um pouco comigo, tudo bem?

Juliette: ótimo meu amor. Estarei pronta e estou com saudades de tu.

Rodolffo: eu também estou de ti vida minha. - ele lhe beijou na bochecha e Juliette lhe abriu um belo sorriso. - eu te amo amor. Obrigado por estar sempre comigo.

Juliette: eu te digo o mesmo, príncipe. Agora tu vai comer um almoço especialmente feito por mim.

Rodolffo: fez tudo?

Juliette: tudo. Até o suco.

Rodolffo: huuum, minha mulher prendada.

Juliette: fale baixo homi. Pode alguém ouvir. - ela disse receosa.

Rodolffo: minha mulher... Só minha. - ele disse no seu ouvido. - assim está melhor?

Juliette: assim tu me enfraquece. Mas está maravilhoso assim. - ela disse ao sentir suas pernas fracas.

Rodolffo: então vamos almoçar, se não vai esfriar.

Eles comeram e logo se passou aquele horário de almoço. As horas extras não foram feitas em sua totalidade, mas em compensação, ele teve a melhor hora do seu dia. Ao lado de Juliette, todos os momentos eram inesquecíveis e especiais, até mesmo os mais simples e aparentemente banais. Ele nutria por ela e ela por ele, o maior dos amores, e isso era explícito a quem os visse.

...

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