Rodolffo verificou os sinais vitais de Juliette e mediu sua frequência cardíaca. Isso o deixou ainda mais preocupado. O coração de sua amada batia fraco.
Rodolffo: com certeza isso é mais uma queda de pressão. Dona Fátima, pegue os documentos da Juliette e a senhora sabe de algum lugar que ela possa guardar exames?
Os pais de Juliette não sabiam de exame algum, mas ele sabia e os explicou tudo. Fátima ficou muito nervosa, Lourival ficou surpreso e preocupado.
Nos braços Rodolffo levou Juliette ao carro e dona Fátima foi junto.
Fátima: você acha que é realmente necessário operar ela? - perguntou aflita e acabou despertando Juliette.
Juliette: eu quero ir pra casa. - ela disse com voz fraca.
Rodolffo: estamos chegando meu amor.
Em cinco minutos Rodolffo chegou na emergência do hospital e Juliette foi prontamente atendida.
O médico a avaliou e aplicou uma medicação para conter a hemorragia e também as fortes dores que ela ainda tinha. Em seguida a encaminhou para a enfermaria onde ela ficaria em observação.
Médico: o senhor é o quê de Juliette? - ele perguntou quando Rodolffo ia saindo junto com Fátima.
Rodolffo: ela é minha futura esposa.
Médico: venha comigo, por favor.
Rodolffo tinha com ele os exames que conseguiu pegar de Juliette. Então, ele seguiu o médico até uma sala.
Médico: sente-se, por favor.
Rodolffo: o senhor me chamou aqui para conversar sobre o quadro da Juliette. É muito grave?
Médico: dias atrás ela deu entrada aqui com uma amiga... E eu estava no plantão, atendi ela junto com a doutora Andreia e suspeitamos na hora. Pedimos exames e creio que sejam esses que você tem aí... Poderia me dá aqui novamente?
Rodolffo entregou os exames.
Médico: esse exame mostrou que esse cisto engoliu todo o ovário direito dela. Não há tratamento medicamentoso eficiente. O do outro ovário trataremos com medicamentos, mas para este aqui - disse circulando com um lápis - não há o quê ser feito, há não ser operar.
Rodolffo: eu entendo. Mas ela não quer.
Médico: precisar convencer ela. É para o bem e para que ela consiga ter uma vida normal de novo.
Rodolffo: ela teme não conseguir engravidar... Por isso não quer operar.
Médico: ela não poderá engravidar de imediato, tem o repouso e um tratamento hormonal que será necessário, mas daqui a um ano, vocês poderão começar a tentar. Não é tanto tempo e ela poderá estar muito bem para gerar uma criança.
Rodolffo: eu vou conversar com ela.
Médico: se ela concordar, posso opera-la daqui a um mês. Mas peço que nesse tempo tenham muito cuidado com ela, nada de fazer força ou movimentos muito intensos, e vou prescrever um outro remédio anti- hemorrágico.
Rodolffo: eu vou convencê-la. Prometo.
Médico: conto com sua ajuda para ajudá-la nesse momento.
Rodolffo se despediu do médico e foi até a enfermaria que Juliette estava.
Chegando lá a encontrou conversando com sua mãe.
Rodolffo: oi amor... Como se sente? - falou se aproximando da cama.
Juliette: estou bem melhor amor.
Fátima: o quê o médico queria meu filho? Algo importante?
Rodolffo: queria conversar sobre a Julie...
Juliette: eu não quero operar amor. - ela falou com o rosto já entristecido.
Rodolffo: Julie, não se trata mais de querer. É a sua saúde. Não poderá adiar mais amor. - ele falou pegando em sua mão.
Juliette: mais eu não quero... não tem outro jeito?
Rodolffo: não. Mas nem tudo é mal. Será no próximo mês e até lá teremos tempo de acostumar com a ideia.
Juliette: mas tu não poderá ficar comigo.
Rodolffo: eu vou ver o quê posso fazer quanto a isso, o quê importa mesmo é que esteja bem e depois disso você ficará ótima. - ele falou alisando seus cabelos. - não temas meu amor. O médico me disse que a recuperação é rápida e que você continuará fértil.
Juliette: tu não está me enganando? - ela falou temerosa.
Rodolffo: jamais faria isso. Confie em mim e na medicina. Sua saúde é essencial meu amor.
Juliette: tudo bem... Eu aceito operar.
Juliette confiava mais em Rodolffo do que no médico, essa conversa foi necessária para convencê-la a cuidar de sua própria saúde.
Rodolffo ficou aliviado por ela ter aceitado, em seu coração ele sabia que até conseguiria se manter vivo sem gerar filhos, mas sem sua amada mulher ele jamais suportaria, não mais.
...
Continua.
