Capítulo 39: Novidades

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Juliette despertou primeiro que Rodolffo naquela manhã de domingo e isso se deu por que ela amanheceu com muitas cólicas menstruais.

Ela lentamente se levantou da cama sem o acordar e verificou se tinha em sua bolsa um absorvente por que ela andava com ciclos muito irregulares e as vezes a menstruação simplesmente vinha antes das datas programadas.

Indo ao banheiro, ela aproveitou para tomar um banho e fazer suas higienes. Quando ela retornou ao quarto Rodolffo já havia despertado.

Rodolffo: meu amor, levantou cedo... Tudo bem?

Juliette: só estou com umas cólicas chatinhas, mas já vou tomar remédio. - ela falou buscando seu medicamento que aliviava os sintomas.

Rodolffo: eu te machuquei Julie? - ele se preocupou.

Juliette: não... É que estou com os meus ciclos meio desregulados. Mas ando sempre prevenida.

Rodolffo: mas tem certeza que não é nada grave?

Juliette: certeza eu não tenho, mas espero que não seja.

Rodolffo: é bom ir ao médico. Com saúde não se brinca.

Juliette: eu sei.

Rodolffo: venha... Deite-se aqui de novo. Te faço carinho para tu melhorar.

Juliette se deitou ao lado do seu amado, recebeu seus afagos e muito cafuné. O efeito do remédio, junto aos carinhos fizeram ela novamente dormir.

Rodolffo tinha medo que sua amada sofresse com mais alguma coisa na vida. Ele não suportaria vê-la sofrer. No dia anterior ele ficou sabendo de dois fatos que a faria ficar bem triste.

O primeiro é que o convite recebido por ele, não foi um acaso ou enviado por brincadeira, Izabella revelou que sua mãe enviou com o intuito que ele voltasse. Mas por um lado, ele até agradecia por aquela iniciativa de sua mãe, apesar que ela fez algo baseado na mentira, isso lhe desagradava.

O segundo se tratava da novidade contada por Lourival. Ele nunca imaginou que ele enviaria as cartas e as mesmas seriam pegas pelo pai de Juliette. Isso era tão injusto. Ele não tinha esse direito e com certeza Juliette ficaria muito magoada. Ele tinha que usar as palavras certas para evitar que ela se sentisse mal, apesar que isso era praticamente impossível.

Rodolffo refletia em seus pensamentos quando ouviu o telefone de Juliette tocar dentro de sua bolsa.

Ele se levantou com cuidado e atendeu a ligação de Fátima.

Ligação em andamento...

Fátima: oi minha filha...

Rodolffo: sou eu dona Fátima. Juliette está comigo. Nesse momento está dormindo.

Fátima: bom dia meu filho. Ela está bem? - ela perguntou um pouco preocupada.

Rodolffo: está com cólicas, mas já tomou remédio.

Fátima: Rodolffo dê uns conselhos a Juliette... Essa menina não anda bem.

Rodolffo: como assim?

Fátima: Juliette vem sofrendo com constantes hemorragias e muita dor. Tem dia que ela não consegue nem levantar da cama. Mas ela acha isso muito normal.

Rodolffo: normal não é... Ela não era assim antes.

Fátima: não era mesmo. Minha filha é muito nova, mas se não se cuidar Deus a livre de uma coisa pior.

Rodolffo: vou conversar com ela dona Fátima. Obrigado por me avisar.

A chamada foi encerrada e ele ficou alarmado. Foram anos distante, será que Juliette tinha algo grave ou uma doença que os impedisse de realizar o sonho de gerarem filhos? 

Ele sabia que qualquer diagnóstico dessa natureza, deixaria sua mulher arrasada.

Juliette gemeu e encolheu o corpo sobre a cama e Rodolffo chegou próximo a ela.

Rodolffo: meu amor... Tu tá sentindo muita dor?

Juliette: vai passar... Eu só preciso dormir mais.

Ela estava meio grogue e ele pegou o remédio que ela havia tomado e percebeu que era um analgésico forte.   Ele não esperava por mais essa situação difícil. Aparentemente Juliette parecia tão saudável, mas as aparências enganam.

...

Continua.

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