Capítulo 37: Sem medos - 2

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Eles chegaram ao evento e Camila deu logo um jeito de sair pela tangente e deixar o casal a sós.

Camila: Juliette, eu vou ficar ali, não se preocupem comigo, tá bem?

Juliette: tu não vai ficar conosco? Mulher tu é muito traíra.

Camila se abraçou com Juliette e lhe disse no ouvido.

Camila: não tenha medo amiga. Olhe o jeito que esse homem olha pra ti. Te amo bichinha.

Juliette: tá amiga. Também te amo.

Camila: dancem muito forró. - ela disse ao se despedir.

Rodolffo: Camila continua doidinha como sempre.

Juliette: ela é sim. Eu pensei que ela ficaria com a gente.

Rodolffo: minha companhia não lhe é agradável? - ele disse fazendo graça.

Juliette: claro que é... Deixa de besteira.

Rodolffo: então vamos circular. Vem.

Rodolffo colocou seus dedos entrelaçados com os de Juliette e saíram pelo ambiente. Juntos viram a abertura do show, tomaram alguns drinks e também dançaram forró.

Juliette: essa música é tão linda.

A banda tocava um bom forró das antigas, com uma música chamada "A praia".

*Se puderem ouçam a música para entrar no clima do momento.

Rodolffo aconchegou sua parceira mais no seu corpo e eles dançaram aquela música mais lentos e colados. Ele desejou beijar os lábios da sua amada e suavemente levantou a sua cabeça, e lhe olhando nos olhos cantou um trecho da música.

Rodolffo: "que eu sonho em ser feliz e nos meus sonhos eu só vejo você".

Juliette fechou os olhos ao ouvir aquelas palavras e ele a beijou. Foi um beijo apaixonado e cheio de saudade.

Rodolffo: eu senti tanta falta disso. - ele falou acariciando o rosto dela.

Juliette: eu também senti tanta saudade.

Rodolffo: vamos sair um pouquinho daqui?

Juliette: vamos.

Eles saíram para um lugar mais afastado e trocaram mais alguns beijos apaixonados.

Juliette: eu nunca que imaginei que fosse te beijar de novo.

Rodolffo: eu digo o mesmo.

Rodolffo manteve Juliette abraçada ao seu corpo até sentir que ela beijava seu peito por cima da camisa. Ele não queria que ela parasse, mas seu corpo já a queria por demais, por mais que ele resistisse não seria por tanto tempo, então ele resolveu chamá-la para voltar para festa.

Rodolffo: vem Julie... as músicas estão ótimas agora.

Juliette segurou firme sua mão e impediu que ele seguisse.

Juliette: eu não quero voltar para a festa. - ela disse decidida.

Rodolffo: por que não?

Juliette: por que eu quero você. Eu quero nós dois. Desejo ser tua de novo.

Rodolffo se arrepiou por inteiro.

Juliette: não me diga que quero isso sozinha, não é isso que o seu corpo me diz. - ela havia sentido a sua ereção.

Rodolffo: eu te quero muito Julie, mas eu não sei o quê pode acontecer...

Juliette: tu nunca teve vergonha de mim. Eu te amo e te aceito. Sou eu, a sua pequena. Ainda estou aqui para ti.

Rodolffo não resistiria a essa mulher amorosa em sua frente, e ele nem queria resistir. A tomou em um novo beijo e por fim saíram da festa apressados rumo a pousada.

Respirações profundas e corações acelerados, aqueles eram os principais sintomas da ansiedade absurda que ambos sentiam pela anunciação do que iriam fazer naquele quarto. Eles se sentiam como adolescentes, como na primeira vez, tamanha era aquela expectativa.

Ao chegarem na pousada, foram ao quarto e trancaram a porta. Rodolffo se sentia com medo. Ele nunca mostrou a ninguém seu corpo pós as queimaduras. Umas cicatrizes eram normais como a das mãos, mas outras ele sentia muita vergonha por que a pele não se regenerou da melhor forma e Juliette percebeu a tensão no seu olhar.

Ela o abraçou por trás e beijou suas costas. Seu desejo maior era lhe trazer calma.

Rodolffo se virou para ela e lhe disse sincero.

Rodolffo: amor... Eu não sei se vou conseguir.

Juliette: tu confia em mim?

Rodolffo: claro que confio.

Juliette: então não precisa ter medo. Eu não sou a sociedade julgadora, eu sou a sua Julie que te ama e que te quer... Cicatrizes não significam nada, principalmente se comparado a tudo que eu sinto por ti.

Rodolffo beijou os lábios de sua amada e começou a missão de amá-la assim como de despi-la.

..

Continua.

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