Capítulo 80: O verdadeiro amor

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Juliette deu de mamar aos seus gêmeos e Rodolffo estava emocionado ao seu lado.

Rodolffo: estou tão feliz... só tenho a lamentar por meu pai não conhecer os netinhos dele.

Juliette: eu queria te falar sobre isso...

Rodolffo: como assim?

Juliette: eu sei que está triste, mas seu pai será sempre eterno meu amor. Quem amamos nunca morre de verdade, apenas parte antes da gente.

Rodolffo: é verdade... Mas ele faz tanta falta. Nunca vou superar a sua ausência.

Juliette: não precisa superar... O amor a um ente querido é insuperável. Sempre será amor, até depois do fim.

Rodolffo: já pensou no nome da nossa pequena?

Juliette: já sim. Pode ser uma homenagem a mim que gerei sem saber um bebê extra. - eles sorriram. - também a teu pai que já não está mais entre nós em forma física.

Rodolffo: e qual o nome escolhido?

Juliette: Júlia. Nossos gêmeos se chamarão Miguel e Júlia.

Rodolffo: perfeito. São lindos nomes. Obrigada por ser tudo para mim Julie. Vocês três são a força e a razão de minha existência.

...

Dois anos depois.

- Mamãe... Eu quelo. - falava o pequeno Miguel.

- também quelo mamãe. - disse Júlia.

Juliette: mamãe dá... um instante.

Os gêmeos estavam se agarrando nas pernas da mãe querendo que ela comprasse um sorvete.

Rodolffo: só tomam sorvete se beberem água de coco. - exclamou o pai.

Júlia: não quer papai. - disse cruzando os braços.

Miguel: eu quelo.

Rodolffo: pronto. Só Miguel vai tomar sorvete dona Júlia.

Júlia abriu o choro.

Juliette a pegou no braço.

Juliette: mamãe toma a água de coco contigo amor. É bom filha. Tome um pouco com a mamãe, se não papai não te dá sorvete.

Ela continuou chorando baixo.

Juliette: Rodolffo... - deu um olhar com os olhos estreitos para ele.

Rodolffo: eles passaram o dia comendo porcaria. Pelo menos uma água de coco Julie.

Não é fácil educar crianças e duas numa única vez era mais difícil ainda, Juliette e Rodolffo sabiam bem disso.

Juliette: Júlia é geniosa.

Rodolffo: ela tem um pouco a quem puxar... - disse rindo de Juliette.

Juliette: Miguel é tão tranquilo. Cada dia mais sei quem me chutava tanto. Com certeza era ela.

Rodolffo: agora até hoje eu fico em choque de não terem visto a menina na ultrassom. Por isso o Túlio dizia que o bebê era enorme. Meu Deus.

Juliette: mas tu sabe que também não consegui, devido as condições financeiras, fazer as duas últimas ultrassonografias. Não reclamo da nossa surpresa. Foi como tinha de ser. E eu amo minha menininha emburrada.

Rodolffo: estão fazendo castelo de areia.

Juliette: até ela começar a puxar os cabelos do Miguel e vivermos outro caos.

Eles gargalharam e os gêmeos ouviram e vinheram correndo.

Júlia sentou-se no colo do pai e Miguel no colo da mãe.

Rodolffo: que fez ali princesa do papai?

Júlia: casa de plincesa.

Juliette: e tu meu príncipe?

Miguel: também fiz casa de plincesa.

Juliette: lindos de mamãe. Trabalhando juntos. Vem cá Júlia.

As crianças sentaram-se uma de cada. lado do colo de Juliette. Rodolffo sentou atrás da esposa e amparou o peso dela e das crianças no seu peito. Juliette sentiu todo o amor te cercar.

Juliette: vocês são tudo para mim. Eu os amo muito. - disse sentindo os braços do marido envolvendo o seu corpo.

Rodolffo: também te amamos minha Julie. - disse depositando um beijo no alto da cabeça de sua esposa.

O quarteto ficou a contemplar o mar no fim daquela tarde que foi amena.

Havia amor e paz. Era tempo de estabilidade e de crescimento, e aquela família estava com todos os ingredientes para isso. O amor era sem dúvidas o item principal.

" Família é amor; é união; é alegria. Quem tem uma família em harmonia tem Deus habitando o próprio lar. Tem bençãos; tem paz; tem apoio e forças para superações. Viva o amor da fraternidade!" - Jared Hassan.

Fim.

Nota da autora:

Essa história é acima de qualquer coisa, um conto de superação, de família e de amor. Obrigada a todos que chegaram até aqui.

Escrever sobre todas as temáticas aqui abordadas foi muito gratificante para mim. O amor cura e nunca vou me cansar de dizer isso.

Também nesse conto trago mais uma característica que quase sempre coloco em minhas histórias: o quê é teu chegará até você, não importa quando, mas se for da vontade de Deus chegará. Então, não é necessário desespero, tudo virá como tiver de vir e se não vinher, foi livramento.

Nessa história vimos um casal unido pelo amor, separado por fatalidades e por ambição, porém novamente unido pelo amor. Foi incrível escrever sobre eles nessa perspectiva. ❤️🥰 Um xêro.

O conviteOnde histórias criam vida. Descubra agora