Capítulo 42: Quando há amor

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Depois de ouvir tudo que Rodolffo lhe disse Juliette se sentiu extremamente arrasada. Nunca passou por sua cabeça que seu pai lhe faria tamanho mal. Mas ele fez e ela só sentia dor.

Ela resolveu que era hora de voltar para casa e encarar seu pai. Rodolffo também resolveu visitar os seus e assim seguiram rumo aquela rua onde suas famílias moravam.

Juliette desceu em frente a sua casa e se despediu do namorado com um beijo rápido em seus lábios.

Rodolffo: se cuida amor. Não se estresse, pode te fazer mal.

Juliette: te digo o mesmo. Qualquer coisa eu te ligo.

Rodolffo: tá bom. Te amo.

Juliette: te amo.

Juliette entrou em casa e Rodolffo acompanhou com os olhos sua entrada em casa, só saindo dali quando a viu fechando o portão.

...

Ao entrar em casa Juliette deu de cara com seu pai sentado a mesa junto com sua mãe. Eles não faziam nenhuma refeição, pareciam que estavam em reunião.

Ela lhes deu bom dia e tomou a benção, em seguida já ia rumo ao seu quarto. Quando Lourival chama sua atenção.

Lourival: tá vendo Fátima, foi só esse cabra voltar que ela já se amigou com ele e esqueceu de dá o mínimo de satisfação.

No fundo Juliette não queria começar uma discussão ali, ela se sentia doente e igualmente triste, mas seu pai não estava satisfeito.

Lourival: tu ainda mora aqui Juliette, tem que ao menos dá satisfação.

Juliette: e o quê o senhor entende sobre satisfação meu pai, me diga? Por que nunca imaginei que o senhor fosse pegar as cartas a mim destinadas e esconder para que eu não tivesse direito de ler o quê tinha nelas. Até onde lembro, isso está no seu ensinamento principal: seja pobre mas seja honesto. Por que foi tão desonesto assim comigo, me diga?

Fátima não sabia desse fato e ficou chocada.

Fátima: tu fez isso Lourival?

Lourival: fiz para o teu bem Juliette. Eu queria que você esquecesse desse moleque manipulado e que não era homem para você.

Juliette: ele não é moleque. Rodolffo desde muito jovem tem responsabilidade e muito compromisso, ele nunca foi um moleque.

Lourival: e por que se deixou levar pelo pai? Estou vendo que ele está lá na casa deles... Você sabe o fim dessa história, não é? Vão fazer a cabeça dele contra você de novo e ele vai te abandonar uma vez mais.

Juliette: ele não vai me abandonar e eu também não vou abandoná-lo. Quero avisar a vocês que daqui uma semana, estou indo para João Pessoa, vou morar com Rodolffo lá.

Fátima: minha filha... Mas tu vai fazer uma coisa dessas? Juliette, vocês precisam casar primeiro.

Lourival: Fátima, deixa ela ir. Assim quem sabe ela aprende.

Juliette: não me deseje mal pai... Eu já sofri tanto. - ela pediu quase sem forças de falar.

Lourival: espero que ele te faça realmente feliz, mas se não, ele já está avisado.

Fátima: minha filha, não se vá agora. Todo mundo vai falar. - ela disse preocupada.

Lourival: eu não me importo que ela vá. Veja que ela não está nem aí para o quê o povo fala Fátima. Ou tu acha que ela foi dormir com ele para ficarem se olhando? Não seja inocente.

Juliette: eu não ligo mesmo. As pessoas não conhecem o nosso sentimento, isso inclui o senhor pai. Que nunca respeitou nós dois.

Juliette seguiu seu caminho até o quarto e não quis mais conversas. Chegando lá, ela fechou a porta e sentiu uma dor mais forte na região pélvica, ela sentiu um líquido quente em sua perna e percebeu que o fluxo havia aumentado muito, isso a deixou ainda mais preocupada.

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