Capítulo 30: O real reencontro

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...

Juliette estava estática e sem saber se aquele homem a sua frente era quem ela pensava que era.

Ela ficou de pé e olhou bem para ele. Mesmo com a barba, o corte de cabelo diferente e estando bem mais forte que antes, ela não estava louca, era ele.

Juliette: Rodolffo...

Rodolffo: sim. - ele disse a admirando e vendo o quanto ela estava linda.

Juliette sentiu as pernas tremerem e a vista ficar turva, era uma emoção grande demais para aquele coração sofredor. Ela ia desmaiar.

Rodolffo viu seu amor desfalecendo e a pegou nos braços.

Rodolffo: Juliette... Por favor... Fale comigo. - ele falava enquanto a amparava nos braços, mas ela não reagia.

Ele a colocou nos braços e  imediatamente a levou para o carro. Se fosse necessário a levaria para um hospital. Ela era uma mulher pequena, ele teve algumas dificuldades, mas conseguiu colocá-la no banco.

Rodolffo: Juliette, por Deus, acorde.

Ela não dava nenhum sinal. Ele verificou pulso e a respiração. Ela estava viva mas ele tinha que ser rápido. Afinal ela teve um susto muito grande.

A ajeitou no banco e seguiu para o hospital. A sorte que não era tão longe.

Ele deu entrada com ela na emergência e ela permanecia na mesma, desacordada.

Enfermeira: o quê causou o desmaio?

Rodolffo: um susto.

Enfermeira: ela bateu a cabeça?

Rodolffo: não, eu consegui impedir a queda.

Enfermeira: deita ela aqui. O médico precisa examiná-la.

Ela foi levada de maca para o atendimento e ele ficou na sala de espera pedindo a Deus que nada demais tivesse havido. Seu coração estava aflito.

Depois de 30 minutos, as enfermeiras perguntaram o quê ele era dela e ele respondeu que era amigo. Então o informaram que ela havia acordado.

Rodolffo foi até a enfermaria que ela estava e ali a encontrou sozinha, com os olhos fitos no teto.

Rodolffo: você está bem?

Juliette: estou. - ela secou uma lágrima.

Rodolffo: Julie... - ele tocou na mão dela.

Juliette: por quê? - ela lhe perguntou.

Rodolffo: me perdoe. - ele pediu. - eu posso te explicar tudo, mas não agora. Tu precisa descansar, ficar boa, por isso está em observação.

Juliette: eu esperei tanto por uma carta... Por qualquer coisa. - ela disse com a voz calma e embargada.

Rodolffo: Julie, eu te enviei várias cartas. Mas tu nunca me respondeu.

Juliette: eu nunca recebi carta nenhuma. Eu te juro que não recebi.

Rodolffo sentiu o coração doer. Ele foi mais prejudicado do que podia imaginar. Até os Correios foram contra ele.

Rodolffo: mas eu mandei notícias para minha mãe.

Juliette: eu não falo com tua mãe. Depois que tu foi embora, cortamos as relações.

Rodolffo já sabia por Izabella que elas não se falavam, mas não julgou que fosse algo de logo.

Rodolffo: eu devia ter te ouvido. Juliette a vida foi muito dura em São Paulo.

Juliette: mas tu está bem diferente. - ela falou lhe olhando e admirando o quanto ele estava bonito e distinto.

Rodolffo: tu também está e ainda mais bonita. - ele acariciou o rosto da linda mulher.

Juliette viu as cicatrizes em suas mãos e aquilo lhe deixou assustada.

Juliette: o quê aconteceu com sua mão?

Rodolffo: Julie... Primeiro fique bem. Não vou te falar tudo de uma vez, mas se tu estiver disposta a me ouvir eu vou te contar tudo. Mas agora descansa.

Juliette: eu quero te ouvir. - ela falou pegando em sua mão.

Rodolffo: tudo bem. Agora só tenta ficar quietinha. Dorme um pouco. - ele deu um beijo em sua testa e Juliette fechou os olhos.

Ela queria dormir e ver se estava sonhando ou não. Juliette ainda não acreditava que era real, então talvez quando acordasse ela tivesse a plena certeza de que a sua saudade não lhe trouxe Rodolffo para sua vida.

...



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