Capítulo 18: Reencontro e inquietação

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Ao fim do dia Juliette, Izabella e Rodolffo voltaram para Campina Grande, sua irmã comeu um monte de bobagens pelo caminho, se aproveitando com vontade de seu irmão. Ele não podia lhe dizer não, afinal concordou com isso para a guarda do seu segredo.

Eles desceram próximo de casa e Izabella apertou o passo com saudade da mãe.

Juliette: será que ela não vai falar?

Rodolffo: não. Ela é boa com segredos.

Juliette: sinto que vamos demorar muito para repetir a dose. Vou sentir saudades. - ela disse sem nenhuma vergonha.

Rodolffo: não sei... Qualquer dia desses eu te sequestro e repetimos a dose. - ele falou lhe dando um selinho.

Juliette: talvez essa semana eu fique sozinha em casa, eu te aviso.

Rodolffo: mas na sua casa é muito arriscado... Você está muito aventureira Julie.

Juliette: eu só te quero demais. Até amanhã meu amor.

Rodolffo: até amor.

Eles se despediram e cada um foi para sua casa.

...

Juliette chegou em casa e não achou ninguém ali. Então foi direto para o seu quarto e ficou sonhando acordada com tudo que viveu na noite anterior. A descoberta do sexo era um marco e ela nunca mais esqueceria tal momento.

Ela se sentia feliz e amada. Seu namorado era um grande homem e ela o amava muito. Nunca imaginou que uma simples viagem a levaria para uma terra que ela jamais havia pisado, a terra do prazer.

...

Rodolffo chegou em casa e sua mãe estava com Izabella na cozinha. A irmã falava sem parar mas aí vê-lo entrar em casa se calou.

Vera olhava com um olhar severo para Rodolffo e aquilo o deixou ansioso.

Rodolffo: o quê foi mãe?

Vera: sua irmã já voltou me tirando o juízo.

Rodolffo: com o quê Izabella?

Vera: ela quer comer pamonha, mas eu não tenho tempo de ir comprar. Eu tenho que terminar uns materiais para o planejamento de amanhã. Estou super atrasada.

Izabella: compra pra mim irmão, por favor.

Ele sabia que sua irmã o estava extorquindo com as mais variadas comidas existentes. Ele pensava onde essa menina guardava tanta comida, mas resolveu relevar, afinal ele precisava que ela continuasse o combinado.

Rodolffo: tudo bem... Eu vou comprar para ela mãe, afinal para todos nós. Eu não demoro.

Ele colocou a mochila sobre o sofá e saiu rumo a um mercadinho que vendia as pamonhas que sua irmã tanto amava.

Caminhando sozinho pela rua Rodolffo se sentia fantástico. Ele estava feliz demais e aquilo o tornava plenamente satisfeito com a vida. Os problemas iriam ser superados e quem sabe no próximo ano ele casaria com o grande amor e mulher de sua vida.

Em 15 minutos ele chegou no mercadinho e pediu três pamonhas e aproveitou para comprar mais algumas coisas que sua família gostava de comer. Ele era assim, vivia a ajudar seus pais com tudo, de alimentação, a contas gerais, e principalmente com a saúde de seu pai que inspirava cuidados.

Rodolffo estava a escolher suas compras e sentiu alguém tocar suas costas. Ele se virou automaticamente e nem pode crer em quem seus olhos viam.

Rodolffo: Clarice... - ele engoliu no seco.

Clarice: oi Rodolffo, quanto tempo.

Rodolffo: tudo bem? - ele tentou ser educado.

Clarice: eu tô bem e tu? Faz tanto tempo que não nos vemos.

Rodolffo: eu tô bem, graças a Deus.

Clarice: tu está tão bonito. - ela disse olhando para ele de cima abaixo. - um homão.

Rodolffo ficou em silêncio e logo respondeu.

Rodolffo: Clarice, eu tenho que ir... Já estou atrasado.

Clarice: quando podemos nos ver de novo? Hoje estou sozinha em casa, acho que tu ainda sabe onde é, não é? - ela falava de forma insinuante.

Rodolffo: não posso te ver Clarice.

Clarice: por que amor? Foi tão gostoso.

Rodolffo: aquilo foi muito errado e eu não sabia de nada. Foi estranho.

Clarice: eu não achei isso não. Tu aprendeu em minutos querido, e deixa eu te falar, já peguei experimentes que não me fizeram gozar.

Rodolffo: e eu fiz?

Clarice: sim amor... E como fez. - ela falou mordendo o lábio inferior.

Rodolffo achou aquilo indecente demais e ela parecia não se importar.

Rodolffo: eu não posso Clarice. Eu estou namorando.

Clarice: eu não sou ciumenta. - falou tocando em seu peito.

Rodolffo: eu tenho que ir Clarice. Tchau.

Rodolffo pegou suas compras e partiu na velocidade da luz para casa. Ele só precisava esquecer que tinha encontrado aquela mulher. Ela era uma tentação e ficar longe dela era o melhor para sua vida em todos os casos. Um fato sobre Clarice é que ela despertava nele, o desejo feroz e isso era mal, por causa disso ele fez o quê fez com ela, foi algo de instinto e não tinha nada a ver com amor.

Seu coração era de Juliette e ele nunca poderia ser desonesto com ela. A noite passada foi a mais linda de sua vida e nada no mundo superaria aquilo. Nenhuma mulher no mundo ofertaria a ele aquele amor tão puro e genuíno.

Ao entrar no seu quarto ele se deitou em sua cama. Desejou não lembrar mais de nada que viveu com Clarice, nem os bons ou maus momentos. Ela estava enterrada, era um erro tudo aquilo e ele só queria se libertar definitivamente daquele peso que carregava. Agora só guardaria lembranças das noites de amor com Juliette.

...

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