Capítulo 49: Sendo franco

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Ao fechar a porta Juliette se virou para Rodolffo.

Juliette: Rodolffo... Por que foi tão frio com a Thaís? Eu pensei que ela fosse sua amiga.

Rodolffo: Julie... Minha amiga é você, minha irmã e só. Eu não acho a Thaís mal pessoa, mas não somos melhores amigos. Na verdade, eu não gostei dela ter vindo aqui sem avisar. - ele estava sendo sincero.

Juliette: mas eu gostei dela... Acho que podemos ser amigas.

Rodolffo: Thaís não é como a Camila meu amor. Ela é bem diferente.

Juliette: oxe... Mas todas as minhas amigas são diferentes, ninguém é igual a ninguém.

Rodolffo: porém, vocês tem os mesmos valores e a essência parecida. Thaís já não é do mesmo modo. Ela é muito moderna e muito desapegada.

Juliette: como tu sabe disso?

Rodolffo: ouço falar.

Juliette: ela é casada ou namora?

Rodolffo: nem um e nem outro. Thaís não liga para essas coisas, ela mesma já falou.

Juliette sentou-se e refletiu. Será que...

Juliette: Rodolffo, tu e ela já tiveram alguma coisa?

Rodolffo: não... Te juro que não. Apesar que houve uma época que a galera dizia que ela ficava de olhos espichado para mim. Mas eu nunca dei corda nem a eles e nem a ela.

Juliette ficou pensativa e em silêncio. Talvez ela não estava esperando por aquela informação.

Juliette: talvez isso era só movimento do povo.

Rodolffo: bem... Eu nunca busquei saber se era ou não. Nunca me interessou.

Juliette: mas tu nunca teve vontade de ter ninguém depois de mim?

Rodolffo: de verdade? Não! Eu sentia uma dor tão grande. Um medo do desprezo e eu sempre fui consciente que minhas cicatrizes poderiam chocar uma mulher. Isso sempre mexeu muito comigo.

Juliette: amor... Isso não é real. Nunca foi. Eu não acho tu menos homem por causa delas. É só algo que tu colocou na sua cabeça. - ela falou alisando seu peito.

Rodolffo: Julie com você é diferente. Tu tem sentimento por mim... Mas as outras não tem. O quê diriam? Teriam pena? Eu vi que tu quase chorou na minha frente.

Juliette: me perdoa. Mas é que eu te conheci perfeito. Não foi pelas cicatrizes que fiquei triste, foi pela sua dor.

Rodolffo: eu sei. - ele a apertou mais. Por mais que eu tente me conformar, no fundo eu sei que nunca vou. Fiz quatro cirurgias para enxertar tecido onde não tinha, mesmo assim, ainda não ficou perfeito. Minha coxa esquerda ficou tão prejudicada na época que eu mal conseguia levantar. Os médicos disseram que jogaram um líquido inflamável em mim. Queriam me matar e foi por tão pouco que eu não morri.

Juliette: eu louvo a Deus por sua vida. Por você ter saúde e ter ficado bem. Suas cicatrizes também são minhas... Acredite.

Rodolffo: eu sei amor. Só o teu amor é capaz de curar tudo e a única mulher que eu desejo que me toque é você, nenhuma mais. 

Juliette: eu também só desejo a ti meu amor.

Rodolffo a enlaçou num beijo e desceu as mãos por suas costas, prendendo em seguida sua mão na nuca da sua amada.

Rodolffo: agora é a minha vez de te dá prazer.

Ele a levou até a cama, calmamente tirou toda a roupa de Juliette e deu início a ritos de prazer em seu corpo. Ela se prendia aos cabelos negros dele enquanto desejava que ele permanecesse no ritmo constante e a fizesse ter um orgasmo. Não tardou para que isso acontecesse e ele a olhou se deliciando com o ato.

Juliette não queria apenas aquele contato, ela desejava muito mais. Colou seu corpo ainda mais ao dele no momento em que ele veio beijar sua boca, o girou na cama e colocou por cima dele.

Juliette: não aceito não como resposta. - ela disse colocando um dedo sobre seus lábios. - tu sabe que independente de fazermos sexo ou não, o quê eu tenho nem irá piorar ou melhorar. Minha condição não está ligada a isso.

Rodolffo: mas da outra vez você teve todo aquele problema.

Juliette: já te falei que o médico me disse que não foi por que fizemos amor... Não tem relação. Por favor...

Rodolffo: não precisa me pedir por favor... Não é um favor... É uma satisfação. Eu te amo tanto.

Juliette lhe calou com um beijo e ele correspondeu a abraçando e girando para ficar sobre ela de novo.

Rodolffo: se você sentir dor, promete que pede para que eu pare?

Juliette: eu prometo.

Então ao ouvir essas palavras, ele beijou novamente sua noiva e se posicionou para estar conectado a ela de novo. Como Rodolffo sonhava com aquilo de novo... Era um prazer indescritível tê-la novamente unida a si, sentir aquela respiração rápida e seus gemidos ao pé do ouvido, era de enlouquecer de amor. Não demorou para que eles explodissem num orgasmo forte e poderoso.

Ele beijou suavemente a boca de sua mulher e ela lhe sorriu.

Juliette: eu nunca quero te perder... Nunca Rodolffo.

Rodolffo: não vai me me perder. Nem se você quisesse. Eu sou totalmente teu Julie, para sempre.

Eles se aninharam na cama e por fim, Juliette adormeceu nos braços de Rodolffo que lhe fazia carinho na cabeça. Ela era preciosa demais para ele. Uma jóia rara, jamais encontrada, era como Rodolffo a vê.

...


Continua.



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