Capítulo 67: Passei a noite no forró - 2

199 38 9
                                    

O primeiro que acordou no dia seguinte foi Rodolffo, ele tinha o privilégio de ver o lindo rosto de sua amada e se deliciar com todas as maravilhas que o seu amor lhe proporcionava.

Ele acariciou os contornos do rosto de Juliette e pensou que amaria ter um filho com aqueles belos traços. Ela tinha uma beleza que iluminava tudo, era perfeita.

Juliette sentiu o toque de seu marido no rosto e despertou. Sorrindo como sempre.

Juliette: bom dia... - ela disse com voz de sono.

Rodolffo: bom dia minha linda esposa. Como está princesa?

Juliette: eu tô ótima... E tu como está? - ela falava enquanto o analisava.

Rodolffo: eu estou tão feliz. Tão feliz. Acho que nunca me senti tão bem como agora.

Juliette: tem um motivo para tanto?

Rodolffo: não só um, mas alguns. Finalmente estamos casados, temos nosso apartamento, temos planos lindos, estamos convivendo bem com nossa família e... - ele fez uma longa pausa e olhou profundamente para Juliette.

Juliette: e? O quê mais?

Rodolffo: e eu sinto que tudo que passou ficou para trás. Eu me sinto livre Julie. Livre de tudo que me causava dor e sofrimento. Por anos eu vivi triste e amargurado, me sentindo mal por tantos motivos, baixa autoestima e sensação de fracasso.

Juliette: ôh meu amor... - ela falou alisando seu rosto.

Rodolffo: eu tentava me enganar... Fingindo que tudo estava bem e que eu era um homem superado, mas eu não era nada disso. Me sentia sozinho... Não tinha nenhuma expectativa na vida, tudo tinha morrido e parece que nada que fizesse completaria o vazio. Eu tinha vergonha de mim mesmo e das minhas marcas. Amigos meus diziam que era besteira, mas não era, nunca foi e não é fácil conviver, por mais que pareça ser. Óbvio que vestido as pessoas não vêem nada, mas eu não tinha coragem de nem sequer cogitar uma mulher me vendo de outra forma.

Juliette: isso é excelente...

Rodolffo: Juliette... Estou falando sério.

Juliette: oxente... Eu também. Falo seríssimo.

Rodolffo: tu tem ciúmes é?

Juliette: claro que eu tenho. É mais claro que água cristalina que eu morro de ciúmes de tu.

Rodolffo: não precisa ter ciúmes de mim... Não tem nem cabimento um negócio desses... Eu...

Juliette: por favor... Não se diminua. Tu é meu, mas é maravilhoso e muito lindo, cheiroso, gostoso. Que sorte a minha ter você e digo mais, muitas mulheres não se importariam com suas cicatrizes... Por isso eu tenho ciúmes e não me peça para não ter, eu bem que vejo olhares para o seu lado, visse.

Rodolffo: hum... Que mulher braba eu fui arrumar.

Rodolffo deu um beijo em Juliette e se deitou por cima dela, aprofundando as carícias.

Juliette: amor... Eu sei que tu ama fazer amor matinal, mas não estamos em casa. - ela falou cochichando.

Rodolffo: é só a gente não fazer barulho. - ele falou entre beijos.

Juliette: homi... Que fogo é esse? Ai... Não! - ela falou derretida.

Eles fizeram amor de forma mais calma e contida. Mas terminaram satisfeitos.

Juliette: saia tu primeiro. Precisamos ao menos disfarçar.

Rodolffo: se é pra disfarçar, bem eu não sou o mais indicado. - ele disse rindo de si mesmo.

Juliette: ah... - ela disse suspirando e olhando para a ereção que ainda existia ali. - Tem que ser eu... E se eu encontrar tua mãe ou teu pai no corredor até o banheiro?

Rodolffo: haja naturalmente amor. Não precisa explicar nada, é só fazer de conta que não aconteceu nada.

Juliette: mas eles te ouviram ontem? Não se lembra escandaloso?

Rodolffo: Julie... Vamos nos libertar disso. Não somos mais um casal de adolescentes. E é evidente que as pessoas sabem que temos uma vida sexual. Então, não se culpe e não se preocupe.

Juliette: eu sei que sabem. Eles sabem desde sempre inclusive.

Rodolffo: como assim?

Juliette: sua mãe soube da minha possível suspeita de gravidez no passado. Sabia com seu pai dos nossos encontros no meu quarto. Enfim... No fundo é uma grande besteira minha, eles sempre souberam da nossa vida muito mais do que pensamos.

Rodolffo: eu desconfiava. Meu pai, as vezes queria me dá uns conselhos, mas eu tinha vergonha de falar isso com ele... Mas antes que tu pense que eram conselhos ruins, não eram. Eram até bem bons.

Juliette: hum... Tu nunca me contou isso.

Rodolffo: amor, eu não lembrava de contar tudo.

Juliette: tá bem. Vou tomar banho. Estou precisando.

Juliette saiu e Rodolffo parou para pensar em como a vida era boa e fantástica. Tudo estava do jeito que ele sempre sonhou e se ele trabalhasse direitinho, com certeza no próximo São João eles já seriam três. Era isso que seu coração queria agora, um filho fruto desse amor tão bom e puro. Mas isso não poderia se tornar um problema se não acontecesse, porém é excelente viver o processo de tentativas.

...

Continua.

O conviteOnde histórias criam vida. Descubra agora