Dias atuais... 2013.
Hoje aos 25 anos Rodolffo vivia uma vida solitária em seu trabalho na capital paulista. Ele sentia muita saudade de casa e de tudo que viveu em sua terra. Ele tinha muita falta do cheiro da Paraíba.
Uma juventude dedicada ao trabalho árduo em uma montadora de veículos, lhe fez abdicar de muitas coisas e também ele não tinha como se dá ao prazer de ter luxos, seu pai nunca conseguiu se recuperar da sua enfermidade e nunca mais conseguiu ser ativo ao trabalho. Sua irmã agora ajudava sua mãe, mas ele fazia questão de continuar ajudando sua família. Era seu dever e obrigação.
As noites frias lhe deixavam mais mais saudoso e triste. Ele não teve boa sorte e aquilo feriu sua alma. Ele havia sido tão feliz que acreditava que nunca mais se sentiria daquela forma. Ele perdeu a chance de ser feliz, não por que ele quis, mas porque a vida o obrigou.
Hoje a noite estava sendo difícil. Ele podia sentir o cheiro do cabelo da mulher que tanto amou a vida inteira. Podia sentir a maciez de seus lábios ao dele e até às sensações que seu corpo sentia ao amá-la. Tudo era tristeza no seu íntimo. Ela iria casar mas não seria com ele... Ela teria filhos, mas ele não seria o pai. Era muito doloroso tudo aquilo.
Ele resolveu dormir e tentar dissipar esses pensamentos de sua mente. Mas ela também vagava sobre os seus sonhos.
No sonho eles estavam na praia...
" Juliette: Rodolffo... Podem nos ver.
Rodolffo: você rouba minha sanidade.
Juliette: vamos pra lá.
Juliette saiu o puxando e eles se descansam num enorme banco de areia.
Juliette: eu senti muita saudade. - ela disse triste.
Rodolffo: eu também sinto muita saudade.
Juliette: por que tu nunca voltou? Tu prometeu que vinha me buscar.
Rodolffo: não foi por que eu quis. Te juro. Eu só não tive dinheiro. Julie eu nunca ia te abandonar.
Juliette chorou.
Juliette: não me enviou nada se explicando. Simplesmente sumiu da minha vida. Eu te esperei por dois anos Rodolffo, dois anos... - ela se levanta.
Rodolffo: mas agora estamos juntos de novo.
Juliette: não... Não estamos. Eu não te perdôo pela dor que me causou.
Rodolffo sentiu toda a dor daquelas palavras.
Ela caminhou para longe dele e entrou no mar. Como uma sereia linda, ela sumiu.
Rodolffo se pôs a chamá-la mas não houve uma resposta sequer. Juliette havia partido para sempre. Ele chorou inconsolável."
Despertar chorando daquele sonho terrível foi o quê restou a ele naquela noite gelada. Ele pensou que aquilo foi um sinal. Ele era mesmo um fraco e um homem sem palavra. Mas ele optou por salvar a vida do pai nesse tempo, eram exames e tratamentos. Ele trocou um amor pelo outro e sempre que se faz isso, alguém sai perdendo e ele perdeu a mulher e amor de sua vida.
Seu coração inquieto não o deixou dormir mais, ele pensou que viajar a Paraíba seria a melhor opção. Ele pode ainda viver a sua história com ela... Ainda é possível impedir esse casamento.
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