Capítulo 14: A viagem - 1

253 47 11
                                    

A viagem de Rodolffo, Juliette e Izabella até a estação serrana foi tranquila apesar de demorada. Eles viajaram ainda na madrugada e no início da manhã chegaram a estação de turismo ecológico.

Era um lugar lindo, Juliette e Izabella ficaram encantadas. E logo foram conhecer seu quarto. As meninas ficariam juntas e Rodolffo no quarto ao lado.

Izabella: eu não vou deixar vocês beijarem... Aviso logo.

Juliette só ria da sua pequena cunhada. Ela ainda era uma criança e ainda tinha 11 anos.

Izabella: brincadeira... Eu gosto de você Juliette. Meu irmão também, isso você já sabe. - falava pelos cotovelos a simpática menina.

Juliette: eu também gosto muito de você Belinha. Eu te vi nascer. Te peguei no colo e seu irmão te ama muito.

Izabella: ele briga comigo. Não me ama nada.

Juliette: ama sim... Não pense assim.

Izabella e Juliette tiveram uma conversa sobre o amor fraternal e depois foram ao encontro de Rodolffo.

Ele já as esperava para o primeiro passeio do dia, que era trilha sobre a serra. Era uma viagem cansativa e ele era ciente, mas a vista de lá era magnífica. Compensava todo o sacrifício.

Eles seguiram junto com o guia e dentro de duas horas chegaram ao cume.

Izabella estava toda emocionada e não parava de falar, se afastando um pouco do casal que aproveitou a primeira oportunidade para se beijar.

Juliette: ela não quer que a gente beije. - falou rindo.

Rodolffo: vai ficar querendo.

Juliette: acho que vou dormir cedo hoje.

Rodolffo: Bella dorme cedo. Quando ela dormir eu quero que a gente curta um pouquinho.

Juliette: curtir, como assim?

Rodolffo: meu quarto tem uma varanda, podemos conversar e olhar as estrelas, também beijar e matar a saudade. Foi duro esses dias longe de você meu amor.

Juliette: realmente foi difícil. Me senti muito sozinha sem você.

Rodolffo: então aceita?

Juliette: aceito.

Rodolffo: assim que ela dormir, você vem para o meu quarto, depois volta para o de vocês.

Juliette: tudo bem.

O dia passou rápido e Izabella se divertiu muito com sua cunhada. Ela era uma menina muito enérgica e feliz. E isso era contagioso aos que estavam próximos. Juliette amava aquela pequena, assim como Rodolffo também.

Depois de um bom banho, os três foram jantar. Rodolffo olhava muito intensamente para Juliette naquela tarde, ele a julgava mais linda do que nunca, mas não sabia que deixava assim sua namorada encabulada.

Juliette gostava daquele jeito dele de lhe olhar, mas aí vinha na mente o relato de sua amiga : "tudo começa com os olhares diferentes, depois virão os beijos quentes, as mãos bobas, e logo vocês ficarão nus". Juliette fantasiava sua primeira vez na cabeça, mas também lembrava de um detalhe importante, sua amiga lhe falou que o sexo era muito dolorido e aquilo lhe causava um medo absurdo. Juliette temia pela dor, mas também desejava viver aquilo com seu amor. Era uma mistura de sentimentos complicada e ao mesmo tempo simples, por que sua amiga disse que o ideal era fazer com quem se gosta, com quem se sente a vontade e que te faça relaxar.

Essa noite ela havia combinado com ele um encontro noturno após sua cunhada dormir e isso tudo seria no quarto do seu namorado. Eles nunca estiveram tão íntimos, nunca puderam estar a sós entre quatro paredes, era a primeira vez depois de um ano de namoro que viveriam tal experiência.

Ela confiava em Rodolffo e óbvio que ele nunca a obrigaria a fazer nada que ela não queira, mas por que ela sentia medo? Era algo que ela não conseguia entender.

Ao anoitecer, as meninas voltaram ao quarto, mas antes de ir, Rodolffo lhe disse ao pé do ouvido: "Julie, eu te espero, mais tarde". Ela sorriu e confirmou com a cabeça.

Assim que Izabella dormisse, ela encontraria seu namorado.

...

Continua.

O conviteOnde histórias criam vida. Descubra agora