Capítulo 50: A cirurgia - 1

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A madrugada de sexta-feira começou cedo. Era 3 horas da manhã quando Juliette despertou e começou a se arrumar para pegar um carro que a levaria a Campina Grande.

Rodolffo estava triste por que infelizmente não conseguiria estar ao lado dela naquele dia tão difícil. Ele sabia que no fundo Juliette não queria ser cirurgiada, mas iria por que era inevitável.

Por esses últimos dias, ela esteve bem, isso era devido aos medicamentos que ingeria, mas ela tinha consciência que mais cedo ou mais tarde tarde, eles não surtiriam tanto efeito.

Ela estava penteando os cabelos e ele lhe admirava da cama.

Juliette: não fique assim meu amor.

Rodolffo: eu só queria estar contigo. - ele disse entre um suspiro.

Juliette: eu vou ficar bem. Confia e amanhã tu vai me ver...

Rodolffo: se Deus quiser. Fala para sua mãe me dá notícias. Quero saber tudo.

Juliette: ela vai dá amor. Fique calmo. Eu só quero operar e finalmente estar bem e saudável de novo.

Rodolffo: eu quero o mesmo... Assim nós dois vamos ser plenamente felizes.

Juliette: depois de tudo isso, nós poderemos pensar em ter um bebê. Meu médico disse que depois disso, tudo será possível.

Rodolffo: Julie... Tudo que eu quero é te ver bem... Vamos focar nisso agora. Sua saúde é o importante. Eu não quero que você crie outras expectativas. Isso pode não te fazer bem.

Juliette: tu acha que não vou conseguir engravidar depois disso? - ela perguntou temerosa.

Rodolffo: eu acho que o mais importante é não pensar nisso por agora. Não somos felizes nós dois? Então, continuaremos sendo.

Juliette resolveu não responder. De certo modo ele estava certo e não falava por mal, mas suas palavras a deixaram um pouco triste.

Ele sempre foi um amigo, namorado e companheiro incrível, não seria qualquer coisa que abalaria isso. Então o melhor era admitir que ele tinha razão naquele momento, ela que estava querendo tudo de uma única vez e isso não era possível.

Rodolffo ajudou Juliette a arrumar o restante das coisas e as 4 horas da manhã o táxi chegou na portaria do prédio.

Rodolffo: te amo meu amor. Deus te leve em paz. - ele deu um beijo em sua testa.

Juliette se abraçou nele e beijando seu peito disse:

Juliette: fique bem meu amor. Te amo muito.

Rodolffo: eu vou te ver amanhã, prometo.

Juliette: eu sei que tu vai. Até amanhã. - ela falou soltando do abraço.

Juliette entrou no carro e lhe deu um breve aceno, partindo rumo a Campina Grande.

Rodolffo voltou para seu apartamento e não aguentou a imensa vontade de chorar. Ele deve ter chorado por pelo menos uma hora. No fundo ele se sentia tão triste por que a mulher que tanto ama teria que perder um pouco de si.

Para ela estava sendo difícil e para ele também não estava sendo fácil. Rodolffo era completamente consciente que qualquer cirurgia era um risco e que ela teria que enfrentar para conseguir ter sua saúde restabelecida.

Mas apesar de tudo ele tinha fé. A mesma fé que o manteve vivo quando a medicina queria dizer que talvez ele não resistisse a ferimentos tão sérios. Essa esperança agora era maior em seu peito... Juliette ficará bem.

...

Continua.


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