CAPÍTULO 06

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  Sra Zehra passa a noite na sala de espera do Hospital. Assim que o dia amanhece, o médico vai informar o boletim médico de Suna para Sra Zehra.
- Senhora, a paciente Suna ficará em coma induzido por pelo menos três semanas. A sedação será tirada aos poucos, com forme a evolução do quadro clínico dela. Então não precisa ficar aqui o dia todo, a senhora só precisa vir no horário de visita. Sempre será informado da evolução do estado dela. - O médico avisa colocando a mão no ombro da Sra Zehra.
- Obrigada doutor, quando posso ver minha filha? - Sra Zehra pergunta secando as lágrimas.
- Agora só pelo vidro da UTI, ela está em isolamento, quando ela for transferida para o quarto a senhora vai poder ficar com ela, tenha um bom dia. - O médico informa e se retira.
  Sra Zehra vai até a ala da UTI e fica observando Suna com todos aqueles aparelhos monitorando seu corpo.
- Filha, por favor, reaja você é forte, não desista minha menina. - Sra Zehra murmura sentindo um aperto no coração.
  Sra Zehra sai da ala da UTI e vai em direção a saída do Hospital e encontra Hande.
- Mãe, como ela está? - Hande pergunta aflita.
- O médico disse que é grave o estado dela, temos que esperar, vamos para casa, amanhã você vem comigo no horário de visita. - Sra Zehra diz passando o braço por cima do ombro de Hande e indo em direção ao carro.
  Enquanto isso, os acionistas estão em uma reunião na empresa decidindo como será dividido os 70% da empresa do Sr Riza entre eles, na chance de Suna venha a morrer também.
- Mas se a garota sobreviver? Isso é possível! Como será? - Sr Faruk, um dos acionistas, questiona para os demais.
- Acho que isso não vai acontecer, tenho um informante no Hospital, ela está em estado grave, não vai sobreviver, é uma pena ela é bem bonita para morrer tão cedo. - Sr Mustafá o segundo acionista garante.
- Espero que as coisas ocorram como vocês dizem, eu sinceramente não gosto dessa ideia de desejar a morte da garota. - Sr Kerem depois de dizer o que pensa, ele levanta da cadeira. - Bem eu preciso ir, Emir está voltando dos Estados Unidos hoje, vou buscar ele no aeroporto. - Sr Kerem o terceiro acionista avisa se retirando da sala.
  Um mês depois...
  Suna começa a despertar do coma, ela já responde aos estímulos feitos pelos médicos. Com o tempo ela é transferida para o quarto, começa a pronunciar suas primeiras palavras.
- Filha, como você está se sentindo, sente alguma dor? - Sra Zehra pergunta acariciando os cabelos dela.
- Mãe, o que aconteceu? - Suna pergunta com a voz rouca devido ter dormido por muitos dias.
- Você não se lembra de nada do que aconteceu filha? - Sra Zehra pergunta preocupada.
- Eu só lembro que estávamos indo para o aeroporto, depois disso não lembro de mais nada. - Suna responde com as mãos na cabeça um pouco confusa.
- Suna, você e Sr Riza sofreram um acidente e ele morreu, você está livre daquele velho. - Hande responde antes da mãe, segurando a mão de Suna.
- Isso é sério, ele... Ele morreu? - Suna pergunta incrédula.
- Felizmente, aquele velho nojento morreu. - Hande diz com a expressão de nojo.
- Hande por favor não fale desta forma. - Sra Zehra repreende Hande e se vira para Suna. - Sim filha, sei que não é certo ficar feliz pela morte de outra pessoa. Mas a morte dele trouxe sua liberdade de volta e além disso, na semana do casamento ele nos devolveu a empresa e todos os nossos bens. - Sra Zehra diz com um sorriso tímido.
- Mana, além de voltarmos a ser ricas, ficamos livres daquele velho. - Hande diz sorrindo ignorando a repreensão da mãe.
- Não fale assim Hande, Sr Riza apesar de tudo foi muito bom para nós. Eu percebi que ele realmente me amava. Ele prometeu não me forçar a nada, que faria tudo para me deixar feliz. - Suna confessa olhando para o lado de fora da janela.
- O quê, você não estava gostando dele, não é? - Hande pergunta com os olhos arregalados.
- Claro que não, quando estávamos indo para lua de mel, Sr Riza percebeu que eu estava com muito medo. Ele foi muito gentil comigo, apesar de tudo eu não desejava a morte dele. - Suna garante.
  As semanas passaram e Suna teve alta do Hospital, com o tempo ela voltou sua vida normal. O advogado de confiança do Sr Riza vai à mansão dos Varoglu para colocar Suna a par do que agora lhe pertence. Ele informa que ela herdou além dos 70% da empresa de Sr Riza, também as dez propriedades, uma fazenda, um shopping, um iate, seis carros, um jatinho e uma grande soma em dinheiro em seis bancos. Depois de ouvir tudo do advogado, uma tosse envergonhada escapou da boca de Suna.
- Sra Suna, seria bom a senhora contratar alguém de sua confiança para administrar seus bens, é meu conselho como advogado. - Sr Azade, aconselha com o semblante preocupado.
- O Sr Riza confiava no senhor, seria bom continuar me orientando, se o senhor não se importa? - Suna pergunta esperançosa.
- Para mim tudo bem, fico agradecido por sua confiança, eu trabalhei por muitos anos para o Sr Riza. - A resposta dele aqueceu o coração de Suna. Depois de reunir os documentos, Sr Azade se despede de Suna. - Bem Sra Suna eu preciso ir. - Sr Azade diz e vai em direção a porta.
  O advogado vai embora e Suna fica ainda extasiada. Ela nunca pensou que um dia seria tão rica. Mesmo seu pai sendo o dono de todo transporte de Bursa, ainda assim Sr Riza era mais rico que eles.
- Minha irmã, agora é a mulher mais rica de toda a Bursa. - Hande festeja girando com os braços abertos.
- Filha, você vai saber lidar com todas essas responsabilidades? - Sra Zehra pergunta se mostrando preocupada.
- Não sei mãe, mas vou ter que aprender. - Suna diz passando as mãos nos cabelos.
- Mas, são muitos bens que ele tinha, não imaginei que ele fosse tão rico.  - Sra Zehra dá de ombro e continua. - Apesar de que Adnan sempre comentava que todos os finais de semana, Sr Riza esbanjava muito dinheiro saindo com uma garota diferente e com idade de ser filha dele. - Sra Zehra comenta arqueando as sobrancelhas. - Como você vai fazer isso? - A pergunta da Sra Zehra fazem Suna lembrar do conselho do advogado.
- Eu vou fazer o que o Sr Azade me aconselhou, preciso de um administrador de confiança. - Suna suspira e continua. - São muitas coisas para eu mesma administrar. - Suna confessa e cobre o rosto com as mãos.
- Seria muito bom se seu pai estivesse aqui conosco. - Sra Zehra diz tentando conter as lágrimas.
  Neste momento, Suna lembrou que não leu a carta que o pai tinha deixado para ela. Com o estresse do casamento, o acidente e todo aquele tempo internada, Suna não se lembrou da carta. Agora ela já estava mais calma com respeito ao que o pai fez com ela e a família. Suna decidiu que já era hora de colocar a mágoa do pai de lado e saber o que ele fala na carta.

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